O Tempo
Há também, sabe-se, de candidatos financiados pelo jogo do bicho, pelo tráfico de drogas e outros fora da lei, cujos valores doados, por razões óbvias, ficam apenas nos caderninhos que vez ou outra a polícia apreende e divulga. As prestações de contas, junto à Justiça Eleitoral, ou revelam generosos aportes quase sempre das mesmas empresas feitos a candidatos muitas vezes concorrentes aos mesmos cargos ou apresentam mágicas, de candidatos que conseguiram sua eleição sem quase gastarem um tostão.
Elegem-se, dizem e eu acredito, com suas ideias, levadas pelo apoio de cabos eleitorais (isso ainda existe) e a eficácia do papelório com retratos, frases de compromisso e textos de farto lero-lero.
SALÁRIOS IMORAIS
O país não suporta mais o custo de eleições a cada dois anos. Não pode se manter mais o funcionamento, como se dá, de câmaras municipais, de assembleias legislativas, da Câmara Federal e do Senado com salários imorais, verbas de representação e cerimoniais, desperdício permanente, uma conjugação de gastos e investimentos que desrespeitam princípios elementares de moralidade pública.
Não tem sentido a quantidade de assessores, secretárias, prédios, material de escritório, equipamentos que são disponibilizados para muito pouco resultado. Todos sabem desses absurdos e nem no momento das eleições isso vem à tona. Simplesmente elegemos ou reelegemos os mesmos, aqueles que se nutrem e aos seus grupos dessas manobras. Uma criminosa podridão.
QUARENTA PARTIDOS
Cessaram os debates sobre o voto obrigatório, sobre a coincidência das eleições, sobre a obrigatoriedade de destinação fixa do orçamento nacional, dos Estados e municípios para o funcionamento dos legislativos. Não se falou mais sobre o voto distrital, sobre a representatividade dos partidos organizados às dúzias, sobre os tempos de TV e rádio para a propaganda eleitoral que viraram moeda.
Isso mesmo: monetizou-se o direito dos partidos ao tempo da propaganda gratuita e por isso temos quase quarenta partidos recebendo dinheiro público do Fundo Partidário e nada se faz para acabar com essa impropriedade. Nada. Em 2016 teremos eleições, em 2018 também e assim seguiremos. Pagando e votando. Jogando dinheiro fora e aplaudindo. Que idiotas somos!
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