![A MAÇONARIA E AS COLUNAS ZODIACAIS](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_uK8mjEfSfi7HiQlcOjqQbAskwSueZK3OtrFIVrlDIsf4hHJqF-mB40Rbf2jITZ4ab0yz_QmPU2Zulb7YMhRKZdLnFFdQ12QxbQ9qC_wSIWNCYsYXnzOJiP-MH0fKrMWBt-a0ruQ1_y4DG-Nk-Rn_AfzhH8Xp_OakQ5STwDheUcImtMhtEcEOCq2p3gZhLFA9QUYwcmN00cRfH_DTLSPcE7PsuGEiAvxw=s0-d)
O ser humano tem buscado ao longo dos tempos, respostas para
os mistérios da vida de várias formas, desde a observação dos fenômenos
naturais, na tentativa de reprodução desses mesmos fenômenos, do
exercício para a compreensão dos fatos formulando hipóteses, teorias e
leis.
Antigamente, o homem não dispunha de metodologia científica e para não
se sentir distante da compreensão dos mistérios do universo e da verdade
absoluta, lançou-se a especulação, trabalhando o incompreensível e o
imponderável. Por meio do Misticismo, o homem começou a se aproximar das
respostas que queria no aspecto intelectual e espiritual.
O estudo dos corpos celestes e de suas influencias sobre o planeta Terra
e os seres humanos, por meio da Astrologia, é um dos grandes exemplos
da união de limites imprecisos, entre ciência e o misticismo. Embora a
Maçonaria moderna seja baseada em ideias iluministas, liberais,
progressistas e normalmente vinculadas ao uso da razão, na busca da
verdade absoluta, ela utiliza em seus rituais, na sua simbologia e na
sua estrutura filosófica e doutrinária, padrão místico de diversas
seitas, religiões e civilizações antigas.
O estudo das colunas zodiacais torna-se fascinante quando tentamos
entender a sua simbologia, expressada por meio de figuras e imagens
provenientes de vários povos, relacionando de maneira extraordinária o
cosmos, o homem e a Maçonaria.
Os signos zodiacais são originários da babilônia, mas o egípcios
desenvolveram magnífico trabalho de representação zodiacal. Os chineses
também representaram as constelações por meio de imagens de animais. O
registro mais antigo que se tem de astrologia está no livro de Jô, o
mais antigo Canon Hebreu, anterior ao de Moisés, que fala dos 12 signos e
prova que os primeiros fundadores da ciência zodiacal pertenciam a um
povo primitivo, antediluviano. Os povos sumerianos e babilônicos criaram
a astrologia, os egípcios deram base científica e os árabes, no período
medieval, salvaram-na do total desaparecimento.
Pode-se imaginar que tudo começou em tempos imemoriais, quando o homem,
em vigília a zelar pelos rebanhos, observava os corpos celestes no
firmamento intrigando-se com os seus regulares movimentos. Percebeu
então que lenta e regularmente os astros mudavam de posição em relação
ao nascer do Sol, e que depois de determinado tempo voltavam com
absoluta regularidade ao mesmo ponto no firmamento.
Não pode deixar de observar que o nascimento helíaco de certos grupos de
estrelas se repetia em períodos coincidentes com determinados
acontecimentos importantes de sua vida, como o nascimento de crias nos
rebanhos, a recorrência regular de épocas de chuva, a germinação de
culturas sazonais, e outros fatos de sua vida repetitiva de
pastor-agricultor.
Sentiu então a necessidade de memorizar e registrar esses fatos
astronômicos que começavam a se tornar importantes para orientação de
suas atividades. Quando um determinado grupo de estrelas precedia o
nascer do Sol era hora de plantar, ou era hora de transferir os rebanhos
para outras pastagens, ou era hora de tosquia, ou era hora de colher,
ou era tempo de cio entre os animais e era preciso acasalá-los, ou vinha
o tempo de nascimentos em sua família. Foi uma consequência inevitável,
que aos poucos ele tentasse melhor identificar esses tão importantes
grupos de estrelas com nomes próprios, que naturalmente se relacionavam
com suas atividades. Recorrer ao nascimento helíaco como ponto de
referência foi um passo inicial importante, foi a descoberta de um
referencial, foi o início da marcação e medição do tempo.
Nascimento helíaco de um astro é o seu aparecimento logo acima do horizonte imediatamente antes do nascer do Sol.
Assim os grupos de estrelas referenciais de tempo foram recebendo nomes
tirados da vida quotidiana daqueles primeiros astrônomos. Esses nomes
nada tinham a ver com a formação característica dos conjuntos estelares.
