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Escrito por J. R. Guzzo |
Ter, 26 de Agosto de 2014 14:00 |
Pouco a pouco, os brasileiros começam a
se perguntar o que valeria mais a pena para o país, e sobretudo para
eles próprios, nas eleições de outubro próximo: manter Dilma Rousseff
na Presidência da República, em sociedade com o ex-presidente Lula e o
PT, ou enviar para lá um candidato contrário às figuras que mandam no
Brasil há doze anos, e querem continuar mandando?
DIÁLOGO? — O recado de Lula, Dilma e PT é: nós gostamos dos “movimentos sociais” e queremos governar com eles (Foto: Agência O Globo)
Cada um chegará às suas conclusões até a hora de votar, e aí seja o que Deus quiser.
Mas, além das questões sobre crescimento
da economia, atendimento nos hospitais públicos, Bolsa Família e mais
um mundo de temas que vão da construção de aeroportos no interior de
Minas Gerais à compra de refinarias de petróleo no Texas, seria muito
saudável que a campanha eleitoral colocasse em cima da mesa de
discussões, sem medo, a seguinte pergunta: o que vai acontecer com as
liberdades públicas e individuais depois de anunciado oficialmente o
lado que ganhou?
Num país onde os adversários políticos
estão de acordo sobre o que é democracia e o que é tirania, não é
preciso fazer indagações desse tipo – ganhe quem ganhar, está combinado
que ninguém mexe nos direitos e deveres de ninguém. O problema, em
nossa vida real, é que o Brasil não é um país assim.
Como vai ficando cada vez mais claro na
atual disputa pela Presidência, um dos lados não quer jogar segundo o
que está escrito no regulamento democrático.
Mais ainda, anuncia publicamente que
quer para o Brasil um futuro em que as garantias de liberdade em vigor
no presente não estarão valendo mais; pelo que o governo propõe, seriam
substituídas por um angu de normas que ele próprio pretende ir tirando
da gaveta à medida que achar necessário.
Esse lado, para não ficar perdendo tempo com conversa fiada, velhaca e hipócrita, é o lado de Lula, de Dilma e do PT.
ALIADOS — O PT apoia os “ativistas” investigados pela prática de crimes previstos no Código Penal (Foto: AFP)
O que adianta esconder-se por trás de
uma imparcialidade meia-boca, fingindo que estamos diante de uma
disputa leal entre duas partes?
Não adianta nada, quando a cada dia fica
demonstrado que o governo não respeita as ideias do adversário, propõe
um regime que não combina com a Constituição vigente e, em vez de
responder às críticas com argumentos lógicos, prefere ameaçar, insultar
e agredir quem critica.
Nenhuma dessas observações vem da
imaginação, ou da vontade de falar mal do governo. Vem diretamente do
que estão fazendo, dia após dia, a própria candidata oficial e o seu
padroeiro número 1.
O que se pode dizer, entre tantas outras
coisas esquisitas, desse “decreto 8243″ que Dilma enviou há pouco ao
Congresso, onde sonha usar sua maioria de 70% dos votos para trocar o
baralho do jogo?
Se não tivesse aparecido no Diário Oficial,
com todos os carimbos do Palácio do Planalto, o texto seria uma piada.
No português de terceira categoria que os redatores do governo
costumam utilizar, constipado, metido a besta e cheio de palavras que
não querem dizer nada e podem servir para tudo, o decreto inventa para o
Brasil um regime desconhecido pelo resto do mundo.
Pelo que escreveram ali, o poder
público, na prática, não seria mais exercido em conjunto pelo
Executivo, Legislativo e Judiciário; também não estaria subordinado ao
voto livre e universal de todos os cidadãos e aos demais controles
democráticos que se conhecem. Quem vai decidir as coisas é um ente
sobrenatural que se apresenta em estado gasoso e se coloca acima do
Congresso Nacional e da Justiça brasileira: a “PNPS”, ou “Política
Nacional de Participação Social”. Em matéria de pescaria em água turva,
é o que há.
O papel enviado por Dilma ao Congresso,
para encurtar a conversa, nos informa que fica criada no Brasil a
sociedade brasileira. “Para os fins deste decreto”, como se diz logo no
começo, a sociedade deste país é formada pelos “movimentos sociais”,
tenham ou não tenham existência legal, e por uma nebulosa de
“coletivos”, “organizações”, “redes” etc.; caberá a esses “movimentos”
formar “conselhos” que na prática vão tomar decisões de obediência
obrigatória para todo mundo, seguindo “as orientações da
Secretaria-Geral da Presidência da República”, citada dez vezes ao
longo do decreto.
