sábado, 28 de março de 2015

EM TORNO DE UM PERIGO REAL E IMEDIATO


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Escrito por Carlos Chagas   
Sex, 27 de Março de 2015 08:24
O confronto virou conflito. No caso, entre o governo e o PMDB. Melhor dizendo, entre a presidente Dilma e os presidentes Eduardo Cunha e Renan Calheiros. Do jeito que as coisas vão, o rompimento não passa da semana que vem. Em vez de servir de base parlamentar, o partido transformou-se em adversário. É real e imediato o perigo de o palácio do Planalto ficar desamparado, sob a evidência de que o Congresso readquiriu sua independência.
De um lado, erros e contradições de Dilma. De outro, ressentimentos e ambições de Cunha e de Renan.
O problema é saber as consequências da beligerância para o país. A sombra do impeachment pode adensar-se, assim como a abertura de inquéritos no Supremo Tribunal Federal contra os presidentes da Câmara e do Senado será capaz de transformá-los em réus. Nesse meio tempo, o palco para a batalha maior será montado em torno da reforma política. A tendência no PMDB é aprovar o maior número de mudanças institucionais em condições de atingir o governo e o PT. Uma preliminar desse entrevero estará na votação das medidas de ajuste econômico.
O POVO ESTÁ QUERENDO
Disse uma vez o então presidente da Câmara: “O que o povo quer esta casa acaba querendo”. É nítida, nas ruas, a rejeição do aumento de impostos, a elevação dos preços e tarifas dos combustíveis, dos serviços de água e luz, além da supressão de direitos trabalhistas. O governo perdeu a classe média e vem sendo abandonado pelo proletariado e pelos empresários. O Congresso atinge níveis de rejeição superiores aos do Executivo. Não demora e assistiremos a repetição, como farsa, da solução adotada em 1945 quando do fim da ditadura do Estado Novo: “Todo o poder ao Judiciário”. As forças armadas não vão intervir, os sindicatos não podem, enfraquecidos pela administração do PT. A Igreja Católica saltou de banda, as demais igrejas manifestam desinteresse pelas coisas terrenas e as elites cuidam de sobreviver. Também real e imediato é o perigo da desintegração nacional.
“POR QUE NÃO SE CALA?”
Ficou para a História a indagação do rei Juan Carlos, da Espanha, ao presidente da Venezuela, Hugo Chaves: “Por que não se cala?”
A pergunta precisa ser feita ao ex-presidente Fernando Henrique, que todos os dias dá os mais desbaratados palpites sobre a realidade nacional. Deveria lembrar-se de sua responsabilidade na crise que nos envolve.

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sexta-feira, 27 de março de 2015

PMDB COMANDA DESAPARELHAMENTO DA MÁQUINA ESTATA


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Escrito por João Bosco Rabelo   
Sex, 27 de Março de 2015 08:24
A emenda constitucional que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, cuida pessoalmente de fazer tramitar, reduzindo para 20 o número de ministérios, é um problema para a presidente Dilma Rousseff, mas para o PT, um golpe duríssimo, com poder para retirar do partido o combustível de sua militância e feri-lo de morte.
Sem mais o monopólio das ruas, protagonista de escândalos de corrupção em série, no comando de um governo que levou o país à recessão, o PT sofre a ameaça de perder o controle dos cargos estratégicos na estrutura administrativa, que lhe garantiu na última década e meia a consolidação de uma militância ativa a partir do uso partidário da máquina pública.
É desse desmonte que trata a emenda constitucional que Cunha impulsiona a partir de sua cadeira de presidente da Câmara. O pior para o PT é que a causa contagia e não dependerá mais de Cunha ou de qualquer outro líder para andar sozinha. O desaparelhamento da máquina estatal constrói maioria por ser desejo permanente de todos os partidos, inclusive os da base aliada.
VAGAS E MAIS VAGAS
Nos últimos dez anos, o número de ministros chegou a 39 e os ocupantes de cargos de livre nomeação, subordinados a eles, passaram de 17,6 mil, no final de 2003, para 22,6 mil em outubro de 2013, segundo dados de 2014.
Ao longo da administração petista, o número de ocupantes de DAS 4, 5 e 6 saltou 46% em uma década, chegando a 4.814, crescendo a taxa bem menor, de 24%, no grupo dos DAS 1, 2 e 3, destinados a servidores de carreira que assumem funções de coordenação e assessoria técnica.
A remuneração mensal dos cargos vai de R$ 2.152 a R$ 12.043. Servidores públicos nomeados podem acumular seu salário com parte da comissão, segundo limites definidos na legislação. É fato que não só o PT ocupa a máquina, mas a prevalência do partido é notória e responde pela queixa geral dos aliados, especialmente o PMDB.
Reduzir o número de ministérios significa um abalo nessa conta e pode ser o início de um desgaste que se somará ao já em curso, que produziu importante perda política ao partido, identificado nas pesquisas como responsável pelos erros do governo e patrocinador da corrupção, nos casos do mensalão e do “petrolão”.
SEM BLINDAGEM
Nem mais o ex-presidente Lula desfruta da blindagem que parecia inabalável: as pesquisas recentes registram que 67% da população entendem que ele tem responsabilidade nos acontecimentos da Petrobras e o desgaste do governo Dilma o alcança, pois é identificado como quem a elegeu.
O PMDB cumpre, com precisão cirúrgica, um roteiro para reduzir a força do PT. O partido está visivelmente isolado no contexto partidário e não é imaginável supor que contornará seus problemas no Legislativo sob a liderança de perfis como Sibá Machado (AC) e José Guimarães (CE), segundo os quais, a legenda é vítima da agência de espionagem norte-americana, a CIA, e de “uma lavagem cerebral midiática”, nessa ordem.
Em paralelo, a reforma política do PMDB avança na Câmara em versão rejeitada pelo PT, roubando ainda ao governo a iniciativa concreta em defesa do tema que usa como escape para as críticas da população, a cada nova manifestação.
Outros temas de importância econômica, caros ao governo, andam também à revelia do Planalto, casos da reforma do Simples, da ampliação dos direitos dos empregados domésticos e da regulamentação do mercado de terceirizados – todos com origem no Executivo, mas que vão ganhando dono novo – o PMDB.
PMDB À FRENTE
O governo, portanto, está na Câmara sob a liderança do PMDB que, por isso mesmo, quer diminuir o tamanho da estrutura administrativa onde o espaço que lhe foi reservado durante os anos de poder do PT, não corresponde à sua importância como aliado.
Com a anemia política que tomou conta do governo Dilma, a qual corresponde brutal índice de desaprovação popular, o PMDB roubou o governo. Se nele não pode entrar, fez-se governo. Tem a iniciativa política e executiva que chega agora ao ponto de patrocinar uma reforma administrativa que o governo hesita em fazer, mesmo diante da obviedade de seu acerto.
FORTE SIMBOLISMO
Não é sustentável a recusa à proposta de cortes, ainda que ínfimo em relação ao que se precisa, mas de forte simbolismo. Pergunte-se a qualquer cidadão na rua para que servem 39 ministérios e ele responderá sem pestanejar que é para atender aos políticos – no mínimo.
Na véspera da aprovação de medidas recessivas, se não cortar na carne, o governo perde o que resta de autoridade para impor o ajuste fiscal. Resta pouco para a presidente Dilma fazer e, a continuar nessa toada, restará cada vez menos.
Bandeiras positivas, capazes de sugerir alguma ação de governo, estão sendo tocadas pelo Legislativo, como os casos já citados. A redução dos ministérios poderia ser uma porta de saída para a presidente acuada pela desaprovação, mas Cunha já a tomou.
(artigo enviado pelo comentarista Celso Serra)