Eram simples nomes apenas, nada relacionados com poderes mágicos e
premonições.
O zodíaco, que em grego significa ciclo dos animais, é uma faixa celeste
imaginária, que se estende entre 8 a 9 graus de cada lado da aclíptica e
que com essa coincide. Eclíptica é o caminho que o Sol, do ponto de
vista da Terra, parece percorrer anualmente no céu. Essa faixa foi
dividida em 12 casas de 30 graus cada uma, e o Sol parece caminhar 1
grau por dia. Os planetas conhecidos na antiguidade (Mercúrio a Saturno)
também faziam parte do zodíaco, pois suas órbitas se colocavam no mesmo
plano da órbita da Terra. O zodíaco então é dividido em doze
constelações, que são percorridas pelo Sol, uma vez por ano.
A maior evidência de que os nomes das constelações que formam o nosso
zodíaco tiveram uma origem conforme descrito anteriormente está na sua
relação com a vida pastoril. Podemos classificar os signos do Zodíaco em
grupos de três formando quatro categorias distintas:
I) Os três reprodutores de seus rebanhos: Touro, Capricórnio (bode), Áries (carneiro).
II) Os três inimigos naturais dos rebanhos e dos pastores: Leão, Escorpião, Câncer (caranguejo).
III) Os três auxiliares mais importantes dos pastores: Sagitário
(defensor, arqueiro), Aquário (aguadeiro ou carregador de água), Libra
(pesador e sua balança).
IV) Os três mais destacados valores sociais da comunidade pastoril: Virgem, Gêmeos (benção dos Deuses), Peixes (alimentação).
No sempre presente afã humano de mistificar tudo o que não conhece ou
não consegue explicar, já desde remota antiguidade começaram os homens a
cercar de mistério as constelações do zodíaco, atribuindo-lhes poderes
místicos e premonitórios e assim, creditando aos astros seus sucessos e
infortúnios.
Um dos ramos dessa cultura mística, mediante observação de reis e
pessoas, procurou determinar uma relação entre o dia do nascimento da
pessoa e seu caráter. O processo empírico com que foi desenvolvido o
sistema partiu do que se conhecia do homem em sentido moral, ético,
beleza, força, determinação, para conectá-lo à posição dos astros. Uma
espécie de engenharia reversa, que parte do resultado para lhe
determinar fonte ou origem. Assim originaram-se os diversos métodos
astrológicos, cujo objetivo era decifrar a influência dos astros no
curso dos acontecimentos terrestres e na vida das pessoas, em suas
características psicológicas e em seu destino, explicar o mundo e
predizer o futuro de povos ou indivíduos. O mais famoso de todos,
segundo especialistas, foi o sistema dos astecas. Com isso se
influenciou o povo em ver nas previsões dos astrólogos a delineação de
rumos para as suas vidas, a semelhança que se dava aos fenômenos
naturais influenciáveis pelas linhas de força da gravitação universal.
As colunas zodiacais num templo maçônico do rito escocês antigo e aceito
são doze. Servem como símbolos de demarcação do caminho do homem maçom
em desenvolvimento. Localizam-se todas no ocidente e são sinais do
crescimento do aspecto material, moral e ético do iniciado, que durante
sua jornada transcende em sua religião com a divindade. São seis em cada
lado, normalmente engastadas nas paredes e sempre na mesma ordem.
Constituem mais da metade de toda a decoração da Loja. Suas
representações gráficas apresentam misturas dos quatro elementos
místicos estudados por Aristóteles da Grécia antiga e sete astros.
Os rituais maçônicos usam os signos, sinais do zodíaco, em sentido
simbólico, não falam em horóscopo, ou em diagrama das posições relativas
dos planetas e dos signos zodiacais num momento específico, como o do
nascimento de uma pessoa, ou com a intenção de inferir o caráter e os
traços de personalidade e prever os acontecimentos da vida de alguém, ou
um mapa astral, ou mapa astrológico.
O homem livre não carece disso quando estuda e evolui.
Na filosofia maçônica, as colunas zodiacais são apenas símbolos para
estudo, destituídas da atribuição de aspectos da predição do
comportamento do homem. É fácil deduzir que sua existência no rito
escocês antigo e aceito tem finalidade educacional, parte de uma
metodologia pedagógica específica à semelhança de outros símbolos e
ferramentas.
