'FELIPÃO, O PROFESSOR DE GESTÃO DE DILMA', DE JOSÉ NÊUMANNE |
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Escrito por José Nêumanne |
Qui, 17 de Julho de 2014 14:00 |
Dilma Rousseff disse, em 1.º de julho de
2013, que seu governo tinha o “padrão Felipão”, em resposta a uma
pergunta sobre se seus ministros tinham “padrão Fifa”. Referia-se ao
ex-técnico da seleção brasileira Luiz Felipe Scolari após reunião
ministerial depois da vitória sobre a Espanha por 3 a 0 no Maracanã,
onde ela seria vaiada várias vezes domingo, na final da Copa, antes e
ao entregar a taça ao capitão alemão, Philipp Lahm.
A comparação havia sido feita na temporada de protestos nas ruas em que
o povo exigiu “padrão Fifa” para a gestão pública federal, nada
exemplar. Apesar de ter escolhido o treinador como modelo, ela não foi
entregar a Copa das Confederações ao time que ele treinou. Um ano e 13
dias depois, tendo o mesmo time sofrido hecatombes inéditas nos jogos
finais da “Copa das Copas”, ela o relegou ao ostracismo para se
refugiar no verso de um samba de Paulo Vanzolini (“levanta, sacode a
poeira e dá a volta por cima”) e na criatividade (“a derrota é a mãe de
todas as vitórias”).
Dilma não atuou na seleção nem a
treinou. Não é também dirigente da Confederação Brasileira de Futebol
(CBF). Mas não resiste a recorrer ao dito esporte bretão para parecer
simpática. Nascida em Minas, comemorou a conquista da Libertadores da
América pelo Atlético Mineiro em 2013 em redes sociais. “Congratulo
(sic) com toda a torcida do Atlético pela conquista do título. Eu sou
torcedora do Atlético e, quando criança, ia com meu pai a muitos jogos
do Galo no Mineirão”, postou. Não faltou quem nos mesmos veículos
lembrasse que 1) como nasceu em 1947, tinha 18 anos e, portanto, não
era criança quando o estádio foi inaugurado; e 2) que o pai morrera em
1962, três anos antes de sua inauguração.
Consta que Clio, a deusa da história, é
irônica. Pelo visto, os deuses do futebol também. Em 8 de julho o
estádio foi palco da derrota mais humilhante que o Brasil sofreu na
história, ao perder de 7 a 1 na semifinal da Copa. Dela o técnico saiu
como padrão de incompetência, e não de excelência.
Nenhum torcedor dotado do mínimo de bom
senso teria apostado pesado no time de Scolari na Copa: ganhou da
Croácia com a ajuda do juiz, empatou com o México contando com muita
sorte e ao vencer Camarões passou para as oitavas de final contra o
Chile, e não contra a Holanda, por absurdos erros do árbitro, que
anulou dois gols legítimos dos mexicanos no jogo de estreia contra os
africanos. A trave nos últimos segundos da prorrogação e no último
pênalti carimbou o passaporte para as quartas de final contra a
Colômbia, que nunca foi páreo para a canarinha nos melhores momentos
dela e nos piores desta. O Brasil ficou entre os quatro melhores com a
ajuda da sorte e de apito amigo.
Mas na véspera da semifinal contra a
temida Alemanha a presidente resolveu apostar todas as fichas de chefe
de governo e de Estado e de candidata à reeleição no “padrão Felipão”
de excelente gestão. A página oficial da Presidência da República na
internet, usada na campanha eleitoral com uma sem-cerimônia só
comparável à do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao desconhecer o
fato, divulgou sua “conversa” com internautas sobre a Copa. Chamou os
adversários de “urubus”, condenou o “pessimismo indevido” de um sujeito
oculto chamado imprensa, vulgo “mídia golpista”, e adotou como mascote
de palanque o craque Neymar, cuja dor, ao ser atingido por um jogador
do time que fora menos violento do que o Brasil no jogo, segundo ela,
“feriu o coração de todos os brasileiros”. Para completar, sem se
dignar a explicar o significado do gesto nem da expressão, copiou do
astro do Barcelona o “é tóis”, paródia criada por ele para o “é nóis”
dos corintianos, com a letra T formada pelos braços e pelo cotovelo. E
enquanto a torcida lhe fazia eco gritando o nome do ídolo ferido, os
alemães impingiram à seleção mais campeã das Copas a pior goleada em
semifinais do torneio.
Felipão, fiel a seu padrão de
embromation, mal consumado o desastre elogiou o próprio trabalho,
lembrando que seu “grupo” – sua “família”, ou seja, as vítimas de suas
doses patéticas de autoajuda – foi o primeiro a chegar a uma semifinal
desde a Copa em que ele mesmo treinou o time campeão, em 2002, há 12
anos. O auxiliar técnico Carlos Alberto Parreira comprometeu o
respeitável currículo de campeão mundial de 1994 lendo na entrevista a
carta de uma fã que elogiou a preparação do time de um esporte cujos
fundamentos ela própria dizia desconhecer.
Antes de o “padrão Felipão” ser
submetido a outro vexame na disputa pelo terceiro lugar contra a
Holanda na arena Mané Garrincha, com o nome de um gênio do tempo em que
nosso futebol tinha cara e vergonha, os bombeiros do Planalto correram
para salvar a chefe do incêndio. Descalçaram-lhe as chuteiras e ela
pôs de novo o capacete de chefe de obras, para jogar espuma sobre a
tentativa canhestra de barganhar o sucesso da seleção por votos na
eleição. Apelaram até para o óbvio: “Futebol e política não se
misturam”. Fez-se isso com desleixo idêntico ao de estropiarem a frase
de Nelson Rodrigues “a pátria em chuteiras” por outra, que só adquiriu
nexo após o vexame: “a pátria de chuteiras”. Dilma e seu professor
(assim os pupilos chamam seus técnicos) usaram pátria, hino e bandeira
para chutar a realidade para escanteio.
Dilma ainda contribuiu para o besteirol
de político ignorante em esporte ao atribuir o chamado mineiratsen à
exportação dos melhores jogadores nacionais para o exterior. O uso da
palavra exportação, cabível para médicos cubanos, mas não para nossos
craques, omite as evidências de que a seleção atuou em nível similar ao
dos campeonatos locais por absoluta incapacidade de dirigentes que se
recusam a aprender como se joga nos mercados que hoje vencem. E de
governantes que perdoam as dívidas monstruosas acumuladas por estes
bancando papagaios de pirata para ganhar votos, perdendo o pudor e as
Copas.
Fonte: Veja.com
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