segunda-feira, 21 de julho de 2014

SUCESSÃO PEGA FOGO E AÉCIO JÁ EMPATA COM DILMA NO SEGUNDO TURNO

SUCESSÃO PEGA FOGO E AÉCIO JÁ EMPATA COM DILMA NO SEGUNDO TURNO PDF Imprimir E-mail
Escrito por Carlos newton   
Sex, 18 de Julho de 2014 09:00
A primeira pesquisa presidencial Datafolha depois da Copa do Mundo, divulgada parcialmente pelo Jornal Nacional da Rede Globo na noite desta quinta-feira (17), aponta que Dilma Rousseff, candidata do PT  à reeleição, com 36% da intenção de votos e Aécio Neves, do PSDB, em segundo lugar, com 20%. Eduardo Campos (PSB) é o terceiro com 8%.
No levantamento anterior do Datafolha, realizado nos últimos dias 1º e 2, Dilma tinha 38%, Aécio, 20%, e Eduardo Campos, 9%.
Somados, os adversários de Dilma acumulam 36%, mesmo percentual da presidente, que tenta a reeleição. Ou seja, confirma-se que haverá segundo turno, porque um candidato vence a eleição no primeiro turno se consegue mais votos que a soma de todos os rivais.
E a maior novidade da pesquisa é que, pela primeira vez, quando levado em consideração o segundo turno, Dilma e Aécio ficam empatados tecnicamente. Dilma teria 44% da intenção de votos contra 40%. O empate seria justificado por meio da margem de erro, que aponta 2% para mais e para menos.
No caso da disputa entre Dilma e Campos, a atual presidente seria reeleita com sobra, sendo que ela seria escolhida após ficar com 45 % das intenções. O segundo candidato obteve 38%.
Entre terça-feira (15) e quarta (16), 5377 eleitores foram ouvidos pelo Datafolha.

Fonte: Tribuna da Internet

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domingo, 20 de julho de 2014

LULA PROPÕE FIM DOS 'PARTIDOS LARANJAS'

