As lambanças expostas com o mensalão e cristalizadas no petrolão, por mais execráveis que sejam, não ocupam o centro do palco onde a tragédia se desenvolve. Perniciosa, mesmo, é a indefinição. A falta de rumos, expressa pelos que sustentam a volta à luta de classes, tanto quanto pelos que aderiram ao modelo elitista.
Se nada mudar, as eleições municipais, assim como as nacionais, dois anos depois, revelarão o esgotamento petista. A volta do Lula transformou-se de certeza em dúvida reforçada pela ausência de renovação nos quadros do PT. Já faltavam propostas renovadoras, agora falta quem possa executá-las.
DESGOVERNO
O máximo em matéria de desgoverno aconteceu esta semana. O ministro da Saúde anunciou estudos e conversas a respeito da volta da CPMF. Foi desmentido não apenas pelo ministro da Fazenda, mas por seu próprio ministério. Entre Arthur Chioro e Joaquim Levy, por onde anda a presidente Dilma? Acresce a queda de braço entre o chefe da Casa Civil e o vice-presidente da República. Enquanto isso o desemprego aumenta, disputando com a inflação o troféu da incompetência.
AINDA NÃO SERÁ DESSA VEZ
Marcada para terça-feira, na Câmara, não deverá ser aprovada a proposta que cria cotas para mulheres no Congresso, nas Assembleias e nas Câmaras de Vereadores. Apesar de majoritárias na população e no eleitorado, não há correspondência para as mulheres no número de cadeiras. Talvez porque não se apresentem como poderiam, nas eleições. Como serão os homens a decidir, o resultado pode ser previsto. Conselho para as Madames: insistam, não desistam.
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