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Escrito por Carlos Chagas |
Ter, 16 de Setembro de 2014 08:47 |
Mais do que uma temporada de mentiras,
assiste-se na atual fase da campanha presidencial um festival de
besteiras, a maior parte delas produzidas pela presidente Dilma, uma
evidência a mais de estar desconfiada ou desesperada com a hipótese da
eleição de Marina. Teve endereço certo a última farpa produzida pela
chefe do governo contra a adversária, domingo, ao dizer que a
presidência da República não é para coitadinhos.
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Pior fica quando se atenta para a
propaganda gratuita pelo rádio e a televisão. Será que a saúde e a
educação públicas vão perder um trilhão e trezentos bilhões de reais
porque Marina prefere fontes de energia alternativas ao petróleo? Mesmo
assim, ninguém apresenta uma só declaração ou gravação da ex-senadora
anunciando que dará menor atenção ao pré-sal. Imaginar mais autonomia e
até independência ao Banco Central determinando o reinado dos
banqueiros na política financeira equivale a profunda aleivosia. Aliás,
quem manteve durante oito anos um banqueiro no Banco Central foi o
Lula.
Supor que no caso da vitória de Marina
seriam extintos os programas sociais do “bolsa-família”, do “minha
casa, minha vida” ou do “mais médicos”, sem uma só palavra da candidata
nesse sentido, significa má-fé. Ela jamais deixou entrever que
revogaria essas iniciativas. Pelo contrário, pretende continuá-las. Há
também a questão das lágrimas. Marina chorou por ter sido maltratada
pelo Lula, jurando que jamais o trataria como é tratada, inclusive pela
presidente Dilma. Desde quando o choro é sinal de fraqueza?
Fica evidente estar o PT temeroso da
derrota. Maus conselhos tem sido dados a Dilma para aumentar o diapasão
de suas críticas a Marina, que se por sua vez tivesse bons
conselheiros não cairia na armadilha da oponente. Simplesmente deveria
ignorar as agressões, atendo-se a apresentar planos e programas de
governo, claro que com os esclarecimentos necessários a desfazer dúvidas
sobre suas intenções.
Hoje será um dia especial, quando os
candidatos presidenciais se reunirão em Aparecida do Norte, para uma
sabatina com a CNBB. Provavelmente não será permitida a intervenção dos
fiéis no debate, mas Dilma, Marina e talvez Aécio Neves terão
oportunidade para um mea culpa pelas baixarias anteriores. Ou
continuarão encenando o lamentável espetáculo de acusações pueris?
Fonte: Tribuna da Internet
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