LULA PROPÕE FIM DOS 'PARTIDOS LARANJAS' PDF Imprimir E-mail
Escrito por Márcio Falcão   
Sex, 18 de Julho de 2014 09:00
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (17) que é preciso acabar com partidos “laranjas, de aluguel” e, em sua mais dura crítica ao financiamento privado de campanha, disse que a iniciativa deveria ser “crime inafiançável”. Para o petista, é preciso realizar uma ampla reforma política, capaz de colocar fim às siglas que “utilizam seu tempo [na propaganda eleitoral na TV] para fazer negócio”. Ao defender o voto em lista, ele disse que “não pode ter deputado avulso” e que as legendas precisam definir “quem são os melhores” para disputar as eleições .
A fala de Lula ocorre mais de duas semanas depois de a presidente Dilma Rousseff, sua afilhada política, realizar a troca de dois ministros, atendendo demandas do PR, para evitar perder mais tempo de TV no horário eleitoral. A movimentação foi intensificada depois da traição do PTB, que deixou a base governista para apoiar o presidenciável tucano Aécio Neves. Dilma ainda cedeu ao PP cargos de direção em estatais e assegurou que o PSD terá seu espaço ampliado em eventual segundo mandato. Com as negociações, a presidente deve somar quase três vezes o tempo de propaganda de Aécio Neves, hoje seu principal concorrente na disputa.
“Vamos aproveitar a campanha para pegar assinaturas para a gente dar entrada num projeto de lei que possa mudar substancialmente a política brasileira, ter partidos mais sérios, acabar com partidos laranjas, acabar com partido de aluguel, acabar com os partidos que utilizam seus tempos para fazer negócio”, disse Lula em mais um vídeo da serie na qual fala de política para a juventude.
VOTO EM LISTA
O ex-presidente aproveitou para fazer uma defesa enfática de duas bandeiras históricas do PT para alterar o sistema político brasileiro: o voto em lista, quando o partido define os candidatos, e o financiamento público das candidaturas. “Teremos que consolidar os partidos, por isso, é preciso ter voto na lista. É o partido que tem que indicar quem são os melhores nomes e responsabilizar as pessoas. Um deputado não pode ser um deputado avulso, tem que ser um deputado do partido. Se ele trair o programa do partido, tem que ser expulso. Tem que sair porque o mandato pertence ao partido”, disse.
Lula subiu o tom ao falar das doações privadas para as campanhas. Atualmente, construtoras, empresas de engenharia e incorporadoras são as principais financiadoras de candidaturas. “O financiamento tem que ser público. É a forma mais honesta de financiar uma campanha para não permitir que os empresários tenham uma influência na eleição das pessoas”, afirmou Lula.
“Eu sou tão sectário nesse aspecto que eu acho que o financiamento privado deveria ser crime inafiançável. Não pode ter dinheiro privado. O voto vale um real, dois reais ? Que os partidos recebam o que lhe é de direito, que os partidos sejam fiscalizados e que esse dinheiro possa ser de forma transparente utilizado para que cada partido possa eleger aqueles que o partido coloque na lista e ache que seja mais importante eleger. Se não tiver reforma política, tudo será mais difícil de acontecer em nosso pais”, completou, voltando a propor a convocação de uma Constituinte Exclusiva para a reforma política.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGLula enlouqueceu? O que está acontecendo com ele? Pretende derrubar a candidatura de Dilma? Diante de suas declaração, o que se deduz é que está difícil entendê-lo. Investe contra os partidos de aluguel, esquecido de que o PT abriga na base aliada a grande maioria deles, que são comprados com 30 dinheiros, digo 39 ministérios. Lula defende o financiamento público, mesmo sabendo que o PT é o partido que mais se beneficia do dinheiro dos empresários e banqueiros. Quer punir financiamento privado como crime inafiançével. E depois ainda tem entusiasmo para defender o voto em lista, que é a total negação da democracia, impedindo a renovação de valores e perpetuando os caciques políticos. Resumindo: não dá para entender Lula. Para entrevistá-lo, será necessário encontrar alguém que faça tradução simultânea. (C.N.)

Fonte: Tribuna da Internet

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sábado, 19 de julho de 2014

VEXAME DE 2014 SUPEROU TRISTEZA DE 1950

VEXAME DE 2014 SUPEROU TRISTEZA DE 1950 PDF Imprimir E-mail
Escrito por Pedro do Couto   
Sex, 18 de Julho de 2014 09:00
A frase título, de meu cunhado e grande amigo Eduardo Martins Pedro, constrói uma síntese comparativa perfeita entre o resultado de ontem, que a distância de 64 anos não apagou, e os vergonhosos sete a um de agora, maior vexame do futebol brasileiro, eternamente incorporado à memória nacional. Nunca, acho eu, nos libertaremos da tragédia de 2014,  venham a nós só fatores de vitórias que vierem através do tempo. A tristeza que envolveu o Brasil em 50 pode ter sido maior do que a que nos atingiu neste julho do século 21, mas o sentimento de vergonha superou o deixado pela derrota no meio do século vinte.