http://formadoresdeopiniao.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=31044:pmdb-comanda-desaparelhamento-da-maquina-estata&catid=77:politica-economia-e-direito&Itemid=132

ADEPTOS DA INTERVENÇÃO MILITAR QUEREM SAIR ÀS RUAS DIA 31


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Escrito por Carlos newton   
Sex, 27 de Março de 2015 08:24
Os defensores da intervenção militar no Brasil de hoje enfim decidiram assumir essa posição sectária em eventos próprios, organizando manifestações e atos públicos a serem realizados em diversas cidades na próxima terça-feira, dia 31 de março, quando se completam 51 anos do golpe que derrubou o presidente João Goulart.
Esses grupos de admiradores do regime militar de 64 há muitos anos marcam presença na internet e não há dúvida de que o número de seguidores está aumentando, em função da crise política, econômica e ética que o país atravessa.
Esta semana, os convites para participação nos eventos foram espalhados pela web, mostrando um radicalismo absolutamente condenável. Vejam como procede um dos principais grupos organizadores, denominado OCC – Organização de Combate à Corrupção, que está convidando para a manifestação em São Paulo, que começará com um evento no Círculo Militar:
O Brasil só tem um jeito e este jeito quem pode dar são os militares do país, que fizeram este trabalho no passado quando no governo de joão goulart, a corrupção, incompetência e a comunização estavam em um ritmo galopante em nosso país… A Marcha das Famílias com Deus pela Liberdade, CONVOCOU OS MILITARES AO PODER DO BRASIL, não tivemos GOLPE MILITAR como os PETRALHAS adoram dizer aos 4 cantos do Brasil, inclusive dentro das escolas públicas, privadas e nas universidades federais em todo o Brasil…” – diz o manifesto da OCC Alerta Brasil.
FALTA DE PÚBLICO
O mais provável é que essas demonstrações fracassem por falta de público, já que os defensores da intervenção militar ainda representam uma minoria desprezível, caso estejam corretas as mais recentes pesquisas de opinião. Mas acontece que seguro morreu de velho, como se dizia antigamente. Esse sectarismo não interessa a ninguém, quer dizer, só interessa aos inimigos da democracia.
Todos sabem que o regime democrático não é perfeito, mas sem dúvida é o melhor dos piores, como ensinava no século passado o grande estadista Winston Churchill, e desde então nenhum pensador jamais conseguiu demonstrar que o político britânico estivesse equivocado.
Mas de qualquer forma é triste assistir brasileiros pregando contra a democracia, por causa de um governo trapalhão e corrupto. Afinal, existem mecanismos constitucionais criados para permitir que o país se livre desse tipo de governante. Não é preciso convocar os militares para fazê-lo. Nossa obrigação é respeitar o que está determinado na Constituição Federal. O resto é insanidade política, simplesmente isso.

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LÍDERES RELIGIOSOS BILIONÁRIOS EXIBEM TAMBÉM PODER POLÍTICO


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Escrito por Plínio Fraga   
Sex, 27 de Março de 2015 08:24
A revista norte-americana Forbes divulgou a lista dos mais ricos do mundo. Incluiu entre eles o bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus. O patrimônio de US$ 1 bilhão coloca Macedo na 1.868ª posição, o último entre os 48 bilionários brasileiros citados. Aos 70 anos, casado, pai de três filhos, morando em Atlanta (EUA), Macedo é caracterizado como empresário de mídia “self made”. Que se fez por força própria, na expressão americana.
A Forbes tenta explicar a origem do dinheiro de Macedo. Lembra que criado como católico, converteu-se à religião evangélica em 1970. Em 1977, fundou sua própria igreja, baseada na “teologia da prosperidade”. Baseia-se na proposta de que a fé e o compromisso de atuação e de contribuições financeiras com a igreja são recompensados ​​com riquezas.
Em julho de 2013, Macedo tornou-se banqueiro ao adquirir 49% do Banco Renner, “que possui uma das mais altas taxas de juros no Brasil”, salientou a revista. “A transação espantou porque o Banco Central do Brasil tratada Macedo como investidor estrangeiro uma vez que ele é baseado nos EUA”, assinalou.
REDE RECORD
A maior parte da fortuna de Macedo tem origem na Rede Record, a segunda maior emissora do Brasil, adquirida em 1990. “Não está claro como ele conseguiu o financiamento para comprar a empresa: o Ministério Público do Brasil tem sondado a questão há mais de dez anos e produziu relatórios que alegaram que ele usou os fundos da igreja. Macedo se recusou a comentar”.
O império de mídia de Macedo já inclui uma filial Telemundo com sede em Atlanta. Em 2014, Macedo inaugurou uma enorme réplica do Templo de Salomão em São Paulo, com capacidade para 10 mil fiéis. A mega-igreja custou US$ 200 milhões.
Antes de mais nada diga-se que a fé é um negócio mundial. Listas de pastores mais ricos do mundo se multiplicam, sendo lideradas por pastores americanos milionários. A Nigéria produziu cinco deles, todos com patrimônio em centenas de milhões de dólares. Mas bilionário até agora só Macedo.
OUTROS MILIONÁRIOS
No Brasil, outros bispos de denominações evangélicas seguem o caminho de Macedo. Valdemiro Santiago, ex-protegido de Macedo e hoje inimigo figadal, criou a Igreja Mundial do Poder de Deus. Seu patrimônio é estimado em US$ 220 milhões. Silas Malafaia criou sua própria igreja, Vitória em Cristo, em 1990. Tem bens na ordem de US$ 150 milhões e arrecada contribuições para reunir US$ 500 milhões para criar uma rede mundial de emissoras evangélicas. O pastor R. (Romildo) R. (Ribeiro) Soares acumula US$ 150 milhões em bens, entre eles um jatinho King Air 350, avaliado em US$ 5 milhões.
É preciso separar os líderes das igrejas de seu rebanho. Um quarto dos brasileiros se declara evangélico. São mais de 50 milhões de pessoas. A maioria pobres, com pouca escolaridade. Sua fé deve ser respeitada. Há vários estudos que mostram a importância das igrejas evangélicas na melhoria das relações familiares, na redução de vícios e na capacitação e melhoria da força de trabalho. De certa maneira, dedicar-se a uma religião pode mudar vidas desregradas, núcleos familiares conflituosos e estimular o desempenho no trabalho e na criação de negócios. A “teologia da prosperidade” tem fundamento socioeconômico.
LIBERDADE DE CULTO
A liberdade de escolha de religião é mais sagrada do que o entendimento do papel dela na vida de uma pessoa. Mas, quando os braços de uma determinada religião começam a abarcar causas mais do que terrenas _ adquirindo redes de televisão, aviões, patrocinando campanhas e partidos eleitorais_, qual deve ser o papel do Estado?
Como o Estado deve acompanhar e fiscalizar o enriquecimento de seus líderes, todos voltando os negócios para meios de comunicação que funcionam como concessão pública? As igrejas gozam de isenção de impostos. Diversas investigações mostram operações de compra de emissoras e de bens com dinheiro vindo de contas do exterior por prepostos de igrejas.
O crescimento do poder midiático levou ao crescimento do poder político. Os evangélicos já têm um dos seus na presidência da Câmara dos Deputados. A questão não é a opção individual religiosa. É sim se o Estado omite-se na formação de um poder político financiado por doações crédulas, mas manipulado por interesses estritamente terrenos.

