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Escrito por Carlos Newton |
Sáb, 25 de Outubro de 2014 08:19 |
O debate final entre os presidenciáveis
foi mais um baile de Aécio Neves em Dilma Rousseff. Desde o início, o
candidato do PSDB mostrou-se seguro e confiante, enquanto a
representante do PT se apresentou quase sempre confusa, vacilante, sem
transmitir confiança.
O confronto começou com Aécio
perguntando a Dilma sobre a reportagem da revista Veja que reproduz o
novo depoimento do doleiro Alberto Yousseff, no qual confirma que Dilma
e Lula tinham conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras.
A presidente respondeu que se trata de
calúnia e difamação, anuncia que vai processar a revista por ter
publicado acusações sem nenhuma prova, e Aécio então lembra a ela que
réu em delação premiada não pode mentir, caso contrário perde os
benefícios e tem a pena agravada.
Depois, passaram a discutir economia,
com Dilma exaltando o baixo desemprego e Aécio batendo na inflação, na
recessão e nas obras paradas. Nada de novo, parece reprise de programas
anteriores.
Em seguida, Aécio pergunta por que o
governo preferiu investir no Porto de Mariel, em Cuba, ao invés de
recuperar e modernizar os portos brasileiros. E indaga também por que a
operação é considerada secreta pelo BNDES.
Dilma se enrolou toda para responder, é
claro. Naquele seu jeito atrapalhado, disse que o financiamento não foi
feito a Cuba, porque a garantia é da empreiteira brasileira, e
destacou que com isso foram gerados 450 mil empregos no Brasil, o que
deve ser alguma piada. É duro ver uma suposta doutorada em Economia
acreditar que uma obra em Cuba possa “abrir” 450 mil empregos aqui no
Brasil. Só na cabeça dela…
Ao final, a candidata petista atacou
Aécio pelas verbas de publicidade recebidas por uma emissora de
televisão da família dele. Foi outra mancada, porque a família dele não
possui nenhuma TV. E Aécio nem perdeu tempo em responder.
BANCOS PÚBLICOS
Dilma então passou a elogiar o programa
Minha Casa, Minha Vida e depois o tema mudou para bancos estatais.
Aécio criticou o fato de que o Banco do Brasil tem hoje 37 diretores,
dois quais 18 são filiados ao PT. Lamentou o aparelhamento da
instituição e terminou dizendo que um ex-vice-presidente está preso na
Itália e o atual presidente está hoje sob investigação criminal.
Dilma sentiu o golpe e acusou o governo
FHC de ter “quebrado o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e o BNDES”.
Ninguém sabe de onde ela tirou essa estranha informação, mas Aécio nem
contestou, apenas registrou que o Tesouro Nacional está devendo R$ 18
bilhões ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica, por causa das manobras
contábeis que o governo faz para esconder o déficit fiscal.
Dilma então retoma a palavra e passa a
enaltecer o Pronatec (escolas técnicas) e se sai bem, ridicularizando o
governo FHC por só ter criado 11 instituições. Porém, Aécio consegue
se recuperar, ao falar sobre seu trabalho no governo estadual, quando
conseguiu que Minas Gerais passasse a ter o melhor sistema de educação
fundamental do país.
OS ELEITORES PERGUNTAM
No segundo bloco, quem faz as perguntas
são eleitores indecisos, selecionados pelo Ibope. O primeiro deles
reclama que o aluguel da casa onde morou quadruplicou.
Ao responder a pergunta, Dilma se saiu
bem, porque mais uma vez ele fala do programa Minha Casa, Minha Vida,
repete que já foram entregues 3,5 milhões de moradias, explica as
condições de financiamento etc. e tal. Mas Aécio então a corrige,
lembrando que somente foram construídas 1,6 milhões de unidades, as
outras continuam sem ser entregues.
Dilma volta a falar e faz a piada da
noite, chamando o eleitor de “candidato”. Nervosa, nem replicou a
correção feita pelo candidato tucano sobre o número de casas já
construídas.
EDUCAÇÃO
O programa foi mal organizado pela
Globo, que resolveu fazer a inovação de colocar “eleitores indecisos”, e
o resultado foi que alguns temas acabaram sendo repetidos.
Assim, uma eleitora de Belém voltou a
perguntar sobre educação e as colocações de Dilma e Aécio se repetem.
O candidato do PSDB tem programa bem delineado, enquanto a rival
petista parece que só sabe falar sobre Pronatec e Prouni. Mas desta vez
sela e saiu bem, porque acusou o PSDB de entrar no Supremo com pedido
de inconstitucionalidade do Prouni e Aécio não respondeu.
A próxima pergunta foi sobre corrupção.
Dilma responde que o problema é que a lei é branda e não há punição.
Esqueceu completamente que já está em vigor a chamada Lei
Anticorrupção, que ela própria sancionou e que tem dispositivos muito
rigorosos também no tocante à punição dos empresários corruptores. É
uma lei que o governo até hoje não regulamentou, certamente porque o
governo não lembra dela.
Depois, toda confusa, Dilma falou que
tem cinco projetos para combater a corrupção e Aécio a corrigiu,
dizendo que as propostas são do Congresso e não do governo. Encerrando o
assunto, o tucano então afirmo que a solução contra a corrupção é
simplesmente tirar o PT do governo e o auditório responde com uma salva
de palmas.
William Bonner põe ordem na casa e outra
eleitora indaga sobre a aposentadoria e Aécio se sai bem, dizendo que
vai rever o fator previdenciário e melhorar as condições dos
aposentados.