As colunas zodiacais representadas no Templo são colunas da ordem jônica
tendo, cada uma, sobre seu capitel, o pentaclo correspondente (pentaclo
é a representação de cada signo com o planeta e o elemento que o
caracteriza). As colunas são postadas longitudinalmente junto às
paredes, sendo seis ao Norte e seis ao Sul. A sequência das colunas é de
Áries a Peixes, iniciando-se com Áries ao norte próxima à parte
Ocidental, e terminando com Peixes ao Sul também próxima à parte
Ocidental.
Os signos zodiacais relacionados com o Grau de Aprendiz Maçom são:
Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão e Virgem. O signo zodiacal
relacionado com o Grau de Companheiro é Libra; e os inerentes ao Grau de
Mestre Maçom são os signos de Escorpião, Sagitário, Capricórnio,
Aquário e Peixes. Acompanhe cada um da sua representatividade:
Em nosso templo temos a seguinte disposição Zodiacal:
Venerável Mestre: Sol
1º Vigilante: Netuno
2º Vigilante: Urano
1º Experto: Saturno
Orador: Mercúrio
Secretário: Vênus
Tesoureiro: Marte Mestre de Cerimônias: Lua
Coluna nº 1: ARIES – Mês Abril, Masculino, Planeta Marte, Elemento fogo.
Corresponde à cabeça e o cérebro de Benjamim, representa o aprendiz o
fogo interno encontrado no Candidato à procura de Luz.
Coluna nº 2: TOURO – Mês Maio, Feminino, Planeta Vênus, Elemento Terra.
Corresponde ao pescoço e à garganta. Representa fecundação, simboliza o
candidato admitido nas provas de iniciação.
Coluna nº 3: GÊMEOS – Mês Junho, Masculino, Planeta Mercúrio, Elemento
Ar. Corresponde aos braços e às mãos, dos irmãos Simeão e Levi, a
faculdade intelectual, a união e a razão simbolizam o recebimento da luz
pelo candidato.
Coluna nº 4: CÂNCER – Mês Julho, Feminino, Corresponde a Lua, Elemento
Água. Representa o nascimento, simboliza a instrução do iniciado.
Corresponde aos órgãos vitais respiratórios, digestivos é Zabulão,
representa o equilíbrio entre o material e o intelectual.
Coluna nº 5: LEÃO – Mês Agosto, Masculino, Corresponde ao Sol, Elemento
Fogo. Corresponde ao coração, centro vital da vida física é Judá. O
Aprendiz busca a luz que vem do Oriente, é o calor dos Irmãos dentro da
Loja.
Coluna nº 6: VIRGEM – Mês Setembro, Feminino, Planeta Mercúrio, Elemento
Terra. Corresponde às funções do organismo. É Ascher, representa para o
Aprendiz o aperfeiçoamento, a dedicação no desbastamento da Pedra
Bruta.
Coluna nº 7: LIBRA – Mês Outubro, Masculino, Planeta Vênus, Elemento o
ar. Refere ao grau de Companheiro Maçom. Simboliza o equilíbrio entre as
forças construtivas e destrutivas. Assim diz o
JB News – Informativo nr. 1.699 – Melbourne – segunda-feira, 25 de maio de 2015 Pág. 16/25
Senhor: Se puderem ser medidos os céus lá em cima, e sondados os fundamentos da terra cá em baixo
A partir dessa coluna ESCORPIÃO até a coluna de PEIXES, todas se referem ao grau de Mestre Maçom.
Coluna nº 8: ESCORPIÃO – Mês Novembro, Feminino, Planeta Marte, Elemento
água. Representa as emoções e sentimentos poderosos, a constante
batalha contra as imperfeições.
Coluna nº 9: SAGITÁRIO – Mês Dezembro, Masculino, Planeta Júpiter,
Elemento fogo, Representa a mente aberta e o julgamento crítico.
Coluna nº 10: CAPRICORNIO – Mês Janeiro, Feminino, Planeta Saturno, Elemento Terra. Simboliza a determinação e a perseverança.
Coluna nº 11: AQUÁRIO – Mês Fevereiro, Masculino Planeta Saturno, Elemento Ar. Representa o sentimento humanitário e prestativo.
Coluna nº 12: PEIXES – Mês Março, Feminino, Planeta Júpiter, Elemento Água. Simboliza o desprendimento das coisas materiais.
Referencias Bibliográficas:
1. Do Meio-Dia a Meia Noite. João Ivo Girardi – ED. 2008;609.
2. Cadernos de Estudos Maçônicos nr.27 / Ambrósio Peters – Editora Maçônica “A Trolha Ltda. 1996
3. Cadernos de Pesquisas Maçônicas nr.13 / Encontro Nacional “Loja Fraternidade Brazileira de