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quinta-feira, 26 de março de 2015

ASCENSÃO E QUEDA DE LULA, UM BRASILEIRO CHAMADO ESPERANÇA


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Escrito por Francisco Bendi   
Ter, 24 de Março de 2015 08:57
Lula teve duas fases desde a sua ascensão ao poder: a esperança e a decepção. Ao assumir pela primeira vez a presidência da República, Lula trazia consigo a expectativa de como um simples brasileiro comandaria a Nação. Havia muita esperança e seus primeiros anos de governo foram arrebatadores, com a economia em franca expansão e aumento substancial dos beneficiários do Bolsa Família.
A partir da metade da sua primeira gestão, começou a pipocar a corrupção: Escândalo dos Bingos; Assessor do deputado José Guimarães (PT-CE), irmão de José Genoino, transportando dinheiro numa mala e dólares na cueca; Mensalão; Quebra do sigilo de um caseiro e demissão de Palocci; Compra de um dossiê por parte de agentes da campanha do PT, em São Paulo.
Mesmo assim, Lula foi reeleito, porque teve massiva votação dos bolsistas e da classe média, com a economia em crescimento.
MAIS CRISES
No seu segundo mandato, Lula enfrentou novos problemas graves: Desdobramento do mensalão; Crise no setor aéreo; Cartões Corporativos; Rosegate; Passaportes diplomáticos; Enriquecimento da família (seu filho era o “Ronaldinho” dos negócios); Erenice Guerra. E agora o escândalo da Petrobras mostra apenas a ponta do iceberg, pois falta apurar o BNDES, os Fundos de Pensão e as outras estatais.
A grande mídia brasileira tem sua parcela de culpa, ao endeusá-lo, ao inflar-lhe o ego de tal maneira que a fama lhe subiu à cabeça de forma inexorável e altamente prejudicial no desenrolar da sua trajetória como chefe da nação e, posteriormente, como “orientador” de Dilma Rousseff.
LULA ERA O CARA…
Lula deve ter imaginado que era de fato um milagreiro, que era “o cara”! Mas foi enganado e enganou a si mesmo, e hoje paga o preço pela sua furtiva glória, porém interminável desonra.
Daqui para a frente, Lula deve servir de exemplo para que o povo não caia mais em armadilhas políticas, tipo salvador da pátria e pai dos pobres. As duas administrações do ex-metalúrgico redundaram na maior crise moral e ética já registrada no país, culminando com a conclusão que venho escrevendo há tempos: Lula traiu o povo e País!
A experiência de tê-lo como presidente da República pode evitar que os próximos mandatários se comportem como ele, fiquem deslumbrados com o poder e se sintam onipotentes.

http://formadoresdeopiniao.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=30998:ascensao-e-queda-de-lula-um-brasileiro-chamado-esperanca&catid=80:denuncia&Itemid=131

quarta-feira, 25 de março de 2015

PROCURADOR JANOT COMPROU UMA BRIGA FEIA COM OS PARLAMENTARES


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Escrito por Carlos Newton   
Ter, 24 de Março de 2015 08:57
Ao responder duramente aos ataques que sofreu na CPI da Petrobras, o procurador-geral Rodrigo Janot aprofundou a crise e comprou uma briga feia com a Câmara Federal. O quadro se agravou porque Janot, num inflamado discurso durante uma reunião do Ministério Público Federal, procurou dar a entender que não é o relatório dele que está sendo atacado por parlamentares, mas a atuação da própria Procuradoria-Geral da República.
Disse o procurador-geral: “Causa espécie que vozes do Parlamento, aproveitando-se de uma CPI instaurada para investigar o maior esquema de corrupção já revelado no País, tenham-se atirado contra a instituição que começa a desvelar a trama urdida contra a sociedade. Pelos esforços do Ministério Público, esse esquema foi exposto ao País e será também pela nossa atuação que os verdadeiros culpados irão responder judicialmente e sofrerão as penas cabíveis”.
Esta afirmação de Janot significa uma clamorosa distorção dos fatos. O problema que criou com seu relatório sobre os pedidos de abertura de inquérito é exclusivamente dele. A Procuradoria-Geral da República nada tem a ver com isso, até hoje não houve a menor crítica ao Ministério Público Federal. Todos os ataques dos parlamentares foram dirigidos exclusivamente a Rodrigo Janot, que na chamada undécima hora, tenta conseguir o apoio dos demais procuradores, alegando que é a instituição que está sendo atingida, e não apenas ele.
RECORDAR É VIVER
Não foi a Procuradoria-Geral da República, como instituição, que manteve dois encontros secretos com o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, fora da agenda dos dois, em plena efervescência da operação Lava Jato.
Também não foi a Procuradoria-Geral da República, como instituição, que vazou ao Planalto a informação de que os presidentes da Câmara e do Senado constavam da lista dos parlamentares que seriam submetidos a inquérito, um assunto que estava submetido a segredo de Justiça.
Por fim, não foi a Procuradoria-Geral da República, como instituição, que encaminhou ao Supremo um relatório altamente contestável, porque tratou de forma desigual os diversos parlamentares citados nos depoimentos da operação Lava Jato, fazendo com que surgisse uma forte reação no Congresso, liderada por Eduardo Cunha, que foi a CPI e apontou estas contradições, recebendo apoio de grande número de deputados, entre os quais o próprio líder do PT, Sibá Machado.
Estes três atos isolados foram cometidos pessoalmente pelo procurador-geral Janot, o Ministério Público Federal, como instituição, jamais poderá ser responsabilizado nem criticado. Ao contrário, a atuação da Procuradoria tem sido exemplar. E o problema somente surgiu porque Janot não respeitou o extraordinário trabalho da força-tarefa formada pela regional paranaense da Procuradoria e pela Polícia Federal, preferindo dar “interpretação pessoal” aos autos.
RELATÓRIO POLÍTICO
Esperava-se do procurador Janot um relatório técnico e independente, mas sem a menor dúvida seu parecer teve fortes pinceladas políticas, em benefício de uns e em detrimento de outros. Este fato é inegável.
Em seu discurso diante dos integrantes da Procuradoria da República em Brasília, vejam bem o desafio que Janot fez ao Congresso: “Não vou permitir que, neste momento da vida funcional, interesses vis ou preocupações que estejam além do Direito influenciem o meu agir. Garantirei o exercício independente do Ministério Público”, disse ele, como se os parlamentares estivessem defendendo interesses escusos ao criticar erros existentes no parecer do procurador-geral.
Todos nós cometemos erros, mas pessoas como Janot não sabem admitir. Da tribuna do Senado, nesta segunda-feira, o senador Fernando Collor (PTB-AL) bateu pesado no procurador-geral, dizendo que ele não tem “estatura moral” para comandar o Ministério Público. Incluído na lista de investigados na Lava Jato, Collor afirmou que Janot  faz “chantagem” e descumpre leis ao exercer sua função de chefe da Procuradoria.
Collor foi o primeiro, muito outros o seguirão. É briga de cachorro grande, como se dizia antigamente.

