quinta-feira, 25 de junho de 2015

‘A ÁGUA QUE ESSA ONÇA BEBE’ E OUTRAS SEIS NOTAS DE CARLOS BRICKMANN




CARLOS BRICKMANN
Publicado na coluna de Carlos Brickmann
‘A ÁGUA QUE ESSA ONÇA BEBE’ E OUTRAS SEIS NOTAS DE CARLOS BRICKMANNOperação Erga Omnes — a expressão latina usada pela Polícia Federal significa “Contra Todos”, ou “A Todos Atinge”. E já atingiu boa parte do todo: os grupos Odebrecht e Andrade Gutierrez. Um dos detidos é Alexandrino Alencar. De acordo com publicação oficial da Odebrecht (anúncio em O Globo de 13 de abril de 2014), Alencar é seu diretor de Relações Institucionais e foi quem contratou o ex-presidente Lula para participações remuneradas em eventos no Exterior; e, “neste tipo de ação, de estímulo à exportação de bens e serviços, é comum que fornecedores e subcontratistas participem dos esforços e arquem com alguns custos” (OK: quando uma empresa contrata alguém, paga suas despesas, além da remuneração. A Odebrecht contratou também Fernando Henrique e o ex-primeiro-ministro espanhol Felipe González. Mas três delatores premiados da Operação Lava-Jato citaram Alexandrino Alencar como pagador de propinas no Exterior já na época dos Governos petistas. A Odebrecht é a empreiteira que obteve mais empréstimos do BNDES lulista para obras no Exterior. A segunda é a Andrade Gutierrez.
Empreiteiras sempre tiveram boas relações com todos os Governos. Mas a Andrade Gutiérrez, atingida agora, tem relações ainda melhores com Lula. Foi em Paris, na casa de Marília Andrade, da família controladora da Andrade Gutiérrez, que a filha de Lula, duramente exposta na campanha eleitoral que elegeu Collor, passou quase um ano; o então marido de Marília, Luís Favre, trotsquista, se ligou a Lula, e levou boa parte dos trotsquistas brasileiros para o PT.
Onde mora o perigo
Marcelo Odebrecht está preso, à disposição do juiz Sérgio Moro, que já obteve várias delações premiadas. Mas a questão é outra: o pai de Marcelo, Emílio Odebrecht, presidente do Conselho da empresa, não tem paciência com tergiversações.
Se achar que as coisas passaram dos limites, haverá problemas.
Erga omnes
E que ninguém se iluda: tanto a Odebrecht quanto a Andrade, se têm excelentes relações com o PT, têm também ótimo relacionamento com os demais partidos. Fernando Henrique, como Lula, fez palestras e viagens remuneradas pela Odebrecht. E as duas empresas, embora tenham ganho grande impulso nos Governos petistas, não entraram nos negócios só em 2003, quando Lula assumiu seu primeiro mandato.
Se quiserem falar, têm o que contar e sobre quem contar.
Maduro, quase podre
Há coisas espantosas na violência praticada por hordas fascistas na Venezuela contra senadores brasileiros que foram visitar presos políticos. A primeira é a rapidez com que bolivarianos brasileiros, ávidos em demonstrar fidelidade ao presidente venezuelano, tentaram ridicularizar a visita, minimizar as agressões e fingir acreditar na fábula do congestionamento de trânsito que ocorria por acaso bem na hora do desembarque. O sumiço do embaixador brasileiro no momento do cerco foi muito conveniente. E a servil nota oficial do Governo Dilma, pedindo por favor à Venezuela que preste “os devidos esclarecimentos” é coroada por um ato falho: diz que o embaixador brasileiro, chamado ao aeroporto pelos senadores, retornou ao aeroporto e “os despediu”.
A vontade de governar sem Congresso é tanta que acham que um diplomata pode demitir parlamentares.
O lado ruim
Viajar é bom, é de graça, rende diárias, dá notícia. E outro grupo de senadores decidiu ir a Caracas “com isenção e imparcialidade”. Quem são os isentos e imparciais? Roberto Requião, fã declarado de Maduro, Lindbergh Farias (o antigo cara-pintada), Vanessa Grazziotin, do PCdoB e Randolfe Rodrigues, do PSOL (o de Luciana Genro).
Bolivarianamente imparciais e isentos e doidos para viajar.
O lado bom
Mas a ação hostil em Caracas tem aspectos positivos: tira a máscara do Governo venezuelano, acaba com aquela frase de Lula, de que na Venezuela há democracia até demais, mostra quem são os brasileiros que, por motivos ideológicos, se subordinam a um Governo estrangeiro. E pode causar danos ao Mercosul – uma boa ideia que se esclerosou, se ideologizou e isolou o Brasil dos principais movimentos do comércio internacional, que tanto beneficiam o Chile e o Peru.
Um erro, uma vida
O deputado cearense Paes de Andrade fez uma bela e corajosa carreira. Na fase mais difícil da ditadura, foi um dos líderes do Grupo Autêntico do MDB, que se opôs com decisão aos militares (e teve muitos integrantes cassados por isso). Formou afinada dupla com Ulysses Guimarães, o Senhor Diretas, líder da resistência pacífica ao autoritarismo — tanto que, quando Ulysses deixou a Presidência da Câmara, apoiou Paes de Andrade para substituí-lo.
Paes de Andrade estava no cargo quando o presidente Sarney viajou para o Exterior e coube-lhe substituí-lo. Cedeu então ao provincianismo: voou no avião presidencial para sua cidade, Mombaça, Ceará, para ser aclamado e lembrado como primeiro presidente a visitá-la. Caiu no ridículo. Foi apelidado de Mombaça.
E ao morrer, dia 17, o fato mais lembrado em sua biografia foi a desnecessária viagem presidencial.




