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Escrito por Laurindo Roberto Gutierrez |
Seg, 07 de Abril de 2014 17:00 |
Outrora, a velhice era uma dignidade; hoje, ela é um peso.
Francois Chateaubriand Quando fui iniciado, a vida para mim, ganhou um novo sentido, pelas novas amizades e pelo ensinamento que recebia nas instruções de meus preceptores. A sessão maçônica era uma coisa extraordinariamente nova e reveladora. Jovem ainda, nos meus trinta anos contados, sonhava em crescer na Ordem, e ser como aqueles irmãos mais antigos, pois via neles tanto conhecimento e amizade, eram na verdade, sábios inspiradores. Os “velhinhos” daquele tempo, eram: Hercule, Alceno, Domicio, Dídimo, Godoy, Ayres, Enoch, Lupércio, Dario, Job, Meronho, Nelsinho Batista entre outros. Para mim, eles viviam num mundo de felicidade, e isso era uma herança, que levariam até os dias da velhice, pensava eu. Esse sentimento inundava meu o espírito de paz e esperança, crendo numa vida futura plena de realizações maçônicas. Jamais poderia pensar que o caminhar dos anos trouxesse consigo mudanças tão importantes. Parece que a juventude não conhece o segredo para a transmutação, e quando a idade avança, somos pegos por uma realidade surpreendente, às vezes desalentadora. A Ordem que servimos por décadas a fio, envidando os maiores esforços, nos abandonará na idade senil, justamente quando estaremos mais carentes e fragilizados. Na America do Norte, os maçons idosos vão para o albergue da Ordem, onde vivem em paz e dignamente. Abordo esse assunto, levando em conta apenas dois casos de irmãos que vivem no mais completo abandono maçônico. Um, vitimado por uma hemiplegia, não sai para lugar algum, o outro quase cego, agora vivem ambos, confinados em suas casas. Essa realidade é bem diferente dos Templos aconchegantes, e dos amplos salões de festas de suas Lojas, que um dia freqüentaram. Aquela alegria barulhenta e os abraços fraternos deram lugar ao abandono, ao ostracismo involuntário e ao silêncio cósmico que arrasa seu moral. Se tivessem a mão amiga de um irmão, poderiam ir à Loja, aos almoços, e de novo serem felizes, pela convivência fraterna entre os irmãos. A maçonaria, pródiga em ajudar os velhinhos dos asilos profanos, vira a cara para seus próprios membros, que nem sempre precisam de apoio pecuniário, apenas de uma visita. A tentativa de levar irmãos à casa de um enfermo, sempre resulta em fracasso, pois ninguém sem interessa. Os Veneráveis Mestres, alguns deles, quase nunca vão, preferindo “formar uma comissão”, para uma obrigação que é sua, que ele solenemente jurou cumprir, com a mão sobre a Bíblia. O apelo das cunhadas e dos filhos, pedindo uma visita dos maçons, não faz eco. Alguns de nós, (me incluo) acham que maçom inativo não é mais irmão, e não é merecedor de nosso amor, nem de nossa visita, porque deixou a Loja há anos. Se não mudar meu sentimento, renunciarei aos graus que alcancei, e pedirei para ser novamente iniciado. O tempo corre célere, e a vida escapa pelos dedos como o mercúrio, quando tentamos segura-lo. Irmãos, há tempo, ainda que curto, para amar e dar alguma alegria ao próximo, pois O Céu não pode esperar. Ir.´. Laurindo Roberto Gutierrez Loja de Pesquisa Maçônica Brasil - Londrina-Pr Loja de Pesquisa Maçônica Francisco Xavier Ferreira- Porto Alegre- RS Abril/2011
Fonte: JB News
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