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MAÇONARIA: OS TRÊS GRAUS DO RITO SCHRÖDER


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Escrito por Rui Jung Neto   
Seg, 23 de Março de 2015 17:00
Antes de tratar especificamente dos três Graus do Rito Schröder, creio ser importante estabelecer quando surgiram os três Graus simbólicos e, para isto, vou me socorrer da obra do Ir. Nicola Aslan: "O Historiador e Ex-V.M. da Loja Quatuor Coronati, Ir. Lionel Vibert, afirma: "os termos Aprendiz, Companheiro e Mestre-Maçom são escoceses e foram empregados pela primeira vez pela Maçonaria Inglesa em 1723." Sobre o mesmo assunto escreve R. Le Forrestier: A inovação mais notável (da G.L. de Londres) foi a criação dos Graus denominados Especulativos ou Simbólicos.
Os talhadores de pedra só tinham uma classe, a dos Companheiros, já que os Aprendizes não faziam parte da Corporação, cujos membros só possuíam os sinais de reconhecimento mantidos, ciumenta e zelosamente, secretos. O único ato solene de recepção era, portanto, o da admissão entre os Companheiros. Na Freemasonry (Franco-Maçonaria) Especulativa, ao contrário, onde a antiga aprendizagem profissional não tinha mais razão de ser, os candidatos eram admitidos diretamente na associação e a primeira Cerimônia Ritualística era agora a recepção ao Grau de Aprendiz.
A razão pela qual o termo de Mestre serviu, a partir de 1725, para designar não mais uma função mas uma dignidade e tornou-se a denominação de um terceiro Grau, parece ter sido o desejo de fazer uma escolha entre os membros cada vez mais numerosos da associação e de constituir um "High Order of Masonry" (uma "Alta Ordem da Maçonaria"), como o Grau de Mestre foi algumas vezes denominado."
Atualmente existe, entre os modernos historiógrafos da Maçonaria, o consenso de que a separação das instruções em três graus não era utilizada nas Lojas operativas. Isto nos leva a concluir com segurança, que a divisão da Maçonaria Especulativa (modernamente denominada Simbólica) em três Graus: Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom, que já era utilizada pela Maçonaria Escocesa desde o Século XVII, ocorreu na Grande Loja de Londres somente entre 1717 e 1725.
Desta forma, quando Schröder foi Iniciado em 1774, os três Graus já estavam consolidados e eram aceitos como universais por todos os sistemas maçônicos (Ritos). Sabemos que o Rito Schröder teve sua origem baseada principalmente no "Livro das Constituições" de 1723, da Grande Loja de Londres, e no "Antigo Ritual" descrito no livro "The Three Distinct Knocks on the Door of the Most Ancient Freemasonry - As Três Batidas Diferentes na Porta da mais Antiga Franco-Maçonaria", de 1760. Com base nestas duas fontes, o Ir. Friedrich Ludwig Schröder aboliu o misticismo e os "altos Graus" introduzidos na Maçonaria Alemã no decorrer do Século XVIII e se utilizou do simbolismo simples das ferramentas da Arte da Construção como instrumento para promover a elevação moral dos seus Irmãos. Schröder, um representante do classicismo alemão, através de um estudo minucioso, procurou a essência da Maçonaria, aconselhando-se com um grande círculo de Irmãos dentre os mais renomados maçons, escritores e filósofos da sua época (Herder, Fessler, Meyer, Bode, etc).
O Ritual de Schröder está expresso em uma linguagem insuperável na qual pulsa o espírito do humanismo clássico e fica evidente a simplicidade original como característica mais importante da Maçonaria moderna, formando um conjunto harmônico constituído pelos 5 rituais originais que englobam os três Graus do Rito (Loja de Aprendiz, com a Loja de Mesa e a Loja de Funeral; Loja de Companheiro e Loja de Mestre).
Neste trabalho, analisarei de forma sintética cada um dos Graus e procurarei destacar suas características fundamentais a luz do que acredito ter sido o pensamento original do Ir. Schröder. A meu ver, fruto da sua vasta pesquisa maçônica, mas também do período histórico excepcional vivido na Europa no final do Século XVII e no decorrer do Século XVIII, principalmente nas províncias de língua Alemã, na Inglaterra e na França. Nesta época floresceu o "Iluminismo", movimento cultural que valorizou a razão, aboliu os preconceitos de raça e religião, libertou o homem do autoritarismo e difundiu a crença no progresso fundamentado na liberdade de pensar.
Sua força afetou todos os ramos do conhecimento e das artes, sendo considerado pelo filósofo e maçom Lessing como o primeiro movimento a defender a livre manifestação do pensamento. Acredito que Schröder, um verdadeiro mestre no domínio da linguagem e da dramatização, trabalhou em perfeita sintonia com os acontecimentos de seu tempo e o pensamento dos maiores maçons alemães, muitos dos quais eram seus amigos e com os quais contou para elaborar seus Rituais, nos quais colocou o que de melhor havia em termos de Filosofia Racionalista e Humanista, defendendo sempre a igualdade entre os Irmãos e a busca da verdadeira Fraternidade.
Para Schröder, a Franco-Maçonaria era e sempre foi uma Confraria que unia homens virtuosos para em conjunto estudarem os símbolos da Arte da Construção e desenvolverem a Moral, a Ética, a Caridade e o Amor Fraternal. Em muitas passagens o Ritual enfatiza a confiança que os Irmãos depositam uns nos outros e a harmonia que deve prevalecer na Fraternidade.
O Grau de Aprendiz Maçom nos ensina que1: "Os Maçons formam uma Fraternidade espalhada entre os povos, países e classes, cujo fim consiste no espírito do verdadeiro amor fraterno para promover a legítima humanidade, isto é, proporcionar o domínio dos puros princípios morais em todos os círculos e empregar suas atividades em boas obras. Porém em nossas reuniões usamos símbolos e alegorias para expressar os nossos ideais, e segundo a origem histórica de nossa instituição, escolhemos como símbolos principais os instrumentos de construção.
" O Ir. Schröder, que acreditava ser a Maçonaria "uma união de virtudes", declarou em um veemente discurso proferido em 1789 aos Irmãos de Hamburgo: "Meus Irmãos, considerem antes de tudo, as lições tiradas das vidas virtuosas dos homens sábios, de estabilidade, de prudência e de sigilo que nos foram ensinadas no Primeiro Grau. Pensem nestes preceitos e nos subseqüentes modelos! ...elas são a base material da qual a grande corrente da Fraternidade foi formada...".