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EDITORIAL DO ESTADÃO: LÁGRIMA DE CROCODILO


Fazendo eco às pesquisas que demonstram que o apoio popular e a aprovação ao governo continuam despencando, Luiz Inácio Lula da Silva, como se não tivesse nada a ver com isso, faz duras críticas à presidente da República que colocou no Palácio do Planalto, escancara seu estilo populista ao dar conselhos à sucessora e tem o caradurismo de afetar consternação e se queixar do “ódio que está na sociedade”.
EDITORIAL DO ESTADÃO: LÁGRIMA DE CROCODILOO estarrecedor depoimento de Lula, diante de líderes religiosos que reuniu em seu instituto em São Paulo na semana passada, foi relatado pelo Globo no sábado.
O ex-presidente falou aos líderes religiosos no momento em que era divulgada mais uma pesquisa Datafolha dando conta de que caiu para 10% a aprovação popular a Dilma Rousseff e subiu para 65% o índice de brasileiros que consideram seu governo ruim ou péssimo. “A Dilma está no volume morto”, ironizou Lula, acrescentando que ele próprio está no mesmo nível e o PT ainda mais abaixo.
Com o cinismo que seus admiradores preferem interpretar como “visão pragmática” das questões políticas, Lula endossou de modo geral as críticas feitas por seus interlocutores ao governo, a Dilma e ao PT e ainda botou lenha na fogueira na tentativa de convencê-los de que os problemas apontados são consequência da teimosia de sua sucessora, que se recusa a seguir os conselhos que recebe do mestre.
Tendo ao lado o ex-ministro Gilberto Carvalho, que manifestava aprovação a todas as intervenções do chefe e a elas acrescentava argumentos, Lula desfiou críticas a Dilma e ao governo que ela comanda: “O Gilberto sabe do sacrifício que é a gente pedir para a companheira Dilma viajar e falar”. “Numa reunião em Brasília eu disse a ela: companheira, você lembra qual foi a última notícia boa que demos. Ela não lembrava.” “Estamos há seis meses discutindo ajuste. Ajuste não é programa de governo. Depois de ajuste vem o quê?” “Os ministros têm de falar. Parece um governo de mudos.”
Não se dando ao trabalho de disfarçar o tratamento de líder para liderada que pretende impor em seu relacionamento com a presidente da República, Lula contou: “Acabamos de fazer uma pesquisa em Santo André e São Bernardo, e a nossa rejeição chega a 75%. Entreguei a pesquisa para a Dilma, em que nós só temos 7% de bom e ótimo. E disse para ela: isso não é para você desanimar, não. Isso é para você saber que a gente tem de mudar, que a gente pode se recuperar. E entre o PT, entre eu (sic) e você, quem tem mais capacidade de se recuperar é o governo, porque tem iniciativa, tem recurso, tem uma máquina poderosa para poder falar, executar, inaugurar”.
Lula garantiu que nos encontros que mantém regularmente com a chefe do governo tenta convencê-la da necessidade de se expor publicamente, fazer contato pessoal “porque na hora em que a gente abraça, pega na mão, é outra coisa”. E resumiu: “Falar é uma arma sagrada”, ressalvando que não se trata de falar na TV ou no rádio, mas “olho no olho”.
Está claro que, apesar de achar que entende de política mais do que ninguém, Lula é incapaz de – ou não quer – perceber que de nada mais adianta Dilma Rousseff sair por aí anunciando planos mirabolantes e fazendo promessas maravilhosas pela razão simples de que perdeu a credibilidade. Pelo menos dois em cada três brasileiros não acreditam nela. De resto, os conselhos de Lula recendem a populismo barato e a vigarice chinfrim: para ele, o importante é levar o eleitor “na conversa”.
Embora permissivo quando se trata de si próprio, da família e dos amigos, Luiz Inácio Lula da Silva se comporta com uma arrogância e uma presunção que o levam a colocar-se sempre acima do bem e do mal.
Subiu na vida pública transformando os adversários políticos em inimigos a serem destruídos. E agora demonstra uma consternação hipócrita, como o fez no encontro com os religiosos: “Jamais vi o ódio que está na sociedade. Família brigando dentro de família, companheiro do PT que não pode entrar em restaurante…”.
Lamentava, com lágrimas de crocodilo, estar colhendo o amargo fruto que plantou.





