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Escrito por Carolina Gonçalves |
Qua, 07 de Janeiro de 2015 08:05 |
Com a menor bancada sindical no
Congresso Nacional desde 1988, quando 44 sindicalistas compunham a
representação no Legislativo, segundo levantamento do Sindicato de
Servidores Públicos Federais (Sindsep), trabalhadores temem o
retrocesso de direitos adquiridos ao longo dos últimos anos. O número
de representantes da categoria no Legislativo caiu pela metade, de
acordo com os resultados das urnas em outubro, e passará dos atuais 83
parlamentares para 46 a partir deste ano.
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Todos os números no Congresso podem
mudar com as definições do Planalto sobre os cargos no Executivo, mas,
ainda que nomes sejam cotados, o equilíbrio de forças dificilmente será
alcançado. Do lado dos sindicalistas estão outros setores considerados
vulneráveis como os movimentos indígenas e a comunidade LGBT
(lésbicas, gays, bissexuais e travestis).
CONSERVADORES EM ALTA
Diante dos resultados das urnas,
especialistas do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar
(Diap) concluíram que a nova composição do Congresso é a mais
conservadora desde 1964, pelo número de parlamentares eleitos ligados a
segmentos militares, policiais, religiosos e ruralistas. O analista
político do Diap Antônio Augusto de Queiroz prevê que, com essa
composição, a tendência é que “algumas conquistas, como a garantia dos
direitos humanos, sejam interrompidas ou até regridam”.
Levantamento do Diap mostrou, por
exemplo, que, enquanto nenhum dos candidatos que se autodeclarou
indígena foi eleito para a Câmara dos Deputados, a bancada ruralista
cresceu. Números da Frente Parlamentar da Agropecuária revelam que os
representantes do setor passarão dos atuais 14 senadores e 191
deputados para 16 senadores e 257 deputados.
DE BOLSONARO A WYLLYS
O novo cenário pode significar a
retomada de matérias como a proposta de emenda à Constituição (PEC
215/00) que é alvo de protesto de grupos indígenas. O texto, que deve
ser arquivado sem votação com o fim da atual legislatura, transfere a
competência da União na demarcação das terras indígenas para o
Congresso e possibilita a revisão das terras já demarcadas.
No caso de policiais e setores
vinculados, como o de apresentadores de programas policialescos, foram
eleitos 55 deputados, como o delegado da Polícia Federal Moroni Torgan
(DEM), candidato mais votado do Ceará, com 277 mil votos, e o coronel
da reserva da Polícia Militar Alberto Fraga (DEM), o mais votado no
Distrito Federal, com 155 mil votos. Parte desses nomes defende
propostas como a revisão do Estatuto do Desarmamento.
Na mesma linha, mais de 464 mil
eleitores do Rio de Janeiro decidiram reeleger o atual deputado Jair
Bolsonaro (PP), militar da reserva que segue para o sétimo mandato. Por
outro lado, no mesmo estado, a população também elegeu, com mais de
144 mil votos, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), principal nome
ligado ao movimento LGBT.
http://formadoresdeopiniao.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=30190:sindicalistas-temem-mais-retrocessos-nos-direitos-sociais&catid=77:politica-economia-e-direito&Itemid=132
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