Expressava assim, a importância dos valores morais contidos simbolicamente nos instrumentos dos antigos Pedreiros-livres e do Humanitarismo, doutrina filosófica e política que pretende eliminar as injustiças através da ação direta do homem e, por decorrência, mudar para melhor a própria sociedade que nos cerca.
Também, sobre a importância da Moral e seu uso no simbolismo da Maçonaria, cito dois consagrados autores que definem conceitos perfeitamente adequados para a prática maçônica em geral e para a do Rito Schröder em particular: - Alec Mellor (maçom e escritor francês) nos lembra que: "A Franco-Maçonaria define-se como "um sistema particular de moral, velada pela alegoria e ilustrada pelos símbolos." - definição esta, já utilizada na Inglaterra do Século XVIII”. - José Castellani (maçom e escritor brasileiro contemporâneo) nos esclarece que: "os símbolos maçônicos representam a maneira velada através da qual a instituição dá, aos seus iniciados, as lições de moral e ética, que fazem parte de sua doutrina".
Para Schröder o desenvolvimento da Fraternidade, dentro de princípios éticos e de elevada moral, é a verdadeira finalidade da Maçonaria e praticar a caridade é materializar o ideal maçônico de levar o amor fraterno para todos os homens, não só para os Irmãos.
A Moral e a Ética são pré-requisitos indispensáveis do homem-maçom. As Lojas, por reunirem homens virtuosos, devem reforçar e elevar cada vez mais o padrão ético dos seus integrantes. Cabe também a Loja de Aprendiz, além da instrução dos significados dos símbolos, estimular o Aprendiz a pensar e a agir como maçom, levando o modo de vida da Fraternidade Maçônica para o seu dia-a-dia e não somente algo para ser utilizado nas reuniões da Loja. Este é um desafio que cada um de nós deve assumir como seu! Com "fervor, fidelidade e firmeza", o Aprendiz desenvolve um "comportamento exemplar, seu pensamento livre de preconceitos e sua amizade leal para com seus Irmãos, baseada em princípios morais". Por isto, trabalha-se tanto neste Grau, que serve como "alicerce" para a construção do Templo individual do homem-maçom. Esta também é a base para o desenvolvimento maçônico dos futuros Companheiros e Mestres e isto deve ser valorizado.
Quero ainda enfatizar que, é na Loja de Aprendiz que tem início a formação futuros Companheiros e Mestres e, por isto, é muito oportuno realizar reuniões, debates, seminários incentivando a participação de Aprendizes e Companheiros, sendo acessíveis aos Mestres interessados, para que os Irmãos tenham condições de aumentar seus conhecimentos, abrir seus horizontes e assumir suas responsabilidades na Fraternidade.
O Grau de Companheiro Maçom será abordado citando parte da análise do Ir. Hans Heinrich Solf, membro da Loja de Pesquisas “Quatuor Coronati”, n° 2076, da Grande Loja Unida da Inglaterra através do Trabalho Origem e Fontes do Ritual Schröder: ... Isto despertou o talento de Schröder como ator dramático para criar um Ritual inteiramente novo, com sua própria concepção deste Grau.
A uma tanto laboriosa explanação do Painel da Loja que é complemente omitida, colocou em seu lugar os princípios morais explanados numa bela linguagem e toda a cerimônia tem o significado de inculcar no candidato esperança e alegria.
As viagens são acompanhadas com comentários encorajadores e flores e música são importantes fatores neste Grau. ... Ele conhecia todos os Rituais importantes de seu tempo, mas o seu mais ardente desejo era voltar as fontes. Já foi mencionado que Schröder acreditava que tinha havido somente uma cerimônia de iniciação aplicada à Maçonaria Operativa mas, quando o estágio da Especulativa havia sido plenamente desenvolvido, certas velhas usanças tiveram de ser abandonadas e novos elementos ritualísticos foram portanto introduzidos. Schröder compreendeu que ele não podia voltar a roda de evolução, mas ele sentiu que os Rituais existentes para a cerimônia de elevação eram supérfluos.
Na verdade nenhum sistema Maçônico (Rito) tem sido capaz de providenciar uma função satisfatória para este Grau e é afirmado que o melhor conteúdo alegórico é o que Schröder e seus amigos deram para ele. Com um preciso instinto do espírito do seu tempo, a aurora do Iluminismo e o surgimento do romantismo, ele recolocou as citações enfadonhas e explanações do Velho Testamento como simples ensinamentos de Ética e Moral Maçônica. Tão estritamente quanto possível, porém de nenhum modo sem criticismo, ele conservou seus textos dentro da estrutura do Ritual que ele havia escolhido e ele o adornou com comentários instrutivos e encorajadores em vez de citações Bíblicas.
O objetivo de trabalho numa Loja maçônica era para ele o cultivo de uma Fraternal e espiritual comunidade pela prática de cerimônias ritualísticas."... Neste Grau aprendemos através da calma meditação e da diligência no trabalho a importância do autoconhecimento e da fidelidade às leis da Fraternidade; a valorizarmos alegremente a Amizade, a Beleza e a busca da Verdade, conquistando assim a confiança dos nossos Irmãos e progredindo em nossa caminhada maçônica.
O Grau de Mestre Maçom é, para o Rito Schröder, o último e mais elevado Grau da Maçonaria, sendo consagrado à busca incessante da perfeição e ao cumprimento inflexível dos seus deveres, servindo de exemplo de conduta aos Companheiros, Aprendizes e profanos. Como modelo de perfeição, o Mestre deve conhecer o melhor possível os três Graus, os Usos e Costumes da Fraternidade, a Legislação da sua Potência e da sua Oficina, bem como as obrigações inerentes a cada cargo, sejam elas ritualísticas ou administrativas.
Prepara-se assim para Instruir os Aprendizes e Companheiros, para assumir um cargo de Oficial, chegando ao de Venerável Mestre da sua Loja por delegação de seus iguais, recebendo a autoridade e o poder para dirigir os trabalhos por um determinado período. Todo o trabalho em Loja deve procurar educar e formar o maçom, visando prepará-lo para ser Mestre. Ao Mestre do Rito Schröder cabe também, a pesquisa e a reflexão filosófica sobre o destino final do homem e sua preparação para a morte e que representa mais um passo na evolução natural do ser humano.
Por isto, o Mestre Maçom do Rito Schröder deve encarar a morte de quatro maneiras principais: a) alegórica ou simbólica: a Lenda do 3o Grau, significando o cumprimento do dever à custa da própria vida, exemplo legado pelo Mestre Hiram Abiff; b) o eterno ciclo da natureza, onde um novo homem nasce (ou renasce) para substituir aquele que partiu ("ele vive no filho"); c) a crença na imortalidade da Alma (ou do Espírito), que parte para o Oriente Eterno e lá nos aguarda para o derradeiro reencontro; d) a certeza de que a morte virá e que devemos nos preparar através do cumprimento das nossas obrigações pois podemos ser levados a qualquer momento.