É isto, em suma, o que Dilma realmente
propõe: abrir espaços para que o Brasil se submeta a regras criadas
fora do Legislativo e do Judiciário. Segue-se uma alucinação
burocrática falando de entidades exóticas como o Sistema Nacional de
Participação Social, o Comitê Governamental de Participação Social, a
Mesa de Monitoramento das Demandas Sociais, Conselhos, Comissões e
Conferências Sociais, Fórum Interconselhos, Mesas de Diálogo – enfim,
um sanatório geral que faz cessar tudo o que a antiga musa canta em
termos de empulhação.
Não há nada que preste nos 22 artigos do
decreto. No que é ruim é ruim; no que não é ruim é inútil. O
secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho, tem dito
que o governo não está fazendo nada de mais: tudo o que diz o texto
presidencial já existe. Mas, se é mesmo assim, por que raios querem
aprovar no Congresso uma aberração dessas?
Também não se entende por que o ministro
insiste na urgência da aprovação e diz que os senadores e deputados
terão de enfrentar “as consequências” de uma rejeição do decreto – algo
que, salvo engano, parece muito com uma ameaça. Murmura-se em volta do
governo que nada disso é para valer; seria apenas falatório de
campanha, como as obras do PAC e outras miragens, para acalmar os
petistas mais bravos.
Seja como for, o recado que Lula, Dilma e
PT estão passando é o seguinte: nós gostamos dos “movimentos sociais” e
queremos que eles venham governar junto com a gente.
Esses grupos são os que existem aí –
invasores de terras, invasores de imóveis, delinquentes que querem
manifestar sua opinião jogando bombas na rua, destruindo propriedade
pública e privada e cometendo crimes que chegam ao homicídio, como o
que praticaram meses atrás contra um cinegrafista de televisão.
Todos esses, e dezenas de outros, têm em
comum a convicção de que podem agir acima da lei, porque não gostam da
lei “que está aí”. Totalitarismo, pelo que se sabe, é isso. Seria o
que a campanha eleitoral do governo propõe? “Sininho” no ministério
Dilma-2015?
Fica complicado acreditar, diante da
pregação agressiva do Pró-Dilma, que as forças dedicadas a mantê-la na
Presidência da República tenham um compromisso sincero com as
liberdades no Brasil. Lula propõe uma “reforma política” que tira dos
eleitores o direito de escolher seus parlamentares – só poderiam votar
nos partidos, e os donos dos partidos ficariam com o direito de nomear
os eleitos.
O PT, em nota oficial, apoia os
“ativistas” que estão sendo investigados pela prática de crimes
previstos no Código Penal, em inquéritos que o Ministério Público e a
polícia conduzem perfeitamente dentro da lei – acha que os acusados são
réus “políticos”, e que a autoridade pública não deve mais
incomodá-los.
O governo não deixa praticamente nenhum
espaço para a manifestação de críticas ou de mera discordância; como
não tem poder para proibir que as pessoas falem, acusa de sabotagem,
traição ao Brasil etc. qualquer adversário que abra a boca.
A conduta de Dilma e das forças que lhe
dão apoio está construindo no país um ambiente de intolerância em
estágio avançado. Dizer que a economia vai crescer 1% em 2014 e que a
inflação está acima da meta, por exemplo, é agir contra o Brasil –
embora o Banco Central diga exatamente as mesmas coisas.
Temos também essa prodigiosa história da
analista do banco Santander acusada de crime de lesa-pátria por ter
opinado que a economia vai melhorar se Dilma perder, e piorar se ela
ganhar. E daí? Opinião dela, que já foi dada por um monte de gente. A
reação do governo foi uma exibição pública de histeria.
Dilma disse que se tratava de uma
“interferência inadmissível”, uma agressão à soberania nacional e um
insulto à “sétima economia do mundo” – economia bem fraquinha essa aí,
que se abala com a previsão de uma pobre consultora de banco. O
Santander, numa espetacular demonstração de coragem, colocou a moça na
rua.
Dilma continua de cara feia. Seu governo
não hesita em fraudar as investigações sobre corrupção na Petrobras e
usar a máquina pública em proveito da candidatura oficial.
Esse é o bonde do Planalto. Pelo cheiro da brilhantina, não vai parar até a eleição.
Fonte: Veja.com
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