E assim termina o segundo bloco, com Aécio dominando a disputa.
ASSISTÊNCIA SOCIAL
O terceiro bloco começa com Aécio
introduzindo um tema novo, que sempre esteve fora da campanha – a
assistência social. Com documentos na mão, denuncia que o repasse do
governo federal para as instituições de assistência social estão muito
atrasados, e reclama especialmente do que está acontecendo no setor de
deficientes físicos.
Dilma fica furiosa e responde que o
governo nunca atrasou esses repasses, mas Aécio insiste que o problema
existe, cita novamente os números e fala direto para a câmera, se
dirigindo aos prefeitos e diretores dessas instituições, para se
comprometer a acabar com o contingenciamento de verbas da assistência
social, caso seja eleito este domingo.
Em seguida, é Dilma quem pergunta e ela
entra no assunto da seca em São Paulo, para culpar o governo Alckmin de
falta de planejamento, mas ao final faz uma piada de mau gosto, ao
dizer que os tucanos vão criar em São Paulo o programa “Meu Banho,
Minha Vida”.
Aécio replica com seriedade, lembrando
que o governo federal também tem sua cota de responsabilidade, através
da incompetência e omissão da Agência Nacional de águas, que conduz a
política de recursos hídricos e que teve dirigentes presos por
corrupção (caso Rosemary Noronha). Depois de observar que o problema
não é apenas em São Paulo, critica as obras intermináveis da
Transposição do Rio São Francisco, o superfaturamento da refinaria
Abreu e Lima e a ausência total de planejamento no governo federal.
REELEIÇÃO
Em seguida, Aécio provoca Dilma por
causa da reforma política que não sai nunca. Reclama da omissão do
governo e critica a reeleição. Diz que, nos últimos 60 dias, Dilma só
esteve duas vezes no Palácio do Planalto e pergunta a ela quem está
governando o país.
Ela responde que está “sempre e
sistematicamente” no governo e estranha que Aécio critique a reeleição,
que foi comprada por Fernando Henrique no Congresso. No final da fala,
diz que é contra o financiamento empresarial de campanhas eleitorais, e
Aécio encerra o assunto lembrando que em 2013, que nem era ano
eleitoral, o PT recebeu R$ 80 milhões de contribuições.
Dilma então critica o apoio de FHC à
agricultura e exibe seus números (adora falar em bilhões…), mas o
tucano não se intimida. Diz que o governo do PT abandonou a agricultura
e que no estratégico segmento do etanol, a política desastrada do
governo já fez serem fechadas 70 usinas somente em São Paulo. Reclama
também da falta de planejamento e do custo Brasil, devido ao abandono
das vias de escoamento da produção.
Dilma nem responde.
CORRUPÇÃO, DE NOVO
Aécio pergunta a opinião pessoal de
Dilma sobre o mensalão e a condenação de José Dirceu. A candidata do PT
responde à altura, citando o mensalão tucano e outros escândalos
ligados ao PSDB. Mas Aécio tem uma carta na manga e denuncia que um dos
réus do mensalão tucano é justamente Walfrido Mares Guias, responsável
pela coordenação da campanha de Dilma em Minas Gerais.
Dilma então volta a falar do Enem, do
Prouni e do Pronatec, enquanto Aécio anuncia seus planos para educação e
relembra sua gestão em Minas. Nada se cria, tudo se copia e se repete.
VOLTAM OS ELEITORES
No último bloco, os tais eleitores
indecisos voltam a fazer perguntas. A primeira delas é dirigida a Dilma
por uma eleitora que reclama da falta de saneamento em muitas cidades
do país.
A candidata se esquiva, dizendo que a
responsabilidade por obras de saneamento é dos estados e municípios,
devido à Constituição, e o governo federal apenas ajuda a financiar as
obras. Volta então a falar nos bilhões investidos etc. e tal.
Aécio aproveita a deixa e cita o número
de residências brasileiras que não têm serviços de água e esgoto.
Ironiza Dilma, diz que vai não “terceirizar responsabilidades” e afirma
que o saneamento básico será uma das suas prioridades de governo.
Depois, o assunto volta a ser tráfico de
drogas e segurança, mostrando mais uma vez que a organização do
programa da TV Globo falhou infantilmente, ao permitir que os temas se
repetissem. E de novo fala-se em controle de fronteiras, segurança,
narcotráfico, reabilitação de drogados, nada de novo no front, tudo se
copiando.
Na última pergunta dos eleitores, uma
economista de 55 anos reclama do desemprego no setor e Aécio aproveita a
deixa. Fala da desindustrialização do país e do estreitamento do
mercado de trabalho para profissionais mais gabaritados. Explica a
grave crise econômica que o país atravessa e a necessidade de retomada
do crescimento, para reabertura do mercado de trabalho.
Dilma intervém e dá então a maior
mancada da noite. Dirigindo-se à eleitora que fez a pergunta sobre
desemprego, sugere que ela faça um curso de qualificação profissional
no Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), porque a melhor
maneira de o trabalhador desemprego se recolocar no mercado é através
da capacitação…
Caramba! Como é que uma suposta
doutorada em Economia pode dar um conselho desses a uma colega
desempregada? Mais parece uma cena de nonsense ou teatro do absurdo.
Quer dizer que, a essa altura do campeonato, a economista de 55 anos
vai aprender no Senai a ser metalúrgica, soldadeira ou operadora de
máquina industrial?
Só mesmo no cabeça de Dilma Rousseff…
Fonte: Tibuna da Internet
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