O Mestre Maçom deve encarar esta situação como algo natural e normal e, não, com temor ou horror. Devemos viver com intensidade, pois nossa passagem por este plano pode ser interrompida a qualquer momento ("Não nos amedronta a Morte!".). Finalmente, ser Mestre significa trilhar zelosamente a senda da Sabedoria. Significa ser mestre de si mesmo, trabalhando com ininterrupta força de vontade no seu próprio aperfeiçoamento e pode ser comparado com a idade adulta do Homem, quando assumimos plenamente nossas responsabilidades perante a vida.
Para que possamos refletir sobre a real importância do Grau de Mestre no Rito Schröder, incluo trecho escrito originalmente pelo Ven. Ir. Friedrich Ludwig Schröder, P.G.M.: Acredito ser evidente que existe uma identidad“A Maçonaria é uma fraternidade e, como tal, adotou os instrumentos de trabalho do maçom, e por isso não pode possuir mais do que os três Graus: Aprendiz, Companheiro e Mestre. Assim era ela em todos os países onde existiam Corporações.
Com o grau de mestre fechava-se o círculo. Àquele que anseia alguma coisa mais além não é mestre, ou seja, não compreende que são seus deveres e suas habilidades que o tornarão um verdadeiro mestre. ... Foram os rituais falsificados em vigor, pouco satisfatórios, repletos de lacunas e defeitos (além de outras causas funestas), que deram motivos para que a Teosofia, as Ordens de Cavalaria, a Alquimia e a Magia procurassem guarida na Maçonaria. Nada pôde ser mais nefasto do que quando se passou a confundir a Maçonaria com uma Ordem.
A Maçonaria é uma irmandade voltada ao trabalho, uma construção, uma obra que, com seus estatutos, provas de admissão e habilidade, procura ressaltar as virtudes do mestre. Eis o que de mais elevado pode alcançar a natureza humana.” e) doutrinária comum entre os Ritos maçônicos regulares, além do simbolismo das ferramentas dos antigos construtores e da admissão exclusiva através da Iniciação. Diferencia-se, no entanto, em muitos outros aspectos, dentre eles, sua liturgia e dramaturgia e o desenvolvimento do seu Método de Ensino.
Em Loja, o maçom é apresentado ao simbolismo e às cerimônias ritualísticas; ouve as preleções e instruções contidas nos rituais ou nos trabalhos elaborados por seus Irmãos; apresenta suas idéias; aprende a ouvir e respeitar idéias divergentes e as minorias (a exigência da unanimidade em algumas votações da Loja é a máxima prova deste respeito). Se tiver empenho, estabelecerá uma ligação com a doutrina da Maçonaria, a filosofia do Rito adotado e com o pensamento da sua Loja. Aprenderá que a moral maçônica é racional, expressada pelo amor à verdade, pelo respeito à razão, à sinceridade intelectual, à soberania da consciência que se impõe contra a superstição e contra o dogmatismo.
É uma moral solidária, pois pretende que o maçom, mais do que "ter bons costumes", seja tolerante, dedicado, disposto a servir seus irmãos e semelhantes e a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para promover o bem estar da sua família, da sua Pátria, da sua Loja, das suas relações na vida profana e, por decorrência, o Bem da Humanidade. Aprender, para poder praticar e ensinar, o conjunto de princípios e práticas do Rito no qual foi Iniciado ou no qual sua Loja trabalha, é dever de todo o maçom. Conhecer os demais Ritos, respeitando suas origens, princípios e práticas, demonstra seu interesse na procura do auto-aperfeiçoamento.
A Maçonaria exige de cada um de nós, a busca constante do conhecimento, da perfeição e da Verdade e, freqüentar a Loja, é fundamental, mas não é o suficiente. São necessários também, o estudo constante dos rituais e muita reflexão. para podermos formar nossas próprias convicções sobre tudo o que vemos, ouvimos, vivenciamos, estudamos e aprendemos.
Com a fraternal saudação do Ir. Rui Jung Neto, AStM,
“Aprendendo, ensinarás. Ensinando, aprenderás.”
Ex-V.M. da Cinq. Ben. A.R.L.S. "Concordia et Humanitas" Nr. 56 - ao Or. de Porto Alegre – RS – Rito Schröder - GLMERGS
Membro da Loja Maçônica de Estudos e Pesquisas “UNIVERSUM” Nr. 147 - GLMERGS
Membro Correspondente da Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisa Maçônicas (Chico da Botica) – GORGS
Membro do Colegiado Diretor do Colégio de Estudos do Rito Schröder Ir. Gouveia


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terça-feira, 24 de março de 2015