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DILMA CONSEGUIU MUDAR A PERCEPÇÃO DO BRASILEIRO SOBRE A REELEIÇÃO




DILMA CONSEGUIU MUDAR A PERCEPÇÃO DO BRASILEIRO SOBRE A REELEIÇÃOÉ claro que a ruindade do governo Dilma Rousseff acaba interferindo na opinião que têm os brasileiros sobre a reeleição, mas, ainda assim, trata-se, entendo, de um avanço. Pesquisa Datafolha, publicada pela Folha, indica que nada menos de 67% dos entrevistados se dizem contrários à possibilidade de o governante obter um segundo mandato consecutivo, contra apenas 30% que são favoráveis. Em 2005, por exemplo, o resultado era praticamente o inverso: 65% a favor e 33% contra. Em 2007, um ano depois de Lula ser reconduzido ao cargo, houve uma mudança nas marcas, mas ainda favorável ao expediente: 58% a 39%.
Parece que o eleitorado se convenceu, e com razão, de que a reeleição não faz bem ao país e de que o governante de turno, em qualquer esfera, leva enorme vantagem sobre o concorrente. A ideia de que só os bons governos obtêm um segundo mandato é absoluta e escancaradamente falsa, como revela Dilma Rousseff. É bem verdade que ela foi reeleita com a bola na trave, mas foi. E o resultado é esse que vemos.
A reeleição custa caro ao país. Para se reeleger, Dilma quebrou o Fies, o sistema de financiamento em universidades privadas. Entre 2010 e 2013 — quatro anos —, o governo federal desembolsou R$ 14,7 bilhões com o programa. Só em 2014, ano da reeleição, foram R$ 13,75 bilhões. Como é sabido, a governanta reajustou o valor do Bolsa Família quase na boca da urna. É claro que os adversários ficam de mãos atadas. Apontar a falcatrua dá a impressão de que se é contra o reajuste por princípio. As próprias pedaladas fiscais do ano passado fizeram parte do pacote reeleitoral. Se Dilma não tivesse a esperança de mais quatro anos, talvez tivesse reajustado antes combustíveis e tarifas. A possibilidade da reeleição empurra o titular para práticas populistas.
Felizmente, a reforma política em curso porá um fim a essa possibilidade. O texto que extingue a reeleição foi aprovado na Câmara, em primeira votação, por 452 votos a 19, e certamente o será em segunda. No Senado, também não encontrará dificuldades. NOTA: SEMPRE FUI CONTRA. A emenda da reeleição foi aprovada em 1997, durante o primeiro mandato do governo FHC. Eu a critiquei duramente. Não mudo de princípio a depender de quem esteja do outro lado do balcão.
Se a reforma andou bem nesse particular, no caso do voto obrigatório, a Câmara foi na contramão dos anseios da população. Segundo o Datafolha, 66% se opõem ao voto obrigatório, e só 32% o defendem. De 1994 até agora, o Datafolha fez esse levantamento oito vezes. Em apenas uma, em agosto de 2008, o voto obrigatório ganhou do facultativo: 53% a 43%. Nas outras sete, perdeu. Mas a diferença nunca foi tão grande como agora.
O instituto aponta ainda que, hoje, se o voto fosse opcional, apenas 41% compareceriam às urnas; 58% dizem que não iriam votar. E esse é o principal mau argumento que reforça o absurdo em si que é o voto obrigatório. Note-se que, no segundo turno das eleições de 2014, 6% votaram em branco ou nulo, e 21% se abstiveram. Com o voto facultativo, talvez a ausência não fosse muito superior a esses 27%. Uma coisa é responder a uma pesquisa fora de um clima de campanha eleitoral e de acirramento do debate; outra, bem diferente, é tomar a decisão de ir ou não ir num clima de elevada temperatura política.
Outro número é um prato cheio para transformar o voto obrigatório em plataforma também populista. Segundo o instituto, se o voto fosse facultativo, 62% dos que ganham acima de 10 salários mínimos compareceriam às urnas, mas apenas 35% dos que ganham abaixo de dois. Entre os com ensino universitário, 56% participariam do pleito, contra apenas 34% dos que têm o ensino fundamental.
Assim, é grande a tentação de demonstrar que o voto obrigatório protege os pobres. Pois é… Vejam o estado de êxtase dos nossos miseráveis, não é mesmo? Ora, é evidente que obrigar alguém a votar, numa democracia, é uma excrescência. Se o voto fosse facultativo, o político teria um bom trabalho adicional: convencer o eleitor de que vale a pena ir às urnas.
Ah, sim: uma maioria relativamente apertada de 53% se disse favorável a um mandato de cinco anos para todos os cargos; 42% são contrários. O número, como está, não quer dizer grande coisa. O que significam esses 42%, por exemplo? Acham cinco anos muito ou pouco? São favoráveis a cinco para cargos executivos, vereadores e deputados, mas contra para senadores? Não dá para saber.
Juntando-se votação da Câmara e pesquisa, já podemos dizer, com tranquilidade, que, felizmente, a reeleição está enterrada. Para que fique melhor, espero que alguém no Senado acrescente uma mudança: a proibição de reeleição para cargos do Executivo em qualquer tempo. Assim, encerrado um mandato, ex-prefeitos, ex-governadores e ex-presidentes iriam fazer outra coisa, certos de que, àquele cargo, não mais voltariam. Isso oxigenaria e renovaria a política para o bem.
Eu  criaria também um limite de mandatos para vereadores, deputados estaduais e federais e senadores: dois no caso dos últimos e quatro nos dos demais. Mas sou realista e sei que isso não passaria de jeito nenhum. Já o mandato único para o Executivo me parece plausível, sim! Coragem, senhores!
Por Reinaldo Azevedo