Há motivos para isso, alguns destacados por minha mulher, relativas à abrangência da comunicação. A final de 1950 foi exatamente no dia 16 de julho. A televisão chegou ao país, primeiro em São Paulo, em agosto. Em setembro, o jornalista Assis Chateubriand inaugurou a TV-Tupi no Rio. O Maracanã estava superlotado, com duzentas mil pessoas nas arquibancadas, na geral que existia na época, nas cadeiras do estádio Mário Filho. Assim, a decisão foi acompanhada através das emissoras de rádio. Claro, a comunicação de 50 não pode ser comparada à proporcionada, agora, pelas emissoras de televisão.
Praticamente toda a população tornou-se testemunha de nossa fragorosa derrota. Assistindo à sucessão de gols como se fossem imagens editadas em replay. Ocorreram quatro gols alemães em apenas seis minutos. O primeiro tempo acabou com cinco a zero contra nós. Não conseguimos, portanto, nem torcer pela nossa Seleção. O afundamento foi geral.
Nossa defesa simplesmente não existiu. Quanto tocávamos, raras vezes vale frisar, não retornávamos para as ações defensivas, exatamente ao contrário do que fazia a Alemanha. Havia sempre, pelo menos seis adversários na linha em que a bola se encontrava. Não tínhamos velocidade alguma. Foram para dentro da meta de Júlio César desferidos cara a cara pelos alemães. Não poderíamos ter sido piores. Entretanto, dias depois repetimos nosso vergonhoso desempenho contra a Holanda. Aos inéditos sete a um adicionamos frios três a zero. Fomos péssimos.
INACREDITÁVEL
Quase inacreditável termos perdido por 7 a 1 no Mineirão, jogando em uma de nossas sedes com a torcida quase toda a favor. Não há exemplo, em Copas do Mundo, de tragédia semelhante. Na realidade, perdemos as duas partidas de encerramento levando dez gols e marcando apenas um. No futebol moderno, inclusive as goleadas tornam-se mais difíceis sobretudo em função de as equipes moverem-se mais rapidamente e terem incorporado, não nós, uma preocupação defensiva tão intensa como a ofensiva. Os times avançam compactamente e recuam de forma igualmente compacta.
Falar sobre a clamorosa derrota, nesta altura dos acontecimentos, é falar sobre o óbvio ululante de Nelson Rodrigues. Mas é importante acentuar o sentimento de vergonha que está nos alcançando, do qual não conseguiremos nos livrar com facilidade. Sobretudo porque o vexame a que todos nós fomos expostos chega até a superar a tristeza de 1950. No passado, houve uma derrota por dois a um. Agora, fomos marcados pelo emblema dos sete a um. Não será fácil esquecer.

Fonte: Tribuna da Internet

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sexta-feira, 18 de julho de 2014

CPI MISTA DA PETROBRAS ENFIM APROVA QUEBRA DE SIGILO DE DOLEIRO E DE EX-DIRETOR DA ESTATAL


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Escrito por Ricardo Brito e Fábio Brandt   
Qui, 17 de Julho de 2014 08:56
A CPI mista da Petrobrás aprovou na tarde desta quarta-feira, 16, uma bateria de requerimentos que inclui a quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico do doleiro Alberto Yousseff e do ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa. A aprovação foi conseguida por um acordo entre líderes do governo e da oposição que participam da CPI.

O entendimento, no entanto, não incluiu o requerimento de quebras de sigilo de grandes empreiteiras relacionadas aos escândalos da Petrobrás e potenciais financiadores de campanha, como a Queiroz Galvão, Odebrecht, OAS, Mendes Júnior e Galvão Engenharia.
O doleiro e o ex-diretor da estatal estão presos por envolvimento nas investigações da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal.
A sessão desta quarta da CPI mista foi a última antes do início do recesso branco, que deve abranger as duas próximas semanas.
ESVAZIAMENTO DA CPI
Conforme publicado pelo Estado, alguns congressistas da base aliada e da oposição avaliam que, no segundo semestre, não será possível aprovar mais nenhum requerimento da CPI porque os políticos estarão envolvidos em suas campanhas e a comissão dificilmente terá quórum para votação. Segundo o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), a investigação sobre a Petrobrás na CPI deve morrer nesta sexta-feira, 18.
Antes do início da sessão desta tarde, o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), convocou os líderes partidários para uma reunião a fim de votar em bloco dezenas de requerimentos apresentados. Em votação simbólica, foram aprovados 55 requerimentos, entre eles a da convocação de duas filhas de Paulo Roberto Costa, Shanni Azevedo Costa e Arianna Azevedo Costa.
“Nós demos o primeiro passo”, afirmou o líder do Solidariedade da Câmara, Fernando Franceschini (PR), após a sessão da CPI. O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), disse que espera receber os dados das investigações em até 15 dias e que os técnicos da CPI farão análise das apurações já feitas.
Outro bloco de 28 requerimentos que envolviam quebra de sigilo foram votadas nominalmente, para evitar, segundo o presidente da CPI, contestações judiciais.
Fonte: Tribuna da Internet

