domingo, 27 de julho de 2014

FIDELIDADE OU LEALDADE ?

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Escrito por Ivan martins   
Qui, 17 de Julho de 2014 14:00
Nos últimos dias, ando apaixonado pela palavra “lealdade”. Deve ser por causa de um livro que estou terminando, um romance sobre antigos amigos e amantes que voltam a se encontrar e precisavam acertar suas diferenças. Eles já não se gostam, mas confiam um no outro. Eles deixaram de se amar, mas ainda se protegem mutuamente. Isso é lealdade, em uma de suas formas mais bonitas. Lealdade ao que fomos e sentimos.
Ao ler o romance, me ocorreu que amar é fácil. Tão fácil que pode ser inevitável. A gente ama quem não merece, ama quem não quer nosso amor, ama a despeito de nós mesmos. Tem a ver com hormônios, aparência e sensações que não somos capazes de controlar. A lealdade não. Ela não é espontânea e nem barata. Resulta de uma decisão consciente e pode custar caro. Ela é uma forma de nobreza e tem a ver com sacrifício. Não é uma obrigação, é uma escolha que mistura, necessariamente, ideias e sentimentos. Na lealdade talvez se manifeste o melhor de nós.
Antes que se crie a confusão, diferenciemos: lealdade não é o mesmo que fidelidade, embora às vezes elas se confundam. Ser fiel significa, basicamente não enganar sexual ou emocionalmente o seu parceiro. É um preceito, uma regra que se cumpre ou não se cumpre, uma espécie de obrigação. O custo da fidelidade é relativamente baixo: você perde oportunidades românticas e sexuais. Não tem a ver, necessariamente, com sentimentos. Você pode desprezar uma pessoa e ser fiel a ela por medo, coerência, falta de jeito ou de oportunidade. Assim como pode amar alguém perdidamente e ser infiel. Acontece todos os dias.
Lealdade é outra coisa. Ela vai mais fundo que a mera fidelidade. Supõe compromisso, conexão, cuidado. Implica entender o outro e respeitá-lo no que é essencial para ele - e pode não ser o sexo. Às vezes o outro precisa de cumplicidade intelectual, apoio prático, simples carinho. Outras vezes, a lealdade requer sacrifícios maiores.
A primeira vez que deparei com a lealdade no cinema foi num filme popular de 1974, Terremoto. No final do drama-catástrofe, o personagem principal – um cinquentão rico, heroico e boa pinta – tem de escolher entre tentar salvar a mulher com quem vivia desde a juventude, com risco da sua própria vida, ou safar-se do desastre com a jovem amante. Ele escolhe salvar a velha companheira e morre com ela. Parece apenas um dramalhão exagerado, mas desde Shakespeare o drama ocidental está repleto de escolhas desse tipo. É assim que nos metem conceitos elevados na cabeça. Vi esse filme com 16 e 17 anos e nunca mais deixei de pensar na lealdade em termos drásticos.

A lealdade está amparada em valores, não apenas em sentimentos. É fácil cuidar de alguém quando se está apaixonado. Mais fácil que respirar, na verdade. Mas o que se faz quando os sentimentos desaparecem – somem com eles todas as responsabilidades em relação ao outro? Sim, ao menos que as pessoas sejam movidas por algo mais que a mera atração. Se não partilham nada além do desejo, nada resta depois do romance. Mas, se houver cumplicidades maiores, então se manifesta a lealdade. Ela dura mais do que os sentimentos eróticos porque se estende além deles.
O romantismo, embora a gente não o veja sempre assim, é uma forma exacerbada de egoísmo. Meu amor, minha paixão, minha vida. Minha família, inclusive. Tem a ver com desejo, posse e exclusividade, que tornam a infidelidade insuportável, a perda intolerável. As pessoas matam por isso todos os dias. Porque amam. É um sentimento que não exige elevação moral e pode colocar à mostra o pior de nós mesmos, embora pareça apenas lindo.
Minha impressão é que o mundo anda precisado de lealdade. Estamos obcecados pela ideia da fidelidade porque a infidelidade nos machuca. Sofremos exacerbadamente porque o mundo, o nosso mundo, não contém nada além de nós mesmos, com nossos sentimentos e necessidades. Quando algo falha em nossa intimidade, desabamos.
Talvez devêssemos pensar de forma mais generosa. Talvez precisemos nos apaixonar por ideias, nos ligar por compromissos, cultivar sonhos e aspirações que estejam além dos nossos interesses pessoais. Correr riscos maiores que o de ser traído ou demitido. O idealismo, que tem sido uma força de mudança na conduta humana, precisa ser resgatado. Não apenas para salvar o planeta e a sociedade, mas para nos dar, pessoalmente, alguma forma de esperança. A fidelidade nos leva até a esquina. A lealdade talvez nos conduza mais longe, bem mais longe.
Fonte: Época

