A
conta bancada pela Petrobras pela refinaria americana que provocou
tanto barulho pode ficar maior. Autoridades da região de Pasadena cobram
mais alguns milhões de dólares da refinaria na justiça. O
correspondente Hélter Duarte explica. A briga das autoridades do Condado
de Harrys com a refinaria de Pasadena começou há nove anos. Segundo
Scott Lemond, advogado do Condado, foi nesse período que a companhia
deixou de pagar seus impostos regularmente.
A refinaria de Pasadena fica em uma área isenta de tributos federais e alfandegários. Mas, como compensação, esses valores têm que ser repassados ao Condado, que engloba mais de 80 cidades da região, incluindo Pasadena e Houston, a maior cidade do Texas.
Os
advogados do condado de Harrys afirmam que tentaram, mas nunca
conseguiram fechar um acordo com a refinaria. Em janeiro do ano passado,
eles entraram na Justiça contra a refinaria de Pasadena para receber
um dívida de US$ 6 milhões. Scott Lemond explica que esse valor é a
soma de tudo o que a refinaria deixou de pagar ao Condado desde 2005,
quando ela foi vendida pela Crown para a empresa belga, Astra
Oil. Scott diz que entre 2005 e 2006 alguns pagamentos foram feitos.
“Eles pararam de pagar entre 2007 e 2008, e os valores entre 2005 e
2006 foram pagos menos que o devido”, afirma o advogado. Foi nesse
período que a Petrobras comprou a primeira metade da refinaria. Uma
dívida que, na avaliação do advogado, era de conhecimento dos
envolvidos no negócio.
Um
documento interno da Petrobras, publicado nesta sexta-feira (28) pelo
jornal “O Globo”, revela que a avaliação da situação jurídica e
financeira da refinaria de Pasadena foi feita em apenas 20 dias. Um
prazo que a própria Petrobras, no relatório de 31 de janeiro de 2006,
considera curto em relação ao que uma “due diligence” normalmente
requer. A due dilligence é um passo essencial nos processos de fusões e
aquisições de companhias. Funciona como uma espécie de auditoria,
avaliação, de todos os números da empresa a ser comprada. No caso de
Pasadena, os estudos sobre a saúde da refinaria foram feitos no
escritório da Astra, entre 23 e 27 de janeiro de 2006, com a ajuda do
consultores da BDO Seidman e da então diretora financeira da Astra, Kari
Burke. O documento interno da Petrobras cita uma primeira fase de
coleta de documentos, entre 11 e 25 de novembro, com a colaboração de
diretores financeiros da Astra.
Um
dia antes da assinatura do documento de avaliação, por gerentes da
área financeira, tributária e jurídica, segundo a reportagem, a BDO
enviou ao então presidente da Petrobras americano Renato Tadeu Bertani
uma carta em que diz que devido ao tempo, a consultoria ficou limitada
na capacidade de identificar assuntos que poderiam potencialmente ser
encontrados. E que os serviços prestados não deveriam servir de base
para divulgar erros, fraudes ou outros atos ilegais que pudessem
existir.
Rock
Owens é advogado da área ambiental do Condado de Harrys. Ele diz que o
valor da venda da refinaria para a Petrobras chamou a atenção na
época. “Era a venda de uma refinaria velha a um preço premium que não
deveria ter sido pago. E sem os reparos que recomendamos desde os anos
80 que não foram feitos”, ele diz.
Em
2012, Owens fechou com a Petrobras um acordo para o pagamento de uma
multa de US$ 750 mil, por causa de vários episódios de poluição do ar
em anos anteriores. Desde o pagamento desse valor, segundo o advogado,
não foram registrados outros casos de poluição do ar na refinaria. Nos
Estados Unidos, a ex-diretora financeira da Astra, Kari Burke, que
participou da avaliação da refinaria de Pasadena em 2006, não retornou
nossas ligações e e-mails. A BDO avisou, por e-mail, que não vai
comentar o caso em respeito à política de confidencialidade.
Por Reinaldo Azevedo
Fonte: Veja.com
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