quarta-feira, 30 de abril de 2014

MARCO CIVIL DA INTERNET COMEÇA A VALER EM JUNHO


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Escrito por Agência Estado   
Qui, 24 de Abril de 2014 12:57
Sancionado simbolicamente ontem pela presidente Dilma Roussef, na abertura do evento NetMundial, em São Paulo, o texto do Marco Civil foi publicado hoje no Diário Oficial da União e entra em vigor em 60 dias, no fim de junho.


O documento, que tramitou por anos na Câmara, cria uma espécie de Constituição para o uso da internet no país, com direitos, deveres e garantias para usuários e empresas. "O Marco é uma experiência inovadora que ecoou das vozes das ruas, das redes e de diferentes instituições", disse Dilma.

Abaixo você confere o que muda com a aprovação do Marco Civil da Internet.

DIREITOS
O Marco Civil considera a internet uma ferramenta fundamental para a liberdade de expressão e diz que ela deve ajudar o brasileiro a se comunicar e se manifestar como bem entender, nos termos da Constituição.
O texto chega a apontar que "o acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania". O internauta tem garantia de que sua vida privada não será violada, a qualidade da conexão estará em linha com o contratado e que seus dados só serão repassados a terceiros se ele aceitar - ou em casos judiciais, chegaremos a este tópico.
NEUTRALIDADE
Um dos pontos essenciais do Marco Civil é o estabelecimento da neutralidade da rede. Preparamos um texto só para explicar o que significa o termo e você pode conferi-lo aqui. Em linhas gerais, quer dizer que as operadoras estão proibidas de vender pacotes de internet pelo tipo de uso.
O governo até pode fazer essa discriminação, mas só em duas situações: se ela for indispensável para a prestação dos serviços; ou se serviços de emergência precisarem ser priorizados. Mesmo assim, o presidente que estiver no comando não tem como simplesmente mandar tirar internet de um lugar e botar no outro. Ele precisará consultar o Comitê Gestor da Internet e a Agência Nacional de Telecomunicações.
GUARDA DE INFORMAÇÕES
Os provedores de internet e de serviços só serão obrigados a fornecer informações dos usuários se receberem ordem judicial. No caso dos registros de conexão, os dados precisam ser mantidos pelo menos por um ano, já os registros de acesso a aplicações têm um prazo menor: seis meses.
Qualquer empresa que opere no Brasil, mesmo sendo estrangeira, precisa respeitar a legislação do país e entregar informações requeridas pela Justiça. Caso contrário, enfrentará sanções entre advertência, multa de até 10% de seu faturamento, suspensão das atividades ou proibição de atuação.
Foi derrubada a obrigatoriedade de empresas operarem com data centers no Brasil ainda na Câmara.
RESPONSABILIZAÇÃO PELO CONTEÚDO
A empresa que fornece conexão nunca poderá ser responsabilizada pelo conteúdo postado por seus clientes. Já quem oferece serviços como redes sociais, blogs, vídeos etc. corre o risco de ser culpado, caso não tire o material do ar depois de avisado judicialmente. Por exemplo: se a Justiça mandar o Google tirar um vídeo racista do YouTube e isso não for feito, o Google se torna responsável por aquele material.
Haverá um prazo para que o conteúdo considerado ofensivo saia de circulação, mas o juiz que cuidar do caso pode antecipar isso se houver “prova inequívoca”, levando em conta a repercussão e os danos que o material estiver causando à pessoa prejudicada.
OBRIGAÇÕES DO GOVERNO
Administrações federal, estaduais e municipais terão uma série de determinações a cumprir, caso o Marco Civil se torne realidade. Entre eles estabelecer “mecanismos de governança multiparticipativa, transparente, colaborativa e democrática, com a participação do governo, do setor empresarial, da sociedade civil e da comunidade acadêmica”.
Os governos serão obrigados a estimular a expansão e o uso da rede, ensinando as pessoas a mexer com a tecnologia para “reduzir as desigualdades” e “fomentar a produção e circulação de conteúdo nacional”.
Os serviços de governo eletrônico precisarão ser integrados para agilizar processos, inclusive com setores da sociedade, e a internet ainda será usada para “publicidade e disseminação de dados e informações públicos, de forma aberta e estruturada”.
Por fim, há ainda a preferência por tecnologias, padrões e formatos abertos e livres, e a de se estimular a implantação de centros de armazenamento, gerenciamento e disseminação de dados no Brasil, “promovendo a qualidade técnica, a inovação e a difusão das aplicações de internet, sem prejuízo à abertura, à neutralidade e à natureza participativa”.


