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Escrito por Cristovam Buarque |
Seg, 18 de Agosto de 2014 09:00 |
É antigo o apoio aos desalojados por
causa de desastres naturais, raro o apoio aos desalojados pelos modelos
econômicos e sociais. Ninguém com sentimento humanista deixa de
reconhecer o papel positivo da transferência de renda para abrigar
famílias pobres, que ficaram desalojadas ou excluídas dos benefícios do
progresso. Sem essa ajuda, elas estariam na mesma situação das vítimas
das tragédias naturais.
Essa visão predomina entre os que
defendem as transferências de renda como solução para o problema da
pobreza, sem a percepção de que os necessitados do Bolsa Família são
desalojados e desabrigados pelo modelo econômico, que a transferência
de renda busca mitigar sem eliminar a exclusão. Por isso, chamam de
“beneficiados”, e não de “necessitados” os desabrigados.
Na sua forma atual, sem escola de
qualidade, o programa Bolsa Família está sendo um abrigo para proteger
necessitados. Comemorar o aumento no número de pessoas que dele
necessitam é igual a ver como solução definitiva o abrigo provisório
para desabrigados por catástrofes.
REFORMA AGRÁRIA
A necessidade do Bolsa Família decorre
da interdição histórica de um pedaço de terra para as famílias rurais,
que foram desalojadas pelo modelo voltado para o mercado externo; ou
devido à constante migração de pobres para as cidades em busca de
emprego que não existe ou de baixos salários que não atendem as
necessidades básicas. Deve-se também ao desvio de recursos para criar
infraestrutura econômica e pagar juros da dívida que ela exigiu, no
lugar de investimentos em serviços públicos, sobretudo, educação de
qualidade para todos.
Até recentemente, essas falhas do modelo
econômico eram percebidas por aqueles que lutavam por um mundo sem
desalojados sociais. O fracasso dos regimes socialistas desfez as
propostas e as bandeiras de luta por uma economia comprometida com o
social. No Brasil, a convergência desse fracasso com a ascensão da
esquerda ao poder acomodou de tal forma os políticos que todos passaram
a justificar as medidas mitigadoras como se fosse o limite possível da
utopia. O Bolsa Família passou a ser visto como solução, e não abrigo
provisório. E seus beneficiados, vistos como integrados ao modelo, e
não mais como desabrigados por ele.
A aceitação do modelo, que desaloja os
excluídos, desalojou as esquerdas, tirou-lhes o vigor transformador,
acomodou-as na aceitação dos abrigos como se fossem o céu social.
Até aqui nenhum candidato a presidente
da República disse: “Enquanto uma família precisar, receberá o Bolsa
Família, mas não descansarei enquanto o modelo social continuar
provocando desalojado que precisa de abrigo provisório”.
Fonte: Tribuna da Internet
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