CHARGES DO DIA











JURISTA DIZ QUE PACOTE DE DILMA É A FAVOR DA CORRUPÇÃO


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Escrito por Modesto Carvalhosa   
Ter, 24 de Março de 2015 08:57
As medidas de combate à corrupção anunciadas pela presidente da República dia 18 aprofundam ainda mais a falta de credibilidade do governo, tanto no plano nacional quanto no exterior.
Em decorrência da devastadora corrupção que se alastrou no governo federal, o Brasil, outrora país emergente, hoje sofre um desprestígio no mundo parecido com os tempos da inflação galopante e dos calotes internacionais dos anos 1980.
O pacote anticorrupção, solenemente anunciado pela presidente, insere-se nesse quadro melancólico, pois não é crível que um governo marcado e devastado pela prática generalizada de apropriação de recursos públicos em benefício dos partidos no poder venha, agora, colocar-se na posição de combatente do mal que ele mesmo diariamente pratica.
Nesse quadro patético, as propostas legislativas são mais do mesmo, pois o crime do caixa 2 está previsto no vigente Código Eleitoral, de 1965, no artigo 350. Quanto ao dramático confisco de bens dos corruptos, a matéria está plenamente contemplada na lei vigente de Improbidade Administrativa, de 1992, artigos 9º, 12 e 16. As demais “providências” legislativas da presidente são objeto de projetos de lei em curso no Congresso, razão pela qual nada de novo foi traduzido pelo alardeado pacote.
LEI ANTICORRUPÇÃO
Quanto ao decreto que “regulamenta” a Lei Anticorrupção, ressalta desde logo tratar-se de um monstrengo que visa, sob todas as formas possíveis, a promover a anistia ampla, geral e irrestrita das empreiteiras e fornecedoras envolvidas na Operação Lava Jato, procurando mesmo imunizá-las a qualquer outra conduta corruptiva que tenham praticado fora do âmbito da Petrobrás e ainda não reveladas.
Assim, o atual governo, na esteira dos três últimos que o precederam, demonstra que no Brasil ainda impera a república das empreiteiras, embora estas já estejam muito combalidas, em decorrência da firme atuação da Polícia Federal, do Ministério Público, da Justiça Federal, do STJ e do STF.
O referido “decreto regulamentador” da Presidência demonstra, às escancaras, a firme determinação do governo de proteger as empresas que com ele contratam, mantendo os mesmos termos viciados no futuro.
Ao invés de concentrar a competência de processar as referidas empresas corruptas na Controladoria-Geral da União, o decreto outorga esse poder aos ministros do Estado (pasmem!), que são, desde 2003, os principais atores da prática de corrupção no Brasil.
“AUTORIDADES”
Só do último governo três deles estão sob investigação no STF e dez outros já haviam sido flagrados em atos de corrupção, só no ano de 2011. São essas as “autoridades” que vão processar as empreiteiras. Pode-se imaginar o nível de corrupção que vai surgir dessa “competência ministerial”.
Será um novo núcleo de propinas, de tráfico de influência, de advocacia administrativa e de prevaricação. Surge um novo negócio de corrupção jamais imaginado, para grande proveito dos titulares de 39 pastas e dos partidos que os indicaram.
Não bastasse, a eventual condenação das empreiteiras pelo “ministro competente” pode ser objeto de “reconsideração” com efeito suspensivo, o que encarece ainda mais o comércio de favores ilícitos que será gerado por essa instância administrativa. A Lei Anticorrupção não fala de instância de reconsideração.
“INVESTIGAÇÃO SIGILOSA”
Também o decreto presidencial de 18/3 cria a figura da “investigação preliminar sigilosa”, anterior à instalação do chamado Processo Administrativo de Responsabilização. Eis aí outro foco de corrupção, pois de suas conclusões secretas pode decorrer o arquivamento do pedido de instalação do processo.
Esse novo produto de corrupção obviamente não está previsto na Lei Anticorrupção de 2013 que a presidente resolveu agora “regulamentar”. Essa lei, aliás, não comporta nenhuma regulamentação, na medida em que é autoaplicável a partir de 29/1/2014, abrangendo todos os crimes continuados de corrupção, caso dos listados na Lava Jato.
Mas não para aí o “regulamento presidencial”. Em cinco artigos propositadamente confusos, o diploma do Executivo limita a multa a 5% sobre o faturamento do último exercício das empresas corruptas. A Lei Anticorrupção, todavia, fala em até 20%. Derroga, portanto, o “ato presidencial” a Lei Anticorrupção também nesse aspecto.
Ademais, os cálculos de aplicação dessas multas com teto quatro vezes reduzido são propositadamente de alta complexidade para permitir que as empreiteiras consigam suspender e, em seguida, anular no Judiciário as decisões condenatórias que muito raramente os ilibados ministros de Estado lhes aplicarão.
ALIJAMENTO DO MP
Outro aspecto absurdo do “regulamento presidencial” é a tentativa de alijamento do Ministério Público das iniciativas de responsabilizar judicialmente as empresas corruptas, buscando outorgar essa competência de propositura de ação civil pública de reparação de danos a órgãos jurídicos da própria administração federal. Essa tentativa é risível.
Inúmeras outras manobras de absolvição plena das empreiteiras estão espalhadas ao longo texto do decreto de 19 de março.
Por outro lado, o próprio decreto reproduz a impossibilidade de firmar acordos de leniência a não ser com a primeira empreiteira componente do cartel que opera na Petrobrás.
ANISTIA A EMPREITEIRAS
Diante desse impasse, socorre-se o decreto do regime de conformidade (compliance), que é um dos fatores que passam a propiciar a anistia das empreiteiras.
Se elas instituírem o regime de conformidade poderão, inclusive, ser absolvidas sem o pagamento de nenhuma multa, o que é absolutamente contrário ao texto da Lei Anticorrupção.
Seria como alguém que praticou latrocínio deixar de ser condenado a 30 anos de prisão só porque fez profissão de fé numa igreja pentecostal prometendo seguir, a partir de agora, os ensinamentos da Bíblia Sagrada.
Por todo esse absurdo, a cidadania pede socorro ao Ministério Público para que requeira imediatamente ao Judiciário a anulação desse regulamento espúrio que procura derrogar, revogar, neutralizar e tornar letra morta a Lei Anticorrupção.