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O ESCÂNDALO AUMENTA: ALEXANDRE PADILHA E CANDIDO VACCAREZZA TAMBÉM SÃO LIGADOS AO DOLEIRO ALBERTO YOUSSEF


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Escrito por Rodrigo Rangel   
Sex, 25 de Abril de 2014 09:04
O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, candidato a governador de São Paulo pelo PT, é citado nas mensagens trocadas entre o doleiro Alberto Youssef e o deputado petista André Vargas. E outras figuras estreladas do PT, o Partido dos Trabalhadores, aparecem em documentos inéditos da investigação que levou para a prisão o doleiro Alberto Youssef, acusado pela Polícia Federal de comandar um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou 10 bilhões de reais.

Mensagens interceptadas durante a Operação Lava Jato e obtidas por VEJA arrastam para o escândalo o deputado Candido Vaccarezza (PT-SP) e o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, pré-candidato petista ao governo de São Paulo. Os nomes de Vaccarezza e Padilha aparecem em um relatório enviado à Justiça pela Polícia Federal, detalhando a ligação do deputado André Vargas (PT-PR) com o doleiro Youssef.
Mensagens interceptadas pelos policiais mostram que Youssef participou, junto com André Vargas, de uma reunião no apartamento de Vaccarezza, em Brasília, para tratar de interesses do doleiro. Também esteve no encontro o empresário Pedro Paulo Leoni Ramos, ex-ministro do governo Collor que já havia aparecido na investigação como sócio oculto de Alberto Youssef no laboratório Labogen. Graças à ajuda dos políticos amigos do doleiro, a Labogen, uma empresa de fachada controlada por Youssef,  conseguiu fechar um contrato para fornecer remédios ao Ministério da Saúde.
Na troca de mensagens, datada de 25 de setembro do ano passado, Youssef avisa André Vargas que acabou de chegar a Brasília e que precisa falar com ele. Diz que viajou junto com PP, como é conhecido Pedro Paulo Leoni Ramos. “Achei que você estivesse aqui na casa do Vacareza (sic)”, escreve o doleiro. “Tô indo”, responde André Vargas.
Diz a Polícia Federal no relatório: “Os indícios apontam que o alvo Alberto Youssef mantinha relações com o deputado federal Candido Vaccarezza, inclusive indicando que houve uma reunião na casa do deputado federal Vaccarezza, reunião esta entre Alberto Youssef, deputado federal André Vargas e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos”.
ALÔ, ALÔ…
O telefone do deputado Candido Vaccareza aparece destacado entre os contatos da agenda de um dos aparelhos usados pelo doleiro. No mesmo dia do encontro no apartamento de Vaccarezza, Youssef volta a falar com André Vargas. E  diz que o deputado deve “cobrar e ficar em cima”. “Senão não sai”, diz ele. Cinco minutos depois, Vargas escreve: “(Em) 30 dias estará resolvido”. Para a polícia, eles estavam articulando o contrato da Labogen com o Ministério da Saúde, assinado três meses depois.
É justamente em torno dos negócios que o grupo buscava para ganhar dinheiro com o Labogen, um laboratório fantasma, que aparecem as referências diretas ao então ministro Alexandre Padilha, agora pré-candidato ao governo paulista. Em 26 de novembro de 2013, André Vargas diz que falou com “Pad”, que a PF relaciona a Padilha. “Falei com Pad agora e ele vai marcar uma agenda comigo”, escreveu o deputado ao doleiro.
PADILHA INDICA “EXECUTIVO”
As referências a Padilha aparecem novamente em mensagens trocadas dois dias depois pela dupla. André Vargas conversava com o doleiro sobre a contratação de um executivo para a Labogen. O deputado avisa que o executivo escolhido encontraria Youssef dias depois. E avisa que quem indicou o executivo para a Labogen foi Padilha.
Ele passa o número do tal executivo, um celular registrado em Brasília, e na sequência arremata: “Foi Padilha que indicou”. Pelo número de telefone, os investigadores identificaram o “indicado” como Marcus Cezar Ferreira da Silva. “O executivo indicado por Alexandre Padilha”, como os investigadores se referam a Marcus no relatório, trabalhou como assessor parlamentar de um fundo de pensão controlado pelo PT.