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APÓS DESGASTE DE CABRAL, DILMA ABANDONA DEFESA DE UPPS NA CAMPANHA

APÓS DESGASTE DE CABRAL, DILMA ABANDONA DEFESA DE UPPS NA CAMPANHA PDF Imprimir E-mail
Escrito por Luciana Lima   
Sex, 18 de Julho de 2014 09:00
Após o desgaste sofrido pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, um dos principais alvos dos protestos de junho de 2013, a presidente Dilma Rousseff decidiu deixar de fora da lista de temas da sua campanha a proposta de reproduzir no país o modelo de Unidade de Polícia Pacificadora (UPPs).
As UPPs foram a principal marca da política de segurança implantada por Cabral e bandeira que o levou à reeleição. Na eleição de 2010, Dilma tentou pegar carona na alta aprovação da política de segurança e incluiu as UPPs entre os “13 pontos” de seu programa de governo. Na época, ela e citou o modelo em inúmeros discursos e entrevistas na campanha.
A proposta funcionou mais como estratégia de comunicação naquele momento, do que como política, já que a política de segurança desenvolvida por Dilma, depois de eleita, não se referiu em nenhum momento a implantação de UPPs fora do Rio de Janeiro.
A atual coordenação da campanha de Dilma justifica o abandono do tema na campanha presidencial alegando que não faz sentido incluir as UPPs em um programa nacional, já que o modelo se adaptou a comunidades da zona do sul do Rio e enfrenta críticas de ter empurrado traficantes para áreas periféricas da cidade e da Baixada Fluminense.
“UPP foi um fenômeno muito regionalizado no Rio de Janeiro porque era a teoria do domínio do território, ou seja, força concentrada para expulsar o crime organizado e ação social para ocupar o território, mas como fazer UPP em São Paulo?”, questionou o coordenador da campanha, Rui Falcão. “O povo está se queixando que mandaram os traficantes para a periferia”, enfatizou.
DESMILITARIZAÇÃO
Pela Constituição, Segurança Pública é de competência dos Estados, no entanto, as três principais campanhas presidenciais investirão no tema com prioridade neste ano, já que questão aparece no topo da lista de preocupações dos brasileiros, ao lado de Saúde e Educação.
Entre as propostas pensadas para a área de segurança, a campanha da presidente Dilma pretende levantar outro tema polêmico: a desmilitarização das polícias.
Entre os tópicos apresentados pela campanha de Dilma Rousseff no esboço do programa de governo intitulado “Mais Mudanças, Mais Futuro”, a presidente propõe para o eventual segundo mandato a criação da Academia Nacional de Segurança Pública. Além da defesa da desmilitarização, a proposta sinaliza um passo para unificação das policias já que aponta para uma “formação conjunta” dos policiais de cada corporação.
“Daremos continuidade ao processo de integração das instituições de segurança pública no País”, diz o documento registrado na Justiça Eleitoral.
MINISTÉRIO
Já campanha de Aécio Neves trata o tema da Segurança Pública como um dos pilares do programa de governo e desenha como estratégia, transformar o atual Ministério da Justiça em Ministério da Justiça e Segurança Pública.
“A liderança deste processo deve ser do governo federal, a partir da transformação do Ministério da Justiça em Ministério da Justiça e Segurança Pública, ampliando substancialmente a responsabilidade da União nesta área”, diz o documento da campanha tucana que lista as diretrizes do programa de governo de Aécio Neves.
Já o socialista Eduardo Campos é contra a criação de uma pasta para tratar do assunto. No entanto, de acordo com elaboradores do programa de governo do PSB, ele pretende adotar medidas para não contingenciar recursos destinados a ações de segurança.
“Não basta colocar recursos na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Tem que investir recursos”, criticou o ex-deputado Maurício Rands, coordenador do programa de governo de Eduardo Campos.
Campos também quer reeditar na campanha a política de segurança que implantou em Pernambuco a partir de 2007, chamada de “Pacto pela Vida”, que prevê atuação integrada entre diversos órgãos de segurança para enfrentamento ao crime. O foco em Pernambuco, principalmente em Recife, se fixou na redução de homicídios, já que a capital figurava no topo das cidades mais violentas do país.
Embora o programa de Campos tenha conseguido uma redução no número de mortes, esbarra nas criticas de que não cumpriu a promessa de valorização dos policiais.