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sábado, 26 de julho de 2014

'FELIPÃO, O PROFESSOR DE GESTÃO DE DILMA', DE JOSÉ NÊUMANNE

'FELIPÃO, O PROFESSOR DE GESTÃO DE DILMA', DE JOSÉ NÊUMANNE PDF Imprimir E-mail
Escrito por José Nêumanne   
Qui, 17 de Julho de 2014 14:00
Dilma Rousseff disse, em 1.º de julho de 2013, que seu governo tinha o “padrão Felipão”, em resposta a uma pergunta sobre se seus ministros tinham “padrão Fifa”. Referia-se ao ex-técnico da seleção brasileira Luiz Felipe Scolari após reunião ministerial depois da vitória sobre a Espanha por 3 a 0 no Maracanã, onde ela seria vaiada várias vezes domingo, na final da Copa, antes e ao entregar a taça ao capitão alemão, Philipp Lahm. A comparação havia sido feita na temporada de protestos nas ruas em que o povo exigiu “padrão Fifa” para a gestão pública federal, nada exemplar. Apesar de ter escolhido o treinador como modelo, ela não foi entregar a Copa das Confederações ao time que ele treinou. Um ano e 13 dias depois, tendo o mesmo time sofrido hecatombes inéditas nos jogos finais da “Copa das Copas”, ela o relegou ao ostracismo para se refugiar no verso de um samba de Paulo Vanzolini (“levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”) e na criatividade (“a derrota é a mãe de todas as vitórias”).
Dilma não atuou na seleção nem a treinou. Não é também dirigente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Mas não resiste a recorrer ao dito esporte bretão para parecer simpática. Nascida em Minas, comemorou a conquista da Libertadores da América pelo Atlético Mineiro em 2013 em redes sociais. “Congratulo (sic) com toda a torcida do Atlético pela conquista do título. Eu sou torcedora do Atlético e, quando criança, ia com meu pai a muitos jogos do Galo no Mineirão”, postou. Não faltou quem nos mesmos veículos lembrasse que 1) como nasceu em 1947, tinha 18 anos e, portanto, não era criança quando o estádio foi inaugurado; e 2) que o pai morrera em 1962, três anos antes de sua inauguração.
Consta que Clio, a deusa da história, é irônica. Pelo visto, os deuses do futebol também. Em 8 de julho o estádio foi palco da derrota mais humilhante que o Brasil sofreu na história, ao perder de 7 a 1 na semifinal da Copa. Dela o técnico saiu como padrão de incompetência, e não de excelência.
Nenhum torcedor dotado do mínimo de bom senso teria apostado pesado no time de Scolari na Copa: ganhou da Croácia com a ajuda do juiz, empatou com o México contando com muita sorte e ao vencer Camarões passou para as oitavas de final contra o Chile, e não contra a Holanda, por absurdos erros do árbitro, que anulou dois gols legítimos dos mexicanos no jogo de estreia contra os africanos. A trave nos últimos segundos da prorrogação e no último pênalti carimbou o passaporte para as quartas de final contra a Colômbia, que nunca foi páreo para a canarinha nos melhores momentos dela e nos piores desta. O Brasil ficou entre os quatro melhores com a ajuda da sorte e de apito amigo.
Mas na véspera da semifinal contra a temida Alemanha a presidente resolveu apostar todas as fichas de chefe de governo e de Estado e de candidata à reeleição no “padrão Felipão” de excelente gestão. A página oficial da Presidência da República na internet, usada na campanha eleitoral com uma sem-cerimônia só comparável à do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao desconhecer o fato, divulgou sua “conversa” com internautas sobre a Copa. Chamou os adversários de “urubus”, condenou o “pessimismo indevido” de um sujeito oculto chamado imprensa, vulgo “mídia golpista”, e adotou como mascote de palanque o craque Neymar, cuja dor, ao ser atingido por um jogador do time que fora menos violento do que o Brasil no jogo, segundo ela, “feriu o coração de todos os brasileiros”. Para completar, sem se dignar a explicar o significado do gesto nem da expressão, copiou do astro do Barcelona o “é tóis”, paródia criada por ele para o “é nóis” dos corintianos, com a letra T formada pelos braços e pelo cotovelo. E enquanto a torcida lhe fazia eco gritando o nome do ídolo ferido, os alemães impingiram à seleção mais campeã das Copas a pior goleada em semifinais do torneio.
Felipão, fiel a seu padrão de embromation, mal consumado o desastre elogiou o próprio trabalho, lembrando que seu “grupo” – sua “família”, ou seja, as vítimas de suas doses patéticas de autoajuda – foi o primeiro a chegar a uma semifinal desde a Copa em que ele mesmo treinou o time campeão, em 2002, há 12 anos. O auxiliar técnico Carlos Alberto Parreira comprometeu o respeitável currículo de campeão mundial de 1994 lendo na entrevista a carta de uma fã que elogiou a preparação do time de um esporte cujos fundamentos ela própria dizia desconhecer.
Antes de o “padrão Felipão” ser submetido a outro vexame na disputa pelo terceiro lugar contra a Holanda na arena Mané Garrincha, com o nome de um gênio do tempo em que nosso futebol tinha cara e vergonha, os bombeiros do Planalto correram para salvar a chefe do incêndio. Descalçaram-lhe as chuteiras e ela pôs de novo o capacete de chefe de obras, para jogar espuma sobre a tentativa canhestra de barganhar o sucesso da seleção por votos na eleição. Apelaram até para o óbvio: “Futebol e política não se misturam”. Fez-se isso com desleixo idêntico ao de estropiarem a frase de Nelson Rodrigues “a pátria em chuteiras” por outra, que só adquiriu nexo após o vexame: “a pátria de chuteiras”. Dilma e seu professor (assim os pupilos chamam seus técnicos) usaram pátria, hino e bandeira para chutar a realidade para escanteio.
Dilma ainda contribuiu para o besteirol de político ignorante em esporte ao atribuir o chamado mineiratsen à exportação dos melhores jogadores nacionais para o exterior. O uso da palavra exportação, cabível para médicos cubanos, mas não para nossos craques, omite as evidências de que a seleção atuou em nível similar ao dos campeonatos locais por absoluta incapacidade de dirigentes que se recusam a aprender como se joga nos mercados que hoje vencem. E de governantes que perdoam as dívidas monstruosas acumuladas por estes bancando papagaios de pirata para ganhar votos, perdendo o pudor e as Copas.
Fonte: Veja.com