Fonte: Tribuna da Internet


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GRAÇA FOSTER MENTIU NO SENADO E SE TORNOU CÚMPLICE DA CORRUPÇÃO NA PETROBRAS


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Escrito por Carlos newton   
Qua, 23 de Abril de 2014 08:41
Maria das Graças Foster é funcionária antiga da Petrobras, já tem mais do que tempo de aposentadoria, com salário integral, mas continua na ativa, dando uma demonstração de civismo e desprendimento. Assim poderia começar a biografia de Graça Foster (como prefere ser chamada), e seria maravilhoso se isso fosse verdade.

Mas há outra versão, dando conta de que ela continua trabalhando não somente porque faz parte da linha de frente do governo Dilma Rousseff, mas também para cuidar os interesses do marido, o empresário Colin Foster, que vem a ser proprietário da C. Foster Serviços e Equipamentos, que presta serviços na área de petróleo e gás para empresas estrangeiras e brasileiras – entre elas, a Petrobras, onde obteve sucessivos contratos sem licitação.
Uma dessas duas versões pode prevalecer, mas há também a possibilidade de as duas serem verdadeiras. Seja como for, o que se pode comprovar hoje, sem sombra de dúvida, é que, se Graça Foster não teve a menor atuação no caso Pasadena em 2006 e 2008, agora está participando de fato e se tornou cúmplice, ao procurar esconder os malfeitos cometidos.
Ou seja, se era inocente, agora não é mais, porque compareceu ao Senado propositadamente, a convite do PT, e lá omitiu informações importantíssimas, fez alegações falaciosas e tentou justificar as irregularidades e os crimes que deram vultosos prejuízos à Petrobras. Portanto, verdadeiramente tornou-se cúmplice.
DEFESA ARDILOSA E MENTIROSA
Mas por que alguém esperaria que Graça Foster contasse a verdade no Senado? Afinal, ela é diretamente ligada à presidente Dilma Rousseff desde o início do primeiro governo Lula e ficou claro que compareceu terça-feira ao Congresso justamente para evitar a convocação da CPI e encobrir a corrupção que grassa na importante empresa que dirige.
Mesmo admitindo que Pasadena foi um mau negócio, Graça Foster defendeu as premissas que embasaram a decisão, sob o argumento de que a Petrobras, antes da crise financeira de 2008, tinha margens “muito boas” (ou seja, dinheiro em caixa para esbanjar), como se isso justificasse qualquer negociata ruinosa.
Alegou ardilosamente que, em 2005, a ampliação de refino fora do Brasil era “decisão estratégica”, sem definir em qual estudo técnico isso se baseou.“Precisávamos refinar o óleo pesado do Campo de Marlim fora do país”, acrescentou, mas era tudo mentira. Nunca houve esta estratégia na Petrobras e a refinaria de Pasadena jamais processou óleo pesado, uma técnica muito mais complicada e dispendiosa do que refinar o óleo leve norte-americano.
Graça Foster mentiu, porque a estratégia da Petrobras é e sempre foi instalar mais refinarias aqui, como está acontecendo agora, para processar nosso óleo pesado, sem continuar importando óleo leve para misturar a ele. Mas a presidente Graça Foster, diante dos senadores, não disse uma palavra a esse respeito, confiante no desconhecimento dos parlamentares sobre essas questões eminentemente técnicas.
A decisão (realmente estratégica) de construir Abreu Lima em parceria com a PDVSA foi justamente para isso – conquistar tecnologia no refino de óleo pesado, uma das especialidades dos venezuelanos.
MEIAS VERDADES…
Graça Foster disse a verdade, ao confessar que o investimento em Pasadena chegou a US$ 685 milhões, mas omitiu a informação de que nenhum cent desse total foi investido para adaptar a refinaria para processar o óleo pesado de Marlim, conforme aquela pseuda “decisão estratégica”. Esqueceu também de mencionar que esses US$ 685 milhões foram gastos para colocar a refinaria para funcionar e devem ser somados ao total de U$ 1,23 bilhão que a Petrobras pagou abusivamente pela unidade.
Graça Foster alegou que o prejuízo para a Petrobras com a aquisição da refinaria foi de apenas US$ 530 milhões, admitindo que esses recursos jamais serão recuperados. Mas seus cálculos não se sustentam na realidade dos fatos. Com a correção monetária, o gasto já está passando bastante dos US$ 2 bilhões, valor de uma refinaria zero quilômetro e de maior capacidade.
O mais incrível foi ter afirmado que a usina está operando em sua capacidade de processamento, de 100 mil barris por dia. É mais uma falácia. A verdadeira produção de Pasadena é um segredo impenetrável na Petrobras. Se a unidade realmente processasse 100 mil barris por dia, até teria sido um negócio aceitável, a Petrobras poderia estar no lucro, o assunto não renderia e nem haveria necessidade de CPI ou qualquer outra apuração a respeito.
QUANTO VALIA EM 2011
Sabe-se que em 2011, já na gestão da própria Graça Foster, a Petrobras tentou vender a unidade/sucata de Pasadena, mas só conseguiu uma oferta de US$ 180 milhões, o que significa menos de um décimo do total “investido”, se é que podemos considerar assim. Nem aqui nem na China, como se dizia antigamente, é possível que uma refinaria que processe 100 mil barris/dia valha apenas US$ 180 milhões.
Portanto, não há qualquer dúvida: Graça Foster se comportou levianamente no Senado Federal e mostrou conivência com os crimes e irregularidades da corrupção na Petrobras.
Agora, o Congresso, o Ministério Público Federal, o Tribunal de Contas da União e a Polícia Federal precisam exigir que a empresa forneça as informações propositadamente omitidas pela presidente Graça Foster: quanto a refinaria realmente produz por dia e quem fornece petróleo bruto, já que a extração da subsidiária Petrobras America é de apenas 23,9 mil barris diários, em média. Ficariam faltando, portanto, 76,1 mil barris diários para completar os 100 mil barris/ dia que Graça Foster alardeia estarem sendo processados em Pasadena.
Somente quando se souber a verdadeira produção de Pasadena é que o castelo de cartas da corrupção na Petrobras estará realmente perfurado.
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AMANHÃ:
O ex-diretor Nestor Cerveró imitou Graça Foster e também mentiu ao depor na Câmara dos Deputados
Fonte: Tribuna da Internet
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terça-feira, 29 de abril de 2014