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ENTENDA PORQUE LULA TENTA SE DESCOLAR DE DILMA E DO PT




Mário Assis
Amigos, abram o olho com o “sapo barbudo”. O Lula só tem compromisso com ele. É um egocêntrico. Está lá no livro do José Nêumanne Pinto, “O que sei de Lula”. Leiam. Ficarão admirados. Tudo o que está acontecendo agora, suas falas, suas críticas e suas atitudes diversionistas, ele as pratica desde a época do Sindicato dos Metalúrgicos.
Sua estratégia é a se descolar da crise. Crise confeccionada por ele, que “criou” a sinistra figura de Dilma. A gerentona, a mãe do PAC. Na realidade, uma grande incompetente, arrogante e prepotente.
ENTENDA PORQUE LULA TENTA SE DESCOLAR DE DILMA E DO PTLula quer se situar como aquele que nada tem a ver com o que está acontecendo. Quer aparecer como o crítico salvador da situação. Mas a crise é dele. Está no colo dele.
CABEÇA DE LULA NÃO ANDA BEM
Valmor Stédile
“Nunca antes na história do Brasil o povo exerceu tanto a democracia e participou tanto das decisões do meu governo…”, disse Lula, ao criticar Dilma e o PT
Como pode Lula afirmar isto? Quais foram as primeiras providências políticas dele logo após tomar posse na Presidência da República? Fechou as prévias no Partido dos Trabalhadores e encerrou as reuniões do Diretório Nacional, que até então ocorriam com mais frequência, além de conduzir o país para o que passou a chamar de “eleição plebiscitária”.
Acentuando a divisão do Brasil entre petistas e tucanos, numa disputa eleitoral motivada por combinação motivada ou tácita, desprezou o pluralismo democrático previsto na Constituição Federal e botou pressão sobre os partidos aliados para que aderissem à polarização contra o PSDB. Ele acerta na frase, mirando no umbigo.
LULA, O BENFEITOR OS BANQUEIROS
Guilherme Almeida
Antes de Lula e o PT serem governo: “Obviamente que, tendo em vista os lucros que tiveram o Itaú, o Bradesco e os outros bancos, o Fernando Henrique Cardoso não é nem pai: ele é pai, mãe, avô, avó, tio, tia do sistema financeiro, que nunca ganhou tanto dinheiro como está ganhando agora”, disse o candidato Lula, em 2001, ao dar entrevista a Ziraldo.
Depois que Lula e o PT chegaram ao poder: “Quando ele foi eleito, eu tive uma preocupação de que levasse o governo para uma linha de esquerda, mas ele foi mais conservador do que eu esperava”, disse Olavo Setúbal, presidente do conselho de administração da holding que controla o Banco Itaú, em 12 de agosto de 2006.
Hoje, no governo Dilma+Lula+PT: “Banco Central diz que juros do cartão de crédito chegam a 360,6% ao ano e os do cheque especial, a 232%”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGNão foi nenhum religioso que gravou e divulgou as críticas de Lula a Dilma e ao PT. As declarações foram gravadas e vazadas propositadamente pelo Instituto Lula. (C.N