A PRESSÃO PRECISA CONTINUAR, PARA HAVER MUDANÇAS


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Escrito por Vitorio Midioli   
Ter, 24 de Março de 2015 08:57
O PMDB, acuado pelos indiciamentos do petrolão e assustado com as manifestações que encheram as ruas do país, pedindo impeachment e moralização, reagiu sem pestanejar durante a semana que passou. Ainda mais com a cabeça a prêmio de suas principais lideranças congressuais e de seus governadores.
Apresentou, na vigésima quinta hora da crise, propostas de austeridade que merecem ser levadas a sério. Cortar na carne dos governos e das administrações públicas despesas e gorduras.
Passou da hora de se fazer essa justiça. Soa, sem dúvida, pura demagogia saindo da boca de quem mais atuou (PMDB) para escancarar os cofres públicos ao assalto de quadrilhas. Última e recente proposta: conceder a cota de passagens para parentes de parlamentares. O acinte durou poucas horas, o suficiente para mostrar a indigência moral que assola o Congresso Nacional.
Resta entender a capacidade de um mesmo partido gerar propostas monstruosas e outras que seguem ao encontro do bom senso, tudo isso em poucos dias e sem mudar de paletó.
AUTORIDADE MORAL
Aperceberam-se, com milhões de pessoas nas ruas, de que falta autoridade moral aos governantes e à Corte para pedir mais sacrifícios ao contribuinte, exatamente a quem trabalha de verdade e dá sustento à nação. A sensação de ser roubado e feito de palhaço deixou de ser sentida apenas na classe média. As pesquisas apontam uma queda de popularidade do governo, que teve precedente nos piores momentos da história republicana, como foi a cassação do presidente Fernando Collor.
Os senhores parlamentares se atribuíram um aumento salarial de 50% a partir de fevereiro, outros aumentos de verbas de gabinete, ajudas de custos no mesmo índice, em cascata atingindo Assembleias estaduais e Câmaras municipais. Ainda se preparou um aumento de repasse de dinheiro público para as cotas dos partidos. Isso passando de R$ 1 bilhão a cada ano. Pouca-vergonha.
URGÊNCIA NA TRAMITAÇÃO
Há de se esperar que a proposta do PMDB avance, receba emendas e se aperfeiçoe, que a sociedade civil se mobilize e exija urgência e prazo máximo de 60 dias de tramitação para os cortes propostos. Mesmo que seja um lance demagógico de quem tem pouca moral, que se leve adiante.
A proposta é de que os ministérios sejam limitados por emenda constitucional ao número de 20. Já é um começo, apesar de existirem fórmulas de deixar tudo igual. As reduções deveriam ser orçamentárias e alcançar todos os Poderes e todas as instâncias.
É PRECISO CORTAR
O Poder Legislativo, que o PMDB preside no Congresso, virou um ralo por onde saem, a qualquer título entre os mais esfarrapados, salários estratosféricos, mordomias de figuras que apenas se dedicam a assaltar finanças públicas e montar mensalões.
Cortar em um terço os cargos do Legislativo e cortar pela metade seus orçamentos, a começar dos municípios, seguindo pelos Estados e subindo até o Congresso Nacional.
Cortar os cartões corporativos ou ao menos dar-lhes total transparência, assim como aos empréstimos do BNDES que vão para outros países bancar obras de infraestrutura que aqui faltam tanto quanto ou até mais que lá fora.
Obviamente não é tarefa fácil, mas a mobilização popular, apenas ela, poderá estimular a vergonha que até hoje faltou para termos um sistema mais justo.

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MAÇONARIA: PRIMEIRO SUPREMO CONSELHO DO REAA


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Escrito por Hercule Spoladore   
Seg, 23 de Março de 2015 17:00
As prováveis origens dos Graus Superiores na França estão ligadas a vários fatos e entre eles, o primeiro, cita-se o famoso Discurso escrito em 1737, por André Michel Ramsay escocês de nascimento, iniciado na Inglaterra, documento este, jamais apresentado em Lojas, por ter sido proibido pelo cardeal de Fleury (André Hercule de Fleury) que era ministro forte de Luiz XV, documento, onde Ramsay, atribuiria uma origem nobre à Ordem tentando encobrir as raízes da Maçonaria nos pedreiros livres e dando à mesma um sentido cavalheiresco, alem de insinuar uma reforma geral na Ordem.
O texto foi publicado no ano seguinte, de certa forma foi um incentivo posterior à criação de graus acima do grau 03. Em 1743, teriam sido criados os graus: Mestre Escocês, Noviço e Cavaleiro do Templo. Posteriormente houve a criação do Capítulo de Clermont, em 24 11.1754 também conhecido como o Colégio dos Jesuítas que pretendia praticar Altos Graus, criando sete graus, entidade de curta existência.
A febre de Altos Graus não parou por aí. Em 1758 ocorreu a fundação do Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente, Grande e Soberana Loja Escocesa de São João de Jerusalém ao qual juntou-se os remanescentes do Capítulo de Clermont estabelecendo-se um sistema de Altos Graus, chegando ao número de 25, chamados inicialmente de Graus de Perfeição depois constituindo-se em um Rito de Perfeição ou Rito de Heredon.
Em 20.09.1762 este Conselho aprovou uma carta chamada Constituição de Bordeaux à qual anexaram posteriormente adendos chamados Institutos, Estatutos, Regulamentos e instruções suplementares. Estes graus foram trazidos às Américas, e aqui tiveram uma boa aceitação No final do século XVIII a Maçonaria na França estava desorganizada em função da Revolução Francesa e também nas suas colônias como a das Antilhas a de São Domingos (hoje Haití) e outras. Entretanto, cerca de trinta anos antes, Irmãos franceses passaram por estas colônias encarregados de divulgar a maçonaria escocesa que teve origem na França.
Entre eles, o mais importante foi Etienne Morin que tinha uma Carta Patente de Grande Inspetor, fornecida pelo Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente em 27.08 l761. Morin encontrou na América uma Maçonaria já mais ou menos estruturada. Ele, teria outorgado o título de Grande Inspetor Geral Adjunto a 16 Irmãos e entre eles ao Irmão Hyman Long, o qual teria substabelecido o mesmo título à inúmeros Irmãos. Entre os maçons que residiam em São Domingos, estavam o Conde Alexandre François de Grasse Tilly,filho de herói que lutou pela independência americana e seu sogro Jean Baptiste Marie Delahogue, pessoa de grande influência na colônia. Lá pelos idos de 1793 ambos mudaram-se para os EE.UU., fugidos, após uma revolta de escravos, indo residir na Carolina do Sul em Charleston, onde posteriormente fundaram uma Loja em l795 “La Candeur” nº12 (A Candura) composta só de católicos franceses, a qual foi instalada em 24.05.1796 sendo Delahogue o seu primeiro Venerável. Em Charleston, já existiam outras onze lojas filiadas à Grande Loja da Carolina do Sul.
Logo depois os dois receberam um título de Inspetor Geral Adjunto fornecido pelo Irmão Hyman Long que fundara em 13.03.1796, um Consistório de Príncipes do Real Segredo e em 13.01.1797 um Grande e Sublime Conselho de Príncipes do Real Segredo. Refere Albert Pike que desