DE OLHO NO IMPEACHMENT, TEMER DÁ FORÇA A EDUARDO CUNHA |
Escrito por Carlos Newton |
Ter, 16 de Dezembro de 2014 08:05 |
Importante notícia publicada na coluna
Painel da Folha de São Paulo, sob comando da jornalista Vera Magalhães,
mostra que o vice-presidente Michel Temer está se mexendo nos
bastidores do poder e já começou a articular um acordo entre PT e PMDB
para evitar uma disputa pelo comando da Câmara.
A
informação é de que a sondagem de Temer prevê que os petistas desistam
de lançar um candidato e apoiem Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para presidir a
Câmara. A justificativa de Temer é de que o próprio Planalto estaria
interessado em evitar que uma disputa acirrada crie um clima hostil
contra Cunha, que se tornaria inimigo do governo.
“Temer já conversou com o pré-candidato
do PT, Arlindo Chinaglia (SP), e disse a aliados que recebeu boas
sinalizações”, diz a coluna Painel, acrescentando um detalhe
fundamental: “A negociação não prevê um rodízio entre PT e PMDB na
presidência da Câmara: Cunha respeitaria a tradição e apoiaria a
condução de um petista à 1ª vice, mas não se comprometeria a levar o PT
à presidência em 2017″.
Eduardo Cunha, que é franco favorito,
está percorrendo o país em campanha e deve receber esta semana apoio
formal do PRB, o que agregará 21 votos à sua candidatura à Mesa, e diz
ainda não ter sido consultado sobre o acordo que Temer tenta costurar
até o Natal, para arrematar a composição em janeiro, às vésperas da
eleição na Câmara, que se realiza no mês seguinte.
DE OLHO NA SUCESSÃO
Michel Temer é uma raposa felpuda e está
se mexendo em causa própria. Como primeiro colocado na linha de
sucessão de Dilma Rousseff, ele luta para tirar o PMDB da linha de tiro
da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República. Sabe que pode
ser o grande beneficiário da crise e começa a armar seu circo.
Com Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na
presidência da Câmara, o impeachment da presidente Dilma Rousseff terá
tranquilamente o apoio de dois terços dos deputados e subirá para o
Senado, que decidirá a cassação dela. O único problema é que Eduardo
Cunha então se tornaria o segundo na linha da sucessão presidencial,
mas Temer nem se importa com esse pequeno detalhe, porque a hora é
essa.
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