Fonte: Tribuna da Internet

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quinta-feira, 17 de julho de 2014

A PROMESSA DA PRIMAVERA ÁRABE ESTÁ EXTINTA, EM GRANDE MEDIDA, E COM O APOIO OCIDENTAL


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Escrito por Owen Bennett-Jones   
Qua, 09 de Julho de 2014 08:39
Esperanças de mudança democrática foram substituídas por medos de ditaduras e califatos. O principal desapontamento é a região do Egito, onde os ideais da Praça Tahrir terminaram em governo de ditador militar, ainda mais autoritário que Mubarak. A Fraternidade Muçulmana – que venceu todas as eleições às quais concorreu depois da Primavera Árabe – foi declarada organização terrorista, com centenas dos seus principais líderes já condenados à morte.
E tudo isso aconteceu com apoio do ocidente: o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, entregou recentemente mais de meio bilhão de dólares ao regime golpista do general Sisi. E a situação na Síria tem levado alguns a pensar se, comparado aos jihadistas, o regime do presidente Assad não será, afinal, a melhor opção. O ocidente dá sinais de estar mais do que apenas tentado a apoiar qualquer ditador que apareça no Iraque, se der sinais de que conseguirá manter sob controle o Estado Islâmico. Em outras palavras, o Ocidente já está revertendo à sua tradicional política para o Oriente Médio, de apoiar regimes autoritários que mantenham sob rédea curta sejam os islamistas radicais sejam os democratas liberais.
Quando George Bush e Tony Blair invadiram o Iraque, promoveram a ideia de que o ocidente estaria enfrentando ameaça jihadista global comandada pela al-Qaeda. Toda a Guerra Global ao Terror  foi feita contra um único inimigo: o Islã radical. De início, cada manifestação dessa ameaça foi atacada com força massiva, a começar no Afeganistão. Mais recentemente, as ofensivas do ocidente têm sido menos consistentes.
FRAQUEZA OCIDENTAL?
Os  jihadistas no Mali foram atacados, mas al-Shabaab não foi incomodada na Somália. Para alguns, o não agir em alguns casos sinalizaria fraqueza ocidental. “O ponto de partida é identificar a natureza da batalha: é batalha contra o extremismo islamista. A batalha é essa” – escreveu Tony Blair em ensaio publicado em sua página internet, redigido como resposta aos avanços do ISIL no Iraque. Na sequência, recomendou outra – possivelmente ilegal – intervenção militar.
Outros, menos comprometidos com o passado, fazem análise diferente: ao mesmo tempo em que os jihadistas estão envolvidos em várias lutas contemporâneas, os vários conflitos envolvem teia complicada de muitos outros fatores. Já não há um único inimigo – se é que algum dia houve inimigo único – dedicado a atacar o ocidente. Há várias forças separadas, cada uma com agenda própria e seus próprios motivos, que têm a ver, principalmente, com inimigos locais. Cada conflito tem sua própria história e sua própria dinâmica.
