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Escrito por Wilson Lima |
Qui, 08 de Janeiro de 2015 07:37 |
Em um ano marcado pela Operação Lava
Jato, que desarticulou um esquema de corrupção descrito como muito
maior que o do mensalão, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou
13,3 mil processos de combate à corrupção no Brasil. Os dados,
correspondentes aos dez primeiros meses de 2014, incluem ações penais,
inquéritos criminais, pedidos de escutas telefônicas, entre outros.
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Pelos dados do Ministério Público
Federal, os procuradores em todo o Brasil ingressaram com 2,5 mil ações
civis de improbidade administrativa, que tenta buscar reparações por
eventuais danos ao erário público. Também foram instauradas 2 mil ações
penais, aquelas que tentam punições criminais contra agentes públicos
envolvidos em atos de corrupção.
AUTOS DE PRISÃO
O Mapa da Corrupção do Ministério
Público Federal também aponta que o MPF determinou 74 autos de prisão
em flagrante e 37 ações de busca e apreensão e instaurados 6,1 mil
inquéritos para apurar crimes de corrupção ativa, passiva e peculato.
Outra informação que consta do levantamento é que, somente neste ano, o
MPF pediu a quebra de sigilo telemático ou telefônico de 273 pessoas.
O Estado com o maior número de
procedimentos de combate à corrupção instaurados em todo o Brasil é o
Distrito Federal. Em 11 meses, o DF instaurou 2,4 mil processos. Em
seguida, aparecem os Estados de Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e
Rio Grande do Sul. Em Pernambuco, o MPF instaurou 1,3 mil processos
que tentam combater a corrupção; em São Paulo, 1,3 mil; no Rio outros
864 e no Rio Grande do sul, 820.
No Paraná, onde foi desencadeada a
Operação Lava Jato, foram instaurados 620 processos relacionados ao
combate a corrupção. O Paraná foi o estado com o sexto maior volume de
procedimentos instaurados. Somente no Distrito Federal, dos 2,4 mil
procedimentos, o MPF determinou a abertura de 46 ações civis de
improbidade administrativa, instaurados 398 inquéritos e determinadas
14 quebras de sigilos telemáticos e telefônicos em 2014.
VAI MELHORAR…
Conforme fontes do MPF, a tendência é
que neste ano os dados sejam melhores. Não somente pelo fato de 2015
não ser um ano eleitoral, como também deve colaborar para isso um
acordo firmado no início de dezembro entre a Procuradoria Geral da
República (PGR) e as organizações Transparência Internacional e
Amarribo Brasil, que prevê intercâmbio de informações e uma proteção
mais intensa de defesa dos denunciantes de atos de corrupção.
Além disso, o MPF também prevê campanhas
educativas no sentido de desestimular atividades do cotidiano,
consideradas normais, como o pagamento de suborno, por exemplo. O MPF
também espera que, em 2015, possa estimular as pessoas a denunciar mais
atos de corrupção também por meio de campanhas educativas.
http://formadoresdeopiniao.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=30205:corrupcao-aumenta-mas-o-numero-de-processos-esta-diminuindo&catid=80:denuncia&Itemid=131
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