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Escrito por Vlady Oliver |
Ter, 26 de Agosto de 2014 14:00 |
No pontapé inicial da abjeção televisiva
chamada “horário eleitoral gratuito” – que é o que ele menos é –, eu
já cantava aqui mesmo uma bola que ninguém se atreveu a cortar em nome
de alguma decência nessa política bronca que nos rodeia; a ausência de
um discurso que realmente se destaque em meio à mesmice e capitalize a
imensa vontade do brasileiro de sair do pântano moral em que
chafurdamos. É nessa trincheira que entendo tanto a indignação
demonstrada pelo comentarista Reynaldo-BH quanto as duras – e sensatas –
críticas feitas por Reinaldo Azevedo ao reino encantado da nova
candidata, incluída na peleja pelas portas do imponderável.
O problema é que a massa de pão sovado
do que é feita essa candidata é bem capaz de crescer conforme apanha,
justamente pela suposta fragilidade com que se apresenta. Sinceramente?
As entrelinhas dessa estratégia não me agradam. Na matemática mais
cartesiana possível, quanto mais gente não se deixar levar pelo canto
de sereia da fada dos cremes antirrugas, mais potenciais eleitores
ganhará a tal “oposição de verdade” ao desastre anunciado que estamos
vislumbrand. Este é justamente o problema: isso não vai acontecer.
Infelizmente, vai acontecer o contrário.
Venho acompanhando o tal horário
“gratuito” para saber que os dois candidatos presidenciais mais
importantes parecem alheios ao país real. Disputam também um campeonato
particular de populismo rombudo e absoluta falta de assunto. Ambos se
esmeram em mostrar o desdentado mais bonito do país e prometer casa,
comida e roupa lavada para todos os alegres famélicos deste rincão
varonil. Nada de embates, nada de crise, nada de verdade no programa de
ambos. Nada de oposição. Tudo morno e sem alma.
É compreensível que alguém que se
apresente como uma espécie de “comadre protetora dos fracos e
oprimidos” – uma terceira via do que já não está agradando – leve
imediatamente a contenda para uma patamar ainda mais telúrico e
assimétrico. Se há uma discussão que realmente deveria ser levada a
cabo por aqui é se essa “representatividade”, que desfila como alegoria
macabra em nosso horário político, realmente representa alguma coisa
além de sua própria falência como modelo político e administrativo.
Fico imaginando o que seria de uma
Corina Machado, por exemplo, se ela abandonasse o discurso fortemente
crítico ao regime que combate (e que a tornou um ícone em seu país de
origem) e abdicasse de se opor, convencida por um marqueteiro vagabundo
qualquer a só falar platitudes e distribuir dentaduras país afora.
Seria imediatamente acusada de vendida, entreguista, vira-casaca e
parte da confraria, dizimando um capital político duramente conquistado
pelo discurso e pela coragem de defendê-lo, mesmo nas condições mais
adversas. Soaria falso.
Que fique bem claro: Não há oposição por
aqui, meus caros. Não há em quem votar com convicção. Não há o que
defender, o que significa que o texto indignado de nosso ilustre
comentarista acaba mesmo virando ataque gratuito, na cabeça do eleitor
não seduzido. Nesse caldo, qualquer duende, palhaço ou vigarista serve.
Lamentavelmente, a oposição só está colhendo aquilo que vem plantando
por aqui. Uma péssima colheita, por sinal.
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