O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (27/5) o indiciamento de nove dirigentes da Fifa e de outros cinco funcionários da entidade, por conspiração e corrupção ao longo de um período de 24 anos. O anúncio coincidiu com o uma operação na sede da Concacaf (Confederação da América do Norte, América Central e Caribe de Futebol) em Miami, como parte do caso, e depois que as autoridades suíças informaram a detenção de seis dirigentes do mundo do futebol em um hotel de Zurique, pouco antes do Congresso anual da Fifa.
Segundo as autoridades suíças, os seis dirigentes são suspeitos de aceitar suborno de milhões de dólares desde os anos 1990. O jornal New York Times, que revelou o caso, afirmou que policiais suíços compareceram a um hotel de luxo de Zurique durante a madrugada. Entre os acusados e possíveis detidos, o jornal e a rede britânica BBC mencionam o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin.
DOCUMENTOS DA FIFA
Ao mesmo tempo, a Promotoria da Suíça apreendeu documentos eletrônicos na sede da Fifa, em uma investigação penal por suspeitas de “lavagem de dinheiro e gestão desleal” relacionadas à escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022. “Os enriquecimentos ilegítimos teriam acontecido ao menos em parte na Suíça”, afirma o ministério da Justiça. A investigação teria começado em 10 de março.
Segundo o jornal New York Times, as acusações se referem a casos de corrupção dos últimos 20 anos, em particular as escolhas das sedes dos Mundiais, direitos de marketing e televisão, assim como fraude e lavagem de dinheiro. As acusações envolvem uma dezena de pessoas, segundo o jornal, mas algumas delas não estão no momento em Zurique.
Entre os dirigentes atuais ou passados da Fifa acusados estão Jeffrey Webb (Ilhas Cayman), membro do comitê executivo, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jack Warner (Trinidad e Tobago), ex-membro do comitê executivo, já envolvido em outros casos de corrupção. O jornal americano também cita o costarriquenho Eduardo Li, o nicaraguense Julio Rocha, Rafael Esquivel, presidente da Federação Venezuelana de Futebol, Costas Takkas (Grã-Bretanha), adjunto do gabinete do presidente da Concacaf, Eugenio Figueredo (Uruguai), atual vice-presidente da Fifa, e Rafa e o paraguaio Nicolás Leoz.
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