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Escrito por Reinaldo Azevedo |
Ter, 26 de Agosto de 2014 14:00 |
Não me
peçam para aderir a ondas de opinião com base no que pensam este ou
aquele, especialmente gente que detesto ou execro. Imaginem se
justamente pessoas que desprezo iriam determinar os rumos das minhas
escolhas. Seria um contrassenso. Alguém me viu aqui a tratar
delinquentes que saíam quebrando tudo por aí como aliados objetivos só
porque a popularidade de Dilma caía? Quem passou a mão na cabeça deles
foi Gilberto Carvalho, não eu. Dá-se o mesmo agora com a “onda Marina”,
que pode, reconheço, virar tsunami e devastar nosso futuro: “Ah, entre a
Dilma e a Marina, tudo contra o statu quo…”. Não é assim que eu penso.
Não é assim que eu opero. O voto nulo, numa democracia, é um direito.
Se necessário, eu o usarei.
Imbecis
dizem por aí: “Claro! Reinaldo é simpático ao PSDB!”. Sou? Perguntem aos
tucanos para ver se eles acham isso. Mas vamos ao que mais interessa:
hoje é dia 26. Já se passaram 13 dias desde o acidente que matou
Eduardo Campos e outras seis pessoas. Até agora, o PSB não conseguiu
dizer a quem pertencia o jatinho. Pior: tanto Marina Silva como Beto
Albuquerque, candidato a vice, tiram ares de ofendidos e ainda tentam
cutucar a Polícia Federal, cobrando dela um esclarecimento. Até parece
que havia alguma conspiração possível, cuja investigação coubesse à PF.
De resto, tivesse havido, a única beneficiária seria Marina, não é? Ou
terei perdido alguma coisa? Adiante.
Nesta
segunda, a candidata do PSB à Presidência falou a respeito. Foi a
primeira vez que resolveu pedir para a procissão parar o andor para que
ela se dirigisse aos fiéis. E se saiu com estas palavras, prestem bem
atenção:
“Queremos que sejam dadas as explicações de acordo com a materialidade dos fatos, e, para termos a materialidade dos fatos, é preciso que haja tempo necessário para que essas explicações tenham as devidas bases legais”.
Você não
tem culpa nenhuma se não entendeu patavina. Eu também não entendi nada.
Marina não entendeu nada. Beto Albuquerque não entendeu nada. Os demais
leitores não entenderam nada. Os outros jornalistas não entenderam
nada. E é fácil explicar por que é assim: Marina não falou para ser
entendida. A isso se chama técnica do despiste. Ela já é dona, no mais
das vezes, de uma retórica incompreensível porque faz questão de deixar
claro que não habita este mundo em que mortais arrastam suas vidas
terrenas. Ela desfila sua figura e seu olhar etéreos como quem se
comunica com dimensões que nos escapam, daí falar uma língua que quase
sempre sugere, mas nunca explica.
Desta
feita, ela exagerou. Vamos quebrar em pedaços o que ela disse: “Queremos
que sejam dadas as explicações de acordo com a materialidade dos
fatos”. Como? Que sejam dadas por quem? Eu não voei naquele avião. Você
não voou naquele avião. Ela sim! Quem é o agente da passiva de sua
sintaxe? Marina quer que as explicações sejam dadas por quem? Aí a
candidata diz que é preciso tempo para que as “explicações tenham as
devidas bases legais”. Como assim? Com um pouco de severidade, é
possível inferir que está a nos dizer: “Olhem aqui: nós estamos tentando
arrumar alguma desculpa legal para dar; quem sabe a gente consiga até
amanhã”.
Dilma
resolveu tirar uma casquinha na entrevista coletiva concedida nesta
segunda quando indagada sobre o avião: “Eu não estou acompanhando isso,
porque, você vai me desculpar, mas não é objeto do meu profundo
interesse. Agora, acredito que nós, que somos candidatos,
inexoravelmente temos de dar explicação de tudo. (…) Candidato a
qualquer cargo eletivo, principalmente a presidente da República, está
sujeito a ser perguntado sobre qualquer questão e deve responder, se
puder, né?”.
Dilma sabe
bem do que fala porque deixou e deixa de responder a muita coisa.
Querem um exemplo: até agora, a pergunta que lhe dirigiu William Bonner
no “Jornal Nacional” segue sem resposta. Ele quis saber se o PT não fez
mal em tratar corruptos condenados como heróis do povo brasileiro. A
candidata Dilma afirmou, então, que, como presidente, não se pronunciava
sobre julgamento do Supremo. Ora: era uma questão dirigida à
candidata, não à presidente, e dizia respeito ao PT, não ao Supremo.
Como diria a petista, candidatos devem responder a qualquer questão —
se puderem… Ela, por exemplo, não pôde.
Mas volto a
Marina. Hoje, dia 26, 13 dias depois do acidente, vamos ver a desculpa
que o PSB arrumou para a fábula do avião sem dono…
Encerro
Para encerrar: não me peçam para brincar daquela historinha de que “o inimigo do meu inimigo é meu amigo…”. Isso é ruim até como exercício de guerra, como não cansa de provar a realidade. De resto, em política, existem adversários, não inimigos a serem destruídos. Mais: não faço política — e, portanto, nessa área, nem adversários eu tenho. No máximo, há ideias e valores que não me servem. E é sobre eles que falo.
Marina não
terá o meu voto enquanto falar uma língua que, segundo entendo, avilta
a razão e enquanto defender propostas que violam os fundamentos da
democracia representativa. E ponto.
Fonte: Veja.com |
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