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sexta-feira, 25 de julho de 2014

AÉCIO PÕE O DEDO NA FERIDA DO PROGRAMA "MAIS SUBMÉDICOS"

AÉCIO PÕE O DEDO NA FERIDA DO PROGRAMA "MAIS SUBMÉDICOS" PDF Imprimir E-mail
Escrito por Reinaldo Azevedo   
Qui, 17 de Julho de 2014 14:00
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, fez, entendo, a coisa certa nesta quarta ao afirmar que o programa “Mais Médicos” continua — e nunca ninguém pediu que acabasse, é bom que fique claro —, mas que não aceitará as imposições do governo cubano. Segundo os contratos hoje em vigor, os médicos oriundos da ilha recebem apenas de 25% a 30% do que custam aos cofres públicos: R$ 10 mil. O resto vai parar na ditadura de Fidel Castro. Transformou-se uma fonte de renda. Estimam-se em 11.400 os médicos cubanos que atuam no programa no Brasil. Cuba recebe mais ou menos R$ 79,8 milhões por mês — ou R$ 957,6 milhões por ano. Em suma, a exportação de carne humana rende à tirania dos irmãos Castro quase R$ 1 bilhão. Não custa desconfiar: como a ilha não é, assim, um exemplo de transparência, em tese ao menos, o dinheiro que vai pode voltar, não é mesmo? Em ano eleitoral, pode ser a chamada mão na roda — ou no cofre.
É claro que, se eleito, Aécio não vai conseguir mudar o contrato da noite para o dia. O importante é começar a rever essa imoralidade. Ele também prometeu que vai criar as condições para que os médicos estrangeiros façam o “Revalida”, o exame que permite a quem tem formação fora do país clinicar em terras nativas. Que fique claro: o programa hoje em vigor poderia ser chamado “Mais Submédicos”. Os profissionais são autorizados a trabalhar só ali e, em razão de não terem o “Revalida”, estão proibidos de executar uma série de procedimentos. Dilma falando certa feita sobre o Mais Médicos refletiu, com a profundidade característica: as pessoas precisam de médicos que as apalpem. Então tá. Eu acho que pobres e ricos precisam de médicos que possam fazer o diagnóstico de suas doenças.
Sim, quem quer que venha a assumir o governo terá uma bela herança maldita na área da saúde, que não se resolve com apalpadelas. Entre 2002, último ano do governo FHC, e 2005, terceiro ano já do governo Lula, o número total de leitos hospitalares havia sofrido uma redução de 5,9%. Era, atenção!, O MAIS MAIS BAIXO EM TRINTA ANOS! Números fornecidos pelo PSDB? Não! Por outra sigla: o IBGE. Em 2002, havia 2,7 leitos por mil habitantes. Em 2005, havia caído para 2,4. “Ah, Reinaldo, de 2005 para cá,  algo deve ter mudado, né?” Sim, mudou muito!
O quadro piorou enormemente: a taxa, em 2012, era de 2,3 — caiu ainda mais. E caiu não só porque aumentou a população, mas porque houve efetiva redução do número de leitos púbicos e privados disponíveis: só entre 2007 e 2012, caíram de 453.724 para 448.954 (4.770 a menos). Ou por outra: entre 2002 e 2012, o número leitos hospitalares por mil habitantes teve uma redução de 15%. Entre 2008 e 2013, foram fechados 284 hospitais privados. Segundo o Conselho Federal de Medicina, entre 2005 e 2012, fecharam-se 41.713 leitos do SUS. Isso sob as barbas do grupo político que vai repassar quase R$ 1 bilhão a Cuba por ano.
Isso tem de mudar, com Aécio, Dilma Rousseff ou Eduardo Campos na Presidência. Segundo a lógica, se ela vencer, fica como está porque o que se tem também é obra sua. Campos, até agora, não se pronunciou, mas deve pensar algo a respeito. Aécio está dizendo que, se eleito, assim não fica.
Fonte: Veja.com

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quinta-feira, 24 de julho de 2014