PT COMEÇA A DISCUTIR A SITUAÇÃO PRECÁRIA DO PRÉ-CANDIDATO ALEXANDRE PADILHA


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Escrito por João Valadares   
Seg, 28 de Abril de 2014 08:55
Diante da citação do nome de Alexandre Padilha (PT), pré-candidato ao governo de São Paulo, na Operação Lava-Jato, que investiga esquema de lavagem dinheiro e evasão de divisas com atuação de doleiros em torno de R$ 10 bilhões, a bancada federal da legenda no estado se reúne hoje emergencialmente com o ex-ministro da Saúde para avaliar o estrago eleitoral da denúncia. O encontro não foi divulgado oficialmente.

No discurso, petistas avaliaram como bastante positivo o posicionamento do ex-ministro, que negou ligação com o doleiro Alberto Youssef, e não cogitam a substituição do nome dele para a disputa eleitoral. No entanto, nos bastidores, há o temor de que novas revelações enfraqueçam ainda mais Padilha, que ainda patina nas pesquisas de intenção de voto.
Um parlamentar petista ouvido reservadamente pelo Correio afirmou que a substituição do pré-candidato não foi ventilada no momento, mas “é preciso esperar, porque ainda não sabemos se vem mais coisa por aí”. A avaliação é de que, até agora, as denúncias contra o ex-ministro são “fofas demais e não o vinculam diretamente ao doleiro Alberto Youssef (considerado líder da organização criminosa)”.
EM PERNAMBUCO
Em 2006, em Pernambuco, o senador Humberto Costa (PT-PE) viveu situação parecida. Na ocasião, ele era candidato ao governo do estado contra o governador Mendonça Filho (DEM). Ocupava o segundo lugar com folga nas pesquisas, até a Polícia Federal desencadear, em maio, a chamada Operação Sanguessuga, que apurou a máfia das ambulâncias na época em que o petista era ministro da Saúde. Como consequência, Eduardo Campos (PSB) cresceu nas pesquisas, Humberto Costa ficou de fora do segundo turno e o socialista venceu o pleito. Posteriormente, o petista pernambucano foi inocentado de qualquer envolvimento com o esquema investigado.
Fonte: Tribuna da Internet



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OS SENTIMENTOS DE REVOLTA OU REPULSA QUE CRESCEM NO PAÍS


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Escrito por Acilio Lara Rezende   
Seg, 28 de Abril de 2014 08:55
Procuro transmitir, nestas linhas, o que de fato penso. Submeto-me, na escrita, a uma forma que respeite os princípios básicos da civilidade e, dentro das minhas limitações, os da língua pátria. Mas o respeito ao leitor, a quem devo atenção, é a minha maior preocupação.

Júlio César Cardoso não é apenas um leitor, pois ele também escreve textos e os envia a mim com frequência. Num deles (um dos mais recentes), fez menção ao justo sentimento da filósofa e poeta Adélia Prado (“Estamos vivendo um tempo muito cinzento, uma ditadura disfarçada”), mas, ao se referir, especificamente, a um dos meus artigos, afirmou o seguinte: “Para mim, a política é a arte de tirar proveito da coisa pública. Para Lênin, onde termina a política, começa a trapaça”.
Júlio extravasa um sentimento de revolta, de repulsa, hoje dominante no país, conforme têm mostrado as últimas pesquisas de opinião: “Aliás, hoje em dia” – continua ele em sua amargurada crítica –, “ninguém sabe onde começa a política, pois, nem bem acabam de ser eleitos, os nossos políticos já maquinam as suas reeleições. Conclusão: com raríssimas exceções, só há trapaceiro exercendo a política”. E arremata:
“Ninguém (na política) está preocupado com a população e com o meio em que vive. Ninguém está preocupado com uma educação pública de alta qualidade, nos moldes da Nova Zelândia, Noruega, Suécia etc. Ninguém está preocupado com a qualidade do serviço de saúde pública. Ninguém está preocupado com a falta de segurança pública. Mas os nossos políticos e o governo estão preocupados com magnos eventos esportivos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, com políticas eleitoreiras de cotas raciais nas universidades e serviços públicos, com abafamento de irregularidades envolvendo políticos e governos etc.”. E Júlio encerra, finalmente, seu compreensível desabafo: “Enfim, os nossos políticos só dão despesas inúteis ao país”.
E A REFINARIA???
Depois do desabafo de Júlio César Cardoso, vieram-me à mente, em primeiro lugar, a presidente Dilma Rousseff e o que disse ela sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, que provocou um prejuízo à Petrobras de US$ 1,2 bilhão. Dilma era presidente do Conselho de Administração da empresa, cargo que acumulava com o de ministra-chefe da Casa Civil, e, segundo afirmou, a aquisição da refinaria foi um péssimo negócio, mas, ao autorizá-lo, se baseou em “relatório técnico e juridicamente falho”. Pretendeu escapar de uma responsabilidade que é inegavelmente sua. Diante disso, o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli afirmou, em entrevista a “O Estado de S. Paulo”, que ela não poderá “fugir da sua responsabilidade”.
Já o deputado petista André Vargas, que até outro dia exerceu o cargo de primeiro vice-presidente da Câmara dos Deputados, tentou usar a mentira várias vezes para se safar das relações que mantinha com o doleiro Alberto Youssef. “Não dá para dizer que ele é meu amigo”, disse Vargas em dado instante. “É, no máximo, um conhecido que me procurava para trocar ideias”, afirmou depois. Foi desse “conhecido” que o deputado recebeu de presente uma viagem, com a família, num Learjet 45, alugado pela bagatela de R$ 100 mil.
O deputado André Vargas, pressionado pelo partido, deverá renunciar ao mandato. Mas, e a presidente Dilma? Será que lhe assiste o benefício, concedido ao imperador do Brasil pela Constituição de 1824, de não ser responsável por nenhum dos seus atos?
Citei dois exemplos, mas há muitos outros por aí. (transcrito de O Tempo)
Fonte: Tribuna da Internet




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A DESNECESSÁRIA REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE FOTÓGRAFO


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Escrito por Wilson Baptista Júnior   
Qui, 24 de Abril de 2014 09:02
A profissão de fotógrafo, no Brasil como em todo o lugar, tem sofrido as consequências da popularização das câmaras fotográficas digitais, bem como do uso de softwares de tratamento digital de fotografias que hoje permitem que todo o mundo tire e publique fotografias com extrema facilidade e a baixo custo.