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REELEIÇÃO É FONTE DE CRISE DESDE A DE JANGO EM 1960


Pedro do Coutto
REELEIÇÃO É FONTE DE CRISE DESDE A DE JANGO EM 1960Pesquisa do Datafolha publicada em reportagem de Ricardo Mendonça, Folha de São Paulo de terça-feira, revela que 67% do eleitorado brasileiro são contra a reeleição de presidentes da República, governadores e prefeitos. É o resultado das decepções sucessivas com os desempenhos principalmente dos presidentes Fernando Henrique Cardoso e Dilma Rousseff. Quanto a Lula, este também se enquadra no panorama relativamente ao desfecho de seu segundo mandato, embora tenha sido de influência decisiva para a vitória de Dilma Rousseff em 2010. Entretanto, o drama das reeleições começou com a de Jango Goulart para vice-presidente da República nas urnas de 1960.
Uma explicação: naquele tempo o vice era votado independentemente do presidente e, ao contrário deste, poderia ser reeleito. O impedimento não se referia aos vices, de acordo com a tese levantada por Santiago Dantas, vitoriosa no Supremo Tribunal Federal. Santiago Dantas sustentou que vice era uma nulidade administrativa e só lhe cabia assumir o poder na ausência do presidente da República.
Assim, eleito vice de JK em 1955, Jango foi reeleito cinco anos depois nas eleições de 60. Concorreu na chapa do general Teixeira Lott, mas foi votado também por eleitores de Jânio Quadros através de um movimento independente denominado JAN-JAN. Disputando isoladamente a vice, ele derrotou Milton Campos, da UDN, a quem inclusive havia vencido em 55. Em 55 ele era vice de Juscelino e Milton Campos integrava a chapa de Juarez Távora.
OSWALDO ARANHA
O destino conduziu Jango a sua nova candidatura em 1960. Numa entrevista a ABI naquela campanha, o general Lott revelou que havia escolhido o embaixador Oswaldo Aranha para seu companheiro de chapa, mas Aranha morreu em abril daquele ano,na noite que foi homenageado como Homem de Visão de 1959 por suas posições relativas à criação das Nações Afro-Asiáticas que conquistaram a independência, transformando-se de colônias em Estados independentes. A revista Visão era responsável pela outorga do título num evento que se sucedia anualmente. Tinha como redator-chefe o jornalista Jorge Leão Teixeira, que trabalhava também no Correio da Manhã.
Se Oswaldo Aranha não tivesse morrido naquela noite de festa, Jango não teria assumido a presidência da República quando da renúncia de Jânio Quadros. Coisas do destino. Destino, aliás, dramático para Goulart. Embora fosse um conciliador, quase sempre os acontecimentos em que se envolvia geravam crises. Assim foi com o Manifesto dos Coronéis, em 1953, que o derrubaram do Ministério do Trabalho. Naquela ocasião Getúlio Vargas cedeu à pressão e começou a perder poder a partir daquele momento. Em 54, candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul, mesmo após a morte de Vargas a 24 de agosto, em outubro foi batido nas urnas por Armando Câmara e Daniel Krieger.
CANDIDATO A VICE
No ano seguinte, 1955, o lançamento de sua candidatura a vice de JK causou forte reação contrária no meio militar. E reação maior ainda a de 1961 quando lhe coube assumir a presidência substituindo Jânio Quadros. Mas estes fatos todos pertencem ao passado. No presente, a pesquisa do Datafolha revela, no fundo, uma rejeição intensa aos governos que se sucederam depois de reeleições eivadas de decepções que as estatísticas do Datafolha, e também as do Ibope acusam no panorama político nacional.
O eleitorado, ao rejeitar as reeleições, está implicitamente temendo e rejeitando a sucessão de fracasso na condução do país. Agora, a pesquisa do Datafolha vem consolidar a emenda constitucional aprovada pela Câmara dos Deputados, por esmagadora maioria de votos, e certamente será confirmada pelo Senado, impedindo o segundo mandato para todos os ocupantes de cargos executivos conquistados pelas urnas do país.
De decepção em decepção, não podendo retirar o voto da urna, os eleitores e eleitoras optaram pelo fim da recondução e portanto o prosseguimento de reconduções negativas para a população. Fonte do poder e base de sustentação dos governantes os quais, depois de escolhidos pela primeira vez não repetem suas atuações no segundo mandato.
A história, assim, é escrita nas teclas das urnas pelos que nela depositaram sua confiança.