EPIDEMIA DE AIDS CAI NO MUNDO, MAS CRESCE NO BRASIL


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Escrito por Reinaldo Azevedo   
Qui, 17 de Julho de 2014 14:00
Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta quarta-feira aponta que os novos casos de infecção pelo HIV e de mortes associadas à doença cresceram no Brasil nos últimos oito anos. A tendência do país é contrária à global: segundo o documento, a epidemia está em queda no mundo, e especialistas acreditam que ela possa ser controlada até 2030. Segundo o The Gap Report, feito pelo Programa Conjunto das Nações sobre HIV/Aids (Unaids), o número de novos casos de infecção pelo HIV cresceu 11% no Brasil entre 2005 e 2013, quando cerca de 42 000 pessoas contraíram o vírus no país. Em relação às mortes provocadas pela doença, esse aumento foi de 7%, chegando a cerca de 15 000 óbitos em 2013.  Estima-se que, atualmente, 752 000 pessoas vivam com o vírus da aids no Brasil. Esse número representa quase metade do total de casos na América Latina (1,6 milhão) e cerca de 2% do número de infectados no mundo (35 milhões).
Na América Latina, houve uma pequena queda dos novos casos da infecção pelo HIV: de 2% entre 2005 e 2013. Em países como México, Colômbia e Venezuela, a epidemia de aids diminuiu, diferentemente do que ocorreu, além do Brasil, no Chile e no Paraguai. De acordo com a Unaids, a cada hora, dez novas infecções pelo HIV acontecem na região. Pelo menos um terço dos novos casos da doença ocorre entre jovens de 15 a 24 anos.
Mundo
Segundo o relatório da ONU, os novos casos da doença no mundo caíram 38% nos últimos doze anos – em 2013, 2,1 milhões de indivíduos foram infectados, contra 3,4 milhões em 2001. A queda global de novas infecções foi ainda mais acentuada em crianças, de 58%. Em relação ao número de mortes associadas ao HIV, houve uma queda de aproximadamente 37% de 2005 para cá. Estima-se que 1,5 milhão de pessoas no mundo tenham morrido no ano passado devido a complicações da doença. Em 2005, foram 2,4 milhões.
“Há esperança de que controlar a aids é possível”, diz o comunicado divulgado pela Unaids. “A epidemia pode ter fim em todas as regiões, em todos os países, em todos os locais, em todas as populações e em todas as comunidades”, diz Michel Sidibe, diretor da Unaids. Para a Unaids, o fim da epidemia até 2030 representaria o controle da difusão do HIV e do impacto do vírus nas sociedades.

Fonte: Veja.com

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quarta-feira, 23 de julho de 2014

MAÇONARIA: O CÃO SÍMBOLO MAÇÔNICO DA LEALDADE

MAÇONARIA: O CÃO SÍMBOLO MAÇÔNICO DA LEALDADE Imprimir E-mail
Escrito por Jorge Muniz Barreto   
Qui, 17 de Julho de 2014 17:00
O cão é animal de matilha. Quando se adota um de seus exemplares, o respeito e amor ao seu “dono” fazem com que o cão demonstre a qualidade que os homens chamam de “lealdade”, que é tão valorizada pelos seres humanos, ao mesmo tempo que rara.
Exemplos são muitos e a literatura está repleta de tais casos. Aqui alguns casos serão apresentados: o primeiro do cão Bobby, ocorrido na Escócia, Edimburgo e o segundo um caso vivido por mim e a minha esposa, em Florianópolis. Finalmente alguns casos encontrados na literatura.
O Cão como Símbolo Maçônico
Vários animais são usados como símbolos na maçonaria. Um dos mais conhecidos é a Águia Bicéfala símbolo do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA), do Galo que todos devem se lembrar de sua Iniciação. Devido à sua importância e por ser frequentemente grau usado para equivalência entre ritos, o “Pelicano” [4], símbolo usado no grau de Rosa Cruz [1], [5], não deve ser esquecido. Menos conhecida é a Coruja usada como símbolo do mais alto grau do Rito Moderno (RM) [8], [9], [10]. A Coruja é também a ave simbólica do Professor. Neste trabalho trataremos do cão, já apresentado pelo Ir∴ Valdemar Sansão [11].
A “Lealdade” é uma virtude maçônica que só é estudada nos graus filosóficos1. No REAA este estudo é feito em um dos graus “Inefáveis” [13], no Rito Brasileiro existe na Loja Complementar (do grau 4 ao 14), um grau dedicado a esta virtude [12], o de “Mestre da Lealdade” e no Rito Moderno, se não existe um grau inteiramente dedicado ao estudo da “lealdade”, existe um grau em que um cão demonstra esta virtude. [10]
Casos de cães mostrando sua lealdade
O caso de Bobby [3], [6]
Bobby era um Skye Terrier. Esta raça é oriunda da ilha de Skye e é conhecida por sua lealdade e companheirismo. A Ilha de Skye, habitualmente conhecida simplesmente pelo nome de Skye, é a maior e a mais setentrional das ilhas do arquipélago das Hébridas, na Escócia.
Bobby era o colega de um polícial chamado John Gray. John e o cão converteram-se em amigos inseparáveis até 1858, quando John morreu de tuberculose e foi enterrado no cemitério Greyfriars. Seu cãozinho ficou famoso porque durante 14 anos permaneceu na sepultura de seu dono durante a noite até sua própria morte em 1872.
O Castello de Edimburgo era um dos lugares favoritos de Bobby.
Uma tradição ligada a Bobby e o castelo de Edimburgo é a do disparo de canhão das 13 horas. Conta a lenda que um capitão de marinha visitou Edimburgo em 1860. Quando voltou a seu lar, informou que tinha visto uma cidade maravilhosa, cheia de construções e monumentos esplêndidos, onde viviam homens sábios e belas mulheres. Tinha só um problema, ninguém sabia a hora correta do dia. Tinham suficientes relógios, mas nenhum deles indicava o mesmo horário.
Em 1861, a situação foi corrigida quando os servidores públicos da cidade decidiram que fosse feito um disparo de canhão todos os dias no castelo. Desse modo, todos os cidadãos poderiam acertar seus relógios.
Ao mesmo tempo em que esta tradição começou, Bobby ficou amigo de um sargento nos quartéis do castelo: era Scott, que apresentou a Bobby a seus amigos e todos deram as boas-vindas ao novo camarada peludo. Uma das responsabilidades do sargento Scott era a de a judar a disparar o canhão e Bobby sempre o seguia às rampas do castelo para ser testemunha da ação.
Imediatamente após o disparo, Bobby se dirigia a um restaurante chamado “The Eating House”, onde o dono regularmente lhe dava o seu almoço.
Logo ele se converteu-se em uma atração diária. Uma multidão frequentemente reunia-se nas portas do cemitério ou do restaurante para esperá-lo. Bobby não perdia tempo com sua comida. Nem bem terminava, corria para o cemitério para se sentar pacientemente ao lado da sepultura de John Gray.
O cãozinho é uma parte querida da história de Edimburgo, sua coleira e seu prato são preservados na Casa Huntly, o museu dedicado à história da cidade.
Após a morte de John Gray, Bobby não tinha dono oficial. Era amado e regularmente alimentado pelas famílias e comerciantes situados ao redor do cemitério, mas ninguém tinha pago a sua licença, motivo pelo qual, mais dia menos dia, seria levado pela carrocinha.
O Sr. James Brown que cuidava do cemitério, contou que encontrou Bobby deitado sobre o túmulo, na manhã seguinte do enterro. Como era proibido a permanência de cães no cemitério, o Sr. Brown perseguiu o cãozinho até tirá-lo dali, mas na manhã seguinte ele voltou. Uma e outra vez Bobby foi afugentado até que o Sr. Brown ficou com pena e permitiu que ficasse.
Ainda nos dias de clima mais horrível, Bobby não abandonava sua posição, e com frequência latia naqueles que tentavam convencê-lo a ir embora.
Felizmente para Bobby, o prefeito da cidade, Sir William Chambers era um amante dos cães. Como chefe do município, era um homem respeitado e de bom coração. Assim foi que, quando o assunto da licença de Bobby surgiu, se sensibilizou e pediu para conhecer o cãozinho. Sir William ficou encantado com ele e decidiu pagar por sua licença indefinidamente. Ele deu uma coleira a Bobby, a que se encontra hoje no museu, e um prato de bronze com a seguinte inscrição: “Greyfriars Bobby do Prefeito, 1867, autorizado”.
O cãozinho foi encontrado morto em cima da sepultura de seu velho amigo, John Gray. Isto sim, é lealdade a um amigo!
Um ano após a morte de Bobby, a Baronesa Burdett Coutts mandou esculpir uma estátua e uma fonte para comemorar a vida de um cão devoto e a história de uma amizade que superou a morte. As lápides de ambos são semelhantes, mostrando que uma verdadeira amizade , ambos são iguais.
A estátua está a poucos passos do cemitério e atrás dela, há um pub que leva o nome do cãozinho em sua honra.
Bar com nome em homenagem à Bobby
Asterisque
Asterisque foi o primeiro cão que tive quando vim morar no Campeche, bairro do sul da Ilha de Santa Catarina. Era da raça Shar Pei, de pelo cor de barro com nariz preto.
Nasceu em 30.04.1995 em um canil em Joinville da criadora Susie. Faleceu de velhice em agosto de 2008, magro e no fim da vida passava quase o tempo todo em minha biblioteca comigo. Tendo durante quase um ano sido o único animal da casa é mais que natural que tenha ficado muito ligado a mim e à minha esposa que lhe dava comida.
Quando já adulto, certa noite um indivíduo que costumava passear seus cães, jogou um saco de plástico no meu jardim, contendo líquido mal cheiroso. Minha mulher, indignada, saiu com Asterisque, na coleira.
Asterisque logo farejou o indivíduo e foi até uma rua paralela à minha. Minha esposa contou-me que ao passar defronte de uma casa ouviu voz vindo lá de dentro atiçando os cachorros.. Sairam dois que avançaram sobre ela. Asterisque pulou em um deles e ela caiu. Asterisque ficou em cima dela defendendo-a. Ela conseguiu se levantar e veio me chamar. Chegou em casa, suja por ter caido e um pouco machucada na queda. Asterisque ficara engalfinhado com os dois cachorros do
JB News – Informativo nr. 1.402 Florianópolis (SC) – quinta-feira, 17 de julho de 2014. Pág. 11/28
vizinho. Peguei uma bengala e corrí para lá onde consegui apartar a briga dos dois contra Asterisque.
O valente Asterisque estava todo mordido. Apesar de suas feridas, passou aquela noite e algumas outras, em nosso quarto, cutucando o tempo todo minha mulher com o nariz. Sentia sua preocupação com aquela que salvara e despreocupado com suas próprias feridas. Grande demostração do amor e lealdade, que dedicava à nós dois.
Roscoe: [7]
O caso do cão Roscoe ocorreu em Albuquerque, no Novo México, Estados Unidos da América. O caso é contado pelo filho de um ancião, afetado pelo mal de Alzheimer, em estado avançado e com dificuldade de fala. Charles Sasser, fez um video de seu pai e o cachorro Roscoe2. Charles conta que foi muito triste acompanhar a evolução da doença degenerativa de seu pai e se sente feliz toda vez que Roscoe se aproxima de seu pai com um objeto. Neste momento, a presença do cão provoca melhoria momentânea e seu pai conversa com o animal.
Como diz o comentariasta Jorge Romano (em 2/5/2014) “A lambida de um cão e uma cauda abanando tem um poder de cura fantástico. Pena que nem todos já descobriram isso.”
Rossi: [7]
Desde dezembro o cachorro Rossi não sai da porta da Maternidade Barros Lima, no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife. Ele chegou ao local acompanhando a dona, mas ela morreu alguns dias depois de ter sido internada -- mas o animal continua esperando por ela do lado de fora da unidade de saúde. Vagando de um lado para outro do estacionamento, o cachorro passa em frente à emergência, vai embora e depois volta, todos os dias.
Os funcionários da maternidade disseram que localizaram a neta da dona do cachorro e pediram para ela ir buscar o animal, mas a jovem disse que não tinha interesse pelo bicho. Também tentaram tirá-lo do local, mas ele voltou para a unidade de saúde.
O auxiliar de serviços gerais Marcos Félix Batista é um dos funcionários da maternidade que cuida do vira-lata. Ele disse que tem um carinho especial pelo bicho. “Aqui, botaram o nome dele de Rossi e ele atende. Tentaram levar, mas ele não sai daqui da Barros Lima, pois é muito apegado à galera daqui. A turma gosta muito dele”, garante. A veterinária Milena Branco diz que o cachorro não sai da porta da maternidade porque ainda não entendeu que a dona morreu. E caso não seja adotado, pode esperar durante anos. “Tem muito a ver com lealdade e amor. Esse animal adotou a dona como uma mãe. Para ele, é uma mãe, uma pessoa que cuida, dá carinho, dá afeto. Cadê essa pessoa agora? Ele foi lá realmente procurar e está esperando ela sair, para levar ele para casa, onde viviam normalmente”, explicou.
A veterinária alerta: a retirada dele do local deve ser feita com cuidado. “Não é de um dia para outro, sedar o animal e o levá-lo para uma casa onde ele nunca viu ninguém e tudo é diferente. Tem que estudar realmente o comportamento desse animal para conseguir tirar e levar para um lar tranquilo”.
Rossi felizmente parece ter tido um final feliz como conta o texto de referência de 2/4/2014. O cachorro Rossi, ganhou um novo lar. Apesar da dificuldade de tirar o animal do local onde ficou, durante todo esse tempo, pela companheira de anos, Rossi agora faz parte de uma família do município de Itaíba, no Agreste de Pernambuco, a 331 quilômetros da capital pernambucana.
No dia de sua adoção, Rossi correu para se esconder quando percebeu que deixaria o pátio da maternidade. As tentativas de prendê-lo com uma coleira deixaram o animal ainda mais assustado.
A nova dona, encantada pela fidelidade do bicho, esperava anciosa a oportunidade de levar o cachorro para viver em um sítio, na companhia de outros animais. "Eu assistindo a reportagem, me sensibilizei. Minha irmã também trabalha nesse hospital. Ele vai morar em um sítio, nós temos uns cavalos e bois", conta a pedagoga Patrícia Simone Bezerra
Para realizar a captura, uma equipe de veterinários do Centro de Vigilância Ambiental (CVA) do Recife teve que sedar o cão para poder colocá-lo dentro da caixa adaptada. "Ele teve que ser acalmado porque estava um pouco agitado. Tivemos que amarrar o focinho, mas foi tranquilo. Antes,foi feito um exame clínico, onde foi diagnosticada uma conjutivite, mas já está sendo tratado", aponta a veterinária Jael Amaral.
Muitos funcionários viram o cachorro ser imobilizado e ficaram tristes por saber que não vão mais encontrar o Rossi na entrada do hospital. O auxiliar de serviços gerais Edvaldo Medeiros foi um dos que, nos últimos meses cuidou do cão. "Ele vai se embora assim, vai partir, vai deixar o coração da gente também partido. Vou sentir muita falta. Era um cachorro companheiro, seguia a gente para tudo que é lado", recorda o auxiliar.
A gerente da maternidade, Graça Correia, também veio se despedir do cachorro - bastante emocionada, conversou com o animal antes de ele seguir viagem. "É um filho para todos nós, que estamos dando em adoção. Ele vai ter um lar, vai ficar feliz", conta a gerente.
A história é parecida com a do cachorro Hachi, do filme Sempre ao Seu Lado, que por dez anos ficou à espera do dono, interpretado pelo ator Richard Gere, voltar do trabalho. Sempre que ouvia o barulho nos trilhos, corria para estação de trem. O dono também morreu e o cão fiel não deixou de esperar.
De acordo com o gerente da Vigilância Ambiental do Recife, Jurandir Almeida, a história do Rossi fez com que outros animais pudessem também ser adotados. "Recebemos muitas ligações e tivemos doações nos últimos dias", explica.
Ciccio [7]
Ciccio, um pastor alemão de 12 anos, visita diariamente a igreja de Santa Maria Assunta em San Donaci na Itália desde que a sua dona faleceu, ela frequentava a igreja onde também foi realizado o seu funeral. Há dois meses ele ensina uma lição de amor e lealdade. Ciccio foi adotado um ano antes por Maria Margherita Lochi, 57 anos, quando foi encontrado abandonado em um terreno baldio perto de sua casa. Maria sempre gostou de animais e já havia adotado vários gatos e cachorros de rua, mas sua ligação com Ciccio era especial. A atitude dele demostra que o amor dele por ela também era muito especial. Dona Maria ia todos os dias à missa na igreja local e o padre permitia a entrada de Ciccio que esperava pacientemente a seus pés. Ele também esteve lá com os entes queridos da Dona Maria em seu funeral. Mas agora Ciccio parece ter dificuldade para entender que ela não vai mais voltar e continua indo à missa todos os dias no mesmo horário, assim que ouve os sinos chamando os fiéis. Ciccio simplesmente se senta ao lado do altar, em silêncio, na esperança de ver Dona Maria chegar. O padre Donato Panna já esta acostumado com a presença do cachorro, que sempre ficou muito comportado aos pés de Dona Maria, e agora espera pacientemente ao lado do altar, acreditando que ela irá voltar. Todos em San Donaci ficaram tão impressionados com a fidelidade de Ciccio, que em conjunto decidiram adotá-lo e cuidar dele.
Hachiko:
Outra emocionante estória de fidelidade é a do Hachiko, nascido em 1923 na província de Akita no Japão, o filhote foi levado pelo professor Ueno para Tokyo, se tornou seu fiel companheiro e todos os dias o acompanhava na ida e na volta na estação de trem de Shibuya, esta rotina durou quase dois anos, até que um dia o professor não voltou, sofreu um ataque fulminante. O cachorro por aproximadamente 10 anos esperava pontualmente na estação o retorno do seu amado dono, familiares do professor o levaram, prenderam por inúmeras vezes e ele escapava, por fim acabou ficando ali toda a sua vida a espera do seu amado dono. As pessoas acostumaram com sua presença, entenderam a sua dor e tratavam dele ali, morreu em 08 de março de 1935 e foi colocado uma estátua na estação em homenagem a maior prova de amor e fidelidade já vista, esta história serviu de inspiração para o filme SEMPRE AO SEU LADO, estreado por Richard Gere. O JB News nº1392, pg..26. tem foto de Hachiko morto feita em 8 de março de 1935, ao lado reproduzida.
Conclusão
Temos muito que aprender com os animais, que chamamos “irracionais” e quando vemos tantas guerras, violências no noticiário diariamente, fico me perguntando “seremos nós os irracionais?
Referências
1. ASLAN, Nicola,. O Livro do Cavaleiro Rosa-Cruz, 1 ed. A Trolha, Londrina, São Paulo, 1997.
2. ASLAN, Nicola: Instruções para Lojas de Perfeição: para do 5º ao 14º, A Trolha, Londrina, 2002.
3. BARRETO, Jorge Muniz, A lealdade de um cão: Bobby. In Barreto, J. M., Ed. Mestre da Justiça - Antologia do Grau 9 do Rito Brasileiro, 1ª ed. Karmananda, Florianópolis, SC, 2013.
4. BIAZUSSI, Edson, A simbologia do pelicano. In Barreto J. M., Ed. Múltiplos Mistérios Rosa Cruz, 1ªed Karmananda, Florianópoli, SC, 2013.
5. CASTELLANI, José. Cavaleiro Rosa-Cruz, A Trolha, Londrina, 1997.
6. FONTE da história de Bobby: www.mdig.com.br/index.php?itemid=7354, acesso em 20/5/2012.
7. BLOG: http://www.ogritodobicho.com/
8. MANGUY, Irene: Symbolique des Grades de Perfection et des Ordres de Sagesse, 2 ed. Dervy, Paris, 2003.
9. MANGUY, Irene: De la Symbolique des Chapitres en franc-maçonerie. Dervy, Paris, 2005.
10. RITUAL do grau 4, Eleito Secreto do Rito Moderno, publicado pelo Muito Poderoso e Sublime Grande Capítulo do Rito Moderno, Oficina Chefe, São Paulo, 2005.
11. SANSÃO, Valdemar O Cão. JB News, nº70, p.5-9, 9/11/2010.
12. SCARB. Ritual do Grau 9 - Mestre da Justiça. Supremo Conclave Autônomo para o Rito Brasileiro, Cataguases, (MG), 2002.
13. SCSC (Supremo Conselho de Santa Catarina para o REAA). Ritual do Grau 9, Cavaleiro Eleito dos Nove, Loja de Perfeição 1 edição, 2001.


Fonte: JB News

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terça-feira, 22 de julho de 2014

O VEXAME NÃO É A DERROTA PARA A ALEMANHA

O VEXAME NÃO É A DERROTA PARA A ALEMANHA PDF Imprimir E-mail
Escrito por Barbosa Nunes   
Qui, 17 de Julho de 2014 17:00
No livro “Você é do tamanho de seus sonhos”, autoria de Cesar Souza, Editora Gente, encontro uma frase símbolo para este momento de decepção para a torcida brasileira. “Não importa se seus sonhos viraram pesadelos. O que importa é voltar a acreditar nos seus sonhos, assumindo o comando e inventando o futuro em vez de ficar tentando advinhá-lo”.
Qual foi o tamanho dos sonhos do povo brasileiro? Ser campeão do mundo mais uma vez ou ter uma nação organizada, pelo menos que se aproxime da impiedosa no futebol, Alemanha? Aproximar com a seriedade, organização, recomposição de duas Alemanhas, hoje potência mundial respeitada pelo seu passado e pelo seu presente. Em qualidade de vida mundo é a 5° e o Brasil a 85°.
Esta Copa foi buscada com as cambalhotas comemorativas do presidente à época e com 72% de aprovação do povo brasileiro. Veio com a promessa de que sua realização traria altos dividendos positivos. Conduzida pelos interesses e escândalos, trouxe resultados nos seus bastidores, incalculavelmente lucrativos. Na verdade a prática do futebol, lá nas quatro linhas, dentro de campo, foi colocada em último plano. Torci ferrenhamente para que a face triste do brasileiro se abrisse com um sorriso.
Em primeiro plano, os grandes contratos publicitários, a exclusividade da confecção e venda de produtos, inclusive com a limitação de território, o que muito feriu a nossa nacionalidade, pois a FIFA foi a administradora em todos os minutos, inclusive impondo a venda de cerveja no interior dos estádios.
Estádios que foram nas suas construções ou reformas, fontes das maiores denúncias de superfaturamento e como elefantes brancos, ficarão em alguns locais em que a torcida é pequena para um campo de várzea.
Expressões desrespeitosas foram pronunciadas de forma irresponsável, como a do jogador Ronaldo, membro da comissão da FIFA de que: “Não se faz uma copa construindo hospitais”. Claro que não! Pois ele é um privilegiado que está quilometricamente distante do sofrimento do povo. Pelé, que segundo Romário, “fala melhor quando está com a boca fechada”, como sempre, sem consciência política, não teve sensibilidade de identificar o momento que o país passa, com a frase "brasileiro fica estragando uma festa dessa", referindo-se aos protestos.
Xuxa completa o “trio da sabedoria” quando assim disse em entrevista: "O povo quer tudo, a redução da maioridade penal e a liberação da maconha. É bem melhor a gente olhar para a Copa do Mundo que já está acontecendo, acho que é uma perda de tempo do povo criticar o governo nesse momento de tantas coisas boas acontecendo no Brasil".
Em entrevista na Inglaterra em 2012,  Jérôme Valcke, secretário geral da FIFA, foi duro e agressivo com o andamento das intervenções referentes ao Mundial de 2014 no Brasil.
“As coisas não estão funcionando. Muitas coisas estão atrasadas. O Brasil merece um chute no traseiro”.
Anteriormente o presidente da CBF renunciou ao cargo por indícios de corrupção e processos. O próprio presidente da FIFA recebe pela imprensa referências quanto a um sobrinho envolvido em empresa sócia da entidade, que vendia ingressos. Em consequência foram indiciados 11 suspeitos de envolvimento no esquema milionário de venda de ingressos da Copa do Mundo.
A Rede Globo de Televisão vendeu para o povo a imagem de uma seleção imbatível, que tinha a obrigação de ganhar a Copa aqui. Iludiu o povo brasileiro, vendeu falsas esperanças, montou uma casa de sonhos e escondeu muitas mazelas.
Admitamos que o futebol brasileiro não é mais o melhor do mundo, no campo. Fora do campo, um dos piores! Cercado somente de interesses capitalistas.
Estamos concluindo hoje e amanhã a Copa de 2014, não importando se em terceiro ou quarto lugar e não importando se vença Alemanha ou Argentina. A verdade é que o futebol alemão, consciente, planejado, eficiente, matemático, frio, sem os excessos de comemoração dos jogadores, chega ao final com merecimento para ser o campeão.
Curvemo-nos ao futebol argentino, que muitas vezes irrita o torcedor brasileiro, mas reconhecidamente lutador não se entrega até o último minuto, também merecedor do título mundial.
Terminada a “festa”, voltamos à dura e triste realidade de um país que vivencia continuadamente em sua história o fenômeno da corrupção banalizada, que faz de Brasília, onde o Brasil estará jogando hoje contra a Holanda, o símbolo dos desmandos, onde não há separação do que é público do que é particular.
Não tenho esperança, mas torço e penso de que nesta caminhada para um marco que poderá ser positivo, ou até continuar no mesmo, as próximas eleições, com seus resultados possam trazer uma nova sistemática política e administrativa.
Levei um grande susto, não estou acreditando que após a fragorosa derrota para a Alemanha, a moralidade eleitoral e a dignidade tenham sido feridas nas suas mais altas profundidades, ao receber a notícia de que um ex-governador de Brasília, retirado do cargo, preso em 2010, condenado esta semana por ato de improbidade administrativa e multado em quase 1 milhão de reais, suspeito de envolvimento com o esquema de compra de apoio político, possa ser candidato. Antes do último dia 5 de julho era considerado ficha limpa. No dia 5 registrou a candidatura. Agora, com a condenação ocorrida após o pedido do registro, não sofrerá impedimento em disputar a eleição. É um ficha suja, condenado, multado, mas deverá ser candidato. E assim sendo, o povo de Brasília o elegerá, segundo as pesquisas.
Então com uma consciência política desta, o Brasil merece mesmo uma boa surra da Alemanha!

Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, membro da AGI, delegado de polícia aposentado, professor e maçom do Grande Oriente do Brasil - barbosanunes@terra.com.br.
Fonte: Informativo Barbosa Nunes

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