Fica então mais difícil para os profissionais concorrerem no mercado, porque aumenta o número de iniciantes e amadores que executam trabalhos por preços mais baixos, às vezes tão baixos que inviabilizam o trabalho do profissional.
Algo parecido ocorreu há algum tempo no campo da informática, onde a popularização dos computadores e dos softwares também dificultou o trabalho dos desenvolvedores. Quem trabalhou nesse setor há mais tempo lembra-se da época em que os clientes em perspectiva muitas vezes recusavam o trabalho profissional porque aparecia “um sobrinho, um primo de um funcionário” etc. que se propunha desenvolver o sistema a preços de banana.  Ou da profusão de softwares gerenciais vendidos em bancas de revistas. Depois, com frequência, éramos chamados para corrigir as improvisações, resultando num custo final mais alto e em prejuízos operacionais para os clientes “espertos”.
Na informática, o próprio mercado se encarregou de regular a atividade, com as empresas e os desenvolvedores capazes de realizar trabalhos de qualidade assumindo sua posição correspondente.
Mas a mania brasileira de que as leis são a solução para tudo não deixou de obrigar a regulamentação das profissões ligadas à informática, coisa que não acontece nos países desenvolvidos. Os cursos, que aqui se tornaram obrigatórios, lá fora fazem o efeito correto de preparar profissionais com mais conhecimentos formais, que se a isso aliarem as qualidades necessárias para a profissão valerão mais e serão mais procurados no mercado.
REGULAMENTAÇÃO???
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados  acaba de aprovar um projeto de lei,(PL 2176/2011) regulamentando a profissão de fotógrafo. O próprio projeto já tem pérolas como “se entende como fotógrafo profissional que (sic), com o uso da luz, registra imagens estáticas ou dinâmicas em material fotossensível ou meios digitais, com a utilização de equipamentos óticos apropriados, seguindo o processo manual, eletromecânico e da informática até o final acabamento.”
O que, se seguido à risca, inclui operadores de xerox, diversos tipos de profissionais de gráficas, radiologistas, técnicos de laboratório, usuários de scanners  e por aí a fora.
E ainda,
“A atividade profissional de fotógrafo compreende:
I–a fotografia realizada por empresa especializada, inclusive em serviçosexternos;
II–a fotografia produzida para ensino técnico e científico;
III–a fotografia produzida para efeitos industriais, comerciais e/ou de pesquisa;
IV–a fotografia produzida para publicidade, divulgação e informação aopúblico;
V–o ensino da fotografia”
O item II , assim como a última parte do item III, significa simplesmente que todo o cientista, médico, pesquisador, engenheiro etc. vai ser obrigado a sempre carregar a tiracolo um fotógrafo profissional para poder publicar qualquer  trabalho, mesmo que notas de aula, ignorando olimpicamente que a fotografia se tornou um método de documentação imprescindível na atividade científica, fazendo os equipamentos fotográficos parte da maioria dos aparelhos de laboratório de hoje.
JUSTIFICATIVA ERRÔNEA
A justificativa do projeto diz, textualmente:
“O presente projeto se justifica por se tratar de uma profissão exercida há muitos anos, porém marginalizada e discriminada por falta de uma legislação específica do ensino técnico e científico. Em quase todos os países do mundo a profissão de fotógrafo é reconhecida e regulamentada, com cursos em nível superior e técnico.”
O que é absolutamente inverídico, porque confunde a existência de cursos de nível superior e técnico com a existência de leis restringindo o exercício da profissão de fotógrafo a quem tenha frequentado estes cursos.
Desafio o autor do projeto a relacionar aqui, com a respectiva legislação, quais os países do primeiro mundo em que esta profissão é regulamentada no sentido de que seu exercício seja proibido por quem não tenha frequentado tais cursos.
Ou a apontar, entre os grandes fotógrafos mundiais, quem tenha chegado a esta posição por ter cursado tais cursos.
Não estou, em absoluto, diminuindo a importância dos bons cursos de fotografia na formação do profissional, nem, aliás, dos cursos relativos a qualquer atividade técnica. Muito pelo contrário.  Só que a mania brasileira de regulamentar profissões que não trazem risco à pessoa parte do princípio de que ter frequentado um curso resolve todos os problemas da profissão, do lado do profissional e do lado do cliente. Para não entrar no mérito da criação dos conselhos nacionais e regionais, com seu cabide de cargos e taxas de anuidade para os profissionais.
Fonte: Tribuna da Internet


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