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Escrito por Reinaldo Azevedo |
Qui, 06 de Novembro de 2014 07:26 |
O doleiro
Alberto Youssef disse em depoimento ao Ministério Público Federal que
deu R$ 1 milhão à campanha que elegeu Gleisi Hoffmann (PT-PR) ao Senado,
em 2010. Gleisi foi também chefe da Casa Civil no governo da
presidente Dilma Rousseff entre junho de 2011, quando Antonio Palocci
deixou o cargo, e fevereiro deste ano. Segundo o doleiro, o montante
foi entregue em quatro parcelas, em espécie, ao dono do shopping Total
de Curitiba, Michel Gelhorn. Três das parcelas foram entregues no
próprio shopping, de acordo com Youssef. O empresário é sócio do
apresentador de TV Carlos Massa, o Ratinho, em outro shopping em
Curitiba, o ParkShopping Barigüi.
O
depoimento do doleiro foi prestado aos procuradores que atuam na
Operação Lava Jato, no acordo de delação premiada que ele fez. O
ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa já havia citado em sua
delação que a campanha de Gleisi recebera R$ 1 milhão. Costa confirmou
que uma anotação que havia num de seus cadernos apreendidos pela Polícia
Federal (“P.B., 0.1″) era uma referência cifrada a essa doação. Ainda
de acordo com Costa, P.B era Paulo Bernardo, marido de Gleisi.
Em 2010,
quando foi feita a anotação pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Bernardo
era o ministro do Planejamento do governo Lula. Em 2011, com a posse
de Dilma Rousseff, assumiu a pasta das Comunicações. Para ter uma pena
menor, Youssef assinou um acordo de delação no qual se compromete a
revelar o que sabe sobre o esquema de suborno da Petrobras. O doleiro
corria o risco de ser condenado a mais de cem anos de prisão. Ele é
acusado de comandar um esquema de lavagem de dinheiro que teria
movimentado R$ 10 bilhões, com desvios na estatal e ramificações em
partidos como PP, PT e PMDB.
A senadora
Gleisi Hoffmann diz em nota que as contas de sua campanha foram
aprovadas pela Justiça eleitoral sem qualquer ressalva.
Fonte: Veja.com
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