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PELA PRIMEIRA VEZ, LULA FALOU A VERDADE SOBRE DILMA


Carlos Newton

PELA PRIMEIRA VEZ, LULA FALOU A VERDADE SOBRE DILMAA imprensa está fazendo as mais absurdas especulações sobre o rompimento entre o ex-presidente Lula e sua sucessora Dilma Rousseff, como se isso fosse algo de novo. Na verdade, há mais de dois anos eles já não se falavam direito. O problema começou em 2012, quando Lula percebeu que Dilma não iria abrir mão da candidatura à reeleição. Devagar, devagarinho, a presidente parou de aceitar sugestões dele, passou a nomear ministros por conta própria e começou a tocar o governo sozinha.
Quando o movimento “Volta, Lula” cresceu dentro do PT, no ano passado, Dilma deu um golpe mortal nele, ao ameaçar divulgar os absurdos gastos do cartão corporativo de Rosemary Noronha, feitos no Brasil e nas 32 viagens internacionais em que acompanhou Lula, na ausência da primeira-dama titular Marisa Letícia.
Lula teve de se conformar em sair candidato apenas em 2018. Portanto, não foi por mera coincidência que ele participou o mínimo possível da campanha eleitoral de Dilma e fez uma aparição meteórica na festa da posse. Entrou, tirou fotos protocolares com a presidente reeleita e foi logo embora.
GOVERNO NATIMORTO
O segundo governo de Dilma acabou sem ter começado. Antes de assumir, ela já havia aceitado terceirizar o comando da economia, entregando-o a um representante da banca. Mas não adiantou nada, ela entrou em desespero, pediu ajuda a Lula. Rispidamente, ele respondeu que não iria a Brasília, se ela quisesse encontrá-lo, que viajasse a São Paulo. Na quinta-feira antes do Carnaval, Dilma pegou o avião e foi se reunir com ele.
Dilma ouviu poucas e boas, como se dizia antigamente. Depois de espinafrá-la, Lula mandou que ela procurasse Renan Calheiros e Eduardo Cunha, se recompusesse com o PMDB, restaurasse a base aliada, demitisse Pepe Vargas das Relações Institucionais e Aloizio Mercadante da Casa Civil. Dilma voltou arrasada a Brasília e foi passar o Carnaval na Bahia.
Na semana seguinte Lula foi a Brasília, se reuniu com a cúpula do PMDB e com as lideranças do PT. Dilma até tentou seguir os conselhos dele, mas não demitiu Mercadante nem Pepe Vargas. Lula se aborreceu, a situação se complicou, Dilma teve de terceirizar também a articulação política, pedindo socorro ao vice Michel Temer, que ela desprezara durante quatro anos, trocou Pepe Vargas de ministério e não demitiu Mercadante. Lula ficou furioso, decidiu procurar um Plano B.
PLANO B DE LULA
Como não há perspectivas de reversão da crise a médio prazo e Dilma não tem salvação, Lula resolveu cuidar da vida. Não esperava que o segundo mandato da presidente fosse um fracasso tão grande, a ponto de inviabilizar a candidatura dele em 2018. Por isso, quem entrou no desespero agora foi ele, que está saindo em busca do tempo perdido. E pela primeira vez Lula está dizendo verdades. Suas críticas ao governo Dilma e ao PT são todas procedentes. Ninguém se atreve a responder.
Acontece que seu apregoado sonho de mudar o Brasil não existe mais. Todos já sabem que os petistas deixaram o país em segundo plano. Conforme disse Lula, cada um tratou de arranjar um jeito de se arrumar, esta é a realidade. O programa do partido não existe mais. No PT de hoje, tudo soa falso.
A revolução que Lula prega não virá dos trabalhadores, ninguém mais acredita nisso. Ele mesmo é um líder tão falso quanto o partido. A única esperança dos brasileiros vem do Paraná. Se der certo o esforço da Polícia Federal, do Ministério Público e do juiz Sérgio Morto, realmente haverá algo de novo em que acreditar. Se eles fracassarem, continuaremos perguntando que país é esse… E Lula até terá chances de voltar a ser presidente.






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A REVOLUÇÃO CULTURAL DE LULA




A REVOLUÇÃO CULTURAL DE LULANa China, Mao Tse-Tung encontrava-se no ostracismo, desprestigiado e sem poder, depois de haver ainda jovem liderado o partido comunista, empreendido a Longa Marcha, resistido aos japoneses e proclamado a República Popular. Já velho, foi nadar no Rio Yang Tse e decretou a Revolução Cultural, apoiado na juventude. Virou o país de cabeça para baixo. Humilhou, condenou e afastou seus companheiros da Velha Guarda. Excessos sem conta foram praticados mas ele retomou o poder absoluto.
Parece não haver muitas diferenças entre Mao e o Lula, que passou a defender uma revolução no PT, dizendo que legenda que ajudou a criar envelheceu e perdeu a utopia, não sabendo se o defeito foi dele ou do governo Dilma. Acusou os companheiros de ficarem pensando apenas em cargos nos governos por eles administrados, inclusive no plano federal. Clamou pela definição se desejam salvar a pele, os cargos ou os projetos. Isso poucos dias depois de haver acusado Dilma de “volume morto” que não produziu uma só notícia boa depois de reeleita. Segunda-feira, completou afirmando “que acreditávamos em sonhos, hoje a gente só pensa em empregos”.
É a Revolução Cultural em marcha aqui nos trópicos, depois que o Lula passou a sentir-se desprestigiado e desprotegido, em especial porque o governo não o defende frente à operação Lava-Jato. Dilma está para o presidente deposto Liu Shao-Chi assim como seus ministros lembram a cúpula afastada por Mao. Para muita gente, logo saberemos quem vencerá, mas algo de patético começa a acontecer.
COMO FARSA…
Para Marx e Lenin a História só se repetia como farsa, mas eis o Brasil contrariando lições dogmáticas. O primeiro-companheiro dá a impressão de não apenas pretender descolar-se da sucessora, mas de querer a demolição de seu governo. Sua mais contundente crítica foi reconhecer estar velho, cansado, com 69 anos, obrigado agora a repetir as mesmas coisas que falava em 1980. Só falta, mesmo, botar o calção e nadar no rio Tietê…
A grande pergunta refere-se a como o PT reagirá. Se dará respaldo a Dilma, ignorando o ressurgimento do Lula, ou logo se bandeará para o primeiro-companheiro. Não dá para ocultar a existência de um muro mais alto do que as muralhas da China, separando o antecessor da sucessora. Será bom não esquecer que Madame, sozinha, não criou liderança alguma. Sem o Lula e sem o PT, não se elegeria síndica de um edifício. Junto com seus ministros petistas, mas nem todos, tentará ocultar a crise, coisa que só estimulará o Lula a não interromper sua revolução. Poucos ousarão, no partido, aconselhar o ex-presidente a refluir, depois dele ter reconhecido o fracasso da administração atual.
PORQUE LULA PEDIU…
É preciso aguardar qual o próximo passo do Lula. Brasília nada tem a ver com a Cidade Proibida de Pequim, onde se podiam refugiar os donos do poder. Ainda mais quando são verdadeiras as críticas do ex-presidente. Os dirigentes do PT só pensam em cargos. Abandonaram, faz tempo, os projetos de mudar as instituições nacionais, contentando-se com o bolsa-familia para justificar seu imobilismo. Só que as bases discordam, como se viu dias atrás no V Congresso do partido, em Salvador. Calaram-se, depois de protestos veementes, porque o próprio Lula pediu. Agora estão livres para recomeçar, com o Grande Timoneiro à frente. Motivos não faltam, desde a adesão de Dilma às propostas de Joaquim Levy até a entrega da coordenação política a Michel Temer.





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GRÃO-MESTRE HONORÁRIO DO GOB-SERGIPE ASSUME LOJA COTINGUIBA


GRÃO-MESTRE HONORÁRIO DO GOB-SERGIPE ASSUME LOJA COTINGUIBARegistramos com muito prazer e cumprimentamos o Grão-Mestre Honorário do GOB – Sergipe, irmão Ibrahim Salim, por assumir mais uma vez uma missão maçônica importante, ao retornar ao primeiro malhete, agora na sua histórica Loja “Cotinguiba” nº 235.
A solenidade foi prestigiada por um grande número de irmãos, Grão-Mestre do GOB – Sergipe, o Eminente Irmão Lourival Mariano, Poderoso Grão-Mestre Adjunto, irmão Clairton de Santana, representante do GOB, Orlando Carvalho Mendonça, prefeito de Aracajú, João Alves, cunhadas e sobrinhos.
GRÃO-MESTRE HONORÁRIO DO GOB-SERGIPE ASSUME LOJA COTINGUIBA (1) GRÃO-MESTRE HONORÁRIO DO GOB-SERGIPE ASSUME LOJA COTINGUIBA (2) GRÃO-MESTRE HONORÁRIO DO GOB-SERGIPE ASSUME LOJA COTINGUIBA (3) GRÃO-MESTRE HONORÁRIO DO GOB-SERGIPE ASSUME LOJA COTINGUIBA (4) GRÃO-MESTRE HONORÁRIO DO GOB-SERGIPE ASSUME LOJA COTINGUIBA (5) GRÃO-MESTRE HONORÁRIO DO GOB-SERGIPE ASSUME LOJA COTINGUIBA (6)

Fonte: http://www.gob.org.br






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POSSE NO GRÃO-MESTRADO DO ACRE


POSSE NO GRÃO-MESTRADO DO ACRERepresentando o Grande Oriente do Brasil, o irmão, Secretário Geral Adjunto de Administração e Patrimônio, Astronoel Costa Vieira, fez-se presente nas solenidades de posse no Grande Oriente Estadual do Acre, acontecida no dia 12 de junho.
Tomou posse no cargo de Grão-Mestre Estadual o irmão José Rodrigues Teles, em transmissão feita pelo Grão-Mestre do GOB – Acre, irmão José Augusto de Araújo Rodrigues.

POSSE NO GRÃO-MESTRADO DO ACRE (1) POSSE NO GRÃO-MESTRADO DO ACRE (2) POSSE NO GRÃO-MESTRADO DO ACRE (3)

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TRIBUNAL DIPLOMA GRÃO-MESTRE, ADJUNTO E DEPUTADOS ESTADUAIS


TRIBUNAL DIPLOMA GRÃO-MESTRE, ADJUNTO E DEPUTADOS ESTADUAISEm sessão muito concorrida contando com a presença inclusive, do Grão-Mestre Geral Adjunto do GOB, irmão Barbosa Nunes, e primeira participação do Sapientíssimo Presidente da Assembleia Federal, Múcio Bonifácio, menos de 24 horas após sua eleição, o Tribunal Eleitoral Estadual, do Grande Oriente do Estado de Goiás, diplomou os irmãos Luís Carlos de Castro Coelho e João Batista Machado, como Grão-Mestre Estadual e Adjunto, bem como, simbolicamente, todos os Deputados Estaduais, em número de 133, diplomando o Deputado Lourival Arantes.
Presentes, seis juízes do tribunal, presididos pelo irmão Jardel Luís Costa. Vários irmãos usaram da palavra, entre eles, o irmão Barbosa Nunes e Múcio Bonifácio, José Humberto Evangelista, Presidente da Assembleia Estadual e por último, os irmãos diplomados, sendo a sessão muito bem organizada no seu cerimonial pelo irmão Alberto Alves de Oliveira. Várias cunhadas foram homenageadas, destacando-se as esposas do Grão-Mestre e Adjunto, cunhadas Janine Gouveia e Neusa Machado.
A posse dos deputados, eleição da mesa diretora e posse do Grão-Mestre Adjunto, acontecerá no próximo dia 27 de junho, sábado às 09h da manhã.
Agradecemos as fotos do irmão Daniel Duarte, Secretário de Interior e Relações Públicas do Grande Oriente do Estado de Goiás.
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Fonte: gob.org.br






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