No Iraque, a atual rebelião é movida, não por antiamericanismo ou hostilidade contra o ocidente em geral, mas, mais, pelo sectarismo, a corrupção e a incompetência do governo Maliki. Os xiitas iraquianos e seus apoiadores iranianos, ao lado dos sunitas moderados e até de curdos, todos têm agora um interesse comum em se opor a al-Baghdadi – o que eles mesmos podem fazer com muito maior eficácia que o exército dos EUA. De fato, tropas dos EUA deslocadas para lá serão como fantoches nas mãos de al-Baghdadi e Zawahiri.
DECLARAÇÃO BELICOSA
Em fins de junho, David Cameron disse à Casa dos Comuns do Parlamento que o ISIL poderia tomar o controle do norte do Iraque e instalar lá um governo: “O pessoal que chefia aquele governo, além de aspirar a tomar território, também planeja nos atacar aqui em nossa casa, no Reino Unido.” É declaração temerária, altamente belicosa, que ultrapassa em muito o que o governo de Obama tem dito.
Nos últimos meses, os Republicanos desenvolveram com sucesso uma narrativa segundo a qual a relutância de Obama em usar a força na região teria dado lugar a uma percepção de fraqueza dos EUA. A pressão doméstica sobre Obama, para que seja mais agressivo no uso da força militar tem sido considerável. Apesar disso, o presidente dos EUA parece tem conseguido conter as demandas – que agora estão partindo de uma improvável aliança entre Maliki e a direita norte-americana – de que envie tropas dos EUA para o Iraque.
Os sunitas que tomaram cidades iraquianas, disse Obama, representam “ameaça de médio e longo prazo” para os EUA. Mas, acrescentou ele, “não podemos pensar que estamos brincando de pega-pega e mandar soldados dos EUA para ocupar vários países, cada vez que essas organizações aparecem no mundo.” E seja como for, disse ele, as populações locais rejeitam o ISIL por causa da violência deles. É evento muito raro: Downing Street, Londres, ainda mais falcão-linha-dura que Casa Branca, Washington; mas talvez seja evento sem consequências. Em frase na qual articula de modo excepcionalmente claro a subserviência de Londres a Washington, William Hague disse, em resposta aos avanços do ISIL: “Apoiaremos os EUA em qualquer coisa que resolvam fazer”.
MAIS DINHEIRO?
A relutância de Obama, que não interveio na Síria pode parecer fracassada. Mas estaria por acaso garantido que mais dinheiro do ocidente entregue ao Exército Sírio Livre teria resultado na emergência de alguma espécie de estado liberal democrático? O fracasso da Primavera Árabe em outros pontos não sugere que essa possibilidade se concretizaria.
Políticos ocidentais estão tendo de reajustar-se à novidade de sua própria crescente incapacidade para dominar o mundo. Se se consideram as alternativas, a inação de Obama parece boa ideia, e ele é criticado pela direita e pela esquerda, pelos seus muitos erros e fracassos. Mas o mais provável é que dentro de alguns anos, quando ele já não estiver na Casa Branca, tenhamos muitas saudades de Obama.

Fonte: Tribuna da Internet

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quarta-feira, 16 de julho de 2014

'A TAÇA É DELES (E A CONTA É NOSSA)', DE GUILHERME FIUZA


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Escrito por Guilherme Fiuza   
Ter, 08 de Julho de 2014 14:00
Os pessimistas e a elite branca deram com os burros n’água: a Copa do Mundo no Brasil é um sucesso. A bola está rolando redondinha, os gramados estão todos verdinhos e o país chegou até aí batendo mais um recorde: gastou com os estádios da Copa mais do que Alemanha e África do Sul juntas. Com brasileiro não há quem possa.
Aos espíritos de porco que ainda têm coragem de reclamar do derrame sem precedentes de dinheiro público promovido pelos faraós brazucas, eis a resposta definitiva e acachapante: a Copa no Brasil tem uma das maiores médias de gols da história. Fim de papo. De que adianta ficar economizando o dinheiro do povo, evitando os superfaturamentos e as negociatas na construção dos estádios, para depois assistir a um monte de zero a zero e outros placares magros? Fartura atrai fartura. Depois da chuva de verbas, a chuva de gols. É a Copa das Copas. Viva Messi, viva Neymar, viva Dilma.
Está todo mundo feliz, e o país mais uma vez se renderá a Lula. O oráculo afirmou que era uma babaquice esse negócio de querer chegar de metrô até dentro do estádio. Que o brasileiro vai a jogo até de jegue. O filho do Brasil mais uma vez tinha razão.
O país teve sete anos para usar a agenda da Copa e investir seriamente em infraestrutura de transportes. Sete anos para planejar e executar uma expansão decente do metrô nas capitais saturadas, por exemplo — obras caras que dependem do governo federal. Ainda bem que nada disso foi feito, e as capitais continuaram enfrentando sua bagunça a passo de jegue. Seria um desperdício, porque todo mundo sabe que essa mania de querer chegar aos lugares de metrô é uma babaquice da elite branca. Felizmente, o dinheiro que seria torrado nessa maluquice foi bem aplicado nos estádios mais caros do mundo, entre outros investimentos estratégicos.
Agora a Copa deu certo, o brasileiro está sorrindo e a popularidade de Dilma voltou a subir — provando de uma vez por todas que planejamento sério é uma babaquice. O que importa é bola na rede.
Nos anos que antecederam a Copa das Copas, os pessimistas encheram a paciência do governo popular com a questão dos aeroportos. Mas o PT resistiu mais uma vez à conspiração dessa burguesia ociosa que reclama de tudo. E deixou para privatizar (que ninguém nos ouça) os aeroportos às vésperas da Copa. Foi perfeito, porque sobrou mais tempo para o bando da companheira Rosemary Noronha parasitar o setor da aviação civil, proporcionando aos brasileiros o que eles mais gostam: ser maltratados nos aeroportos em ruínas, se possível derretendo com a falta de ar-condicionado (o que Dilma chamou carinhosamente de “Padrão Brasil”).
Os pessimistas perderam mais essa. Na última hora, com um show vertiginoso de remendos e puxadinhos (Brasil-sil-sil!), os aeroportos nacionais não obrigaram nem uma única delegação estrangeira a vir para a Copa de jegue. Todas as seleções entraram em campo — a televisão está de prova. E, no que a bola rolou, quem haveria de memorizar detalhes insignificantes, como metade dos elevadores da Favela Antonio Carlos Jobim enguiçados, além de algumas esteiras e escadas rolantes interditadas, entre outros desafios dessa gincana Padrão Brasil?
Ora, calem a boca, senhores pessimistas. A Copa deu certo. A Rosemary também.
Quem vai cronometrar o tempo dos otários nas filas monumentais? Os cronômetros só medem a posse de bola. E bem feito para quem ficou preso nos engarrafamentos a caminho do estádio, de casa ou de qualquer lugar. Lula avisou para ir de jegue. Você ficou engarrafado porque é um membro dessa elite branca que contribui para o aquecimento global. Além de tudo, é ignorante, porque ainda não entendeu que o combustível no Brasil foi privatizado pelos companheiros e seus doleiros de estimação. Como diria o petista André Vargas ao comparsa Alberto Youssef, o petróleo é nosso.
Além de jegue e jabuticaba, o Padrão Brasil tem feriado. Muito feriado. Quantos o freguês desejar. Pode haver melhor legado que esse para a mobilidade urbana? Se todo mundo andar de jegue e ninguém precisar ir trabalhar, acabaram-se os problemas viários. Poderemos ter Copa todo mês. E os brasileiros não precisarão mais correr riscos com obras perigosas como os viadutos — que, como se sabe, desabam.
A Copa no Brasil tem tido jogos realmente emocionantes. É o triunfo do único inocente nessa história — o futebol. Viva ele. Os zumbis que ficavam gemendo pelas ruas que “não vai ter Copa” sumiram na paisagem do congraçamento das torcidas. Mas é claro que isso será entendido pela geleia geral brasileira como... gol da Dilma! É a virada dos companheiros, a vitória dos oprimidos palacianos sobre as elites impatrióticas etc. A taça é deles. E a conta é nossa.
Se você não suporta mais essa alquimia macabra, que faz qualquer sucata populista virar ouro eleitoral, faça como os atletas do Felipão: chore.
Guilherme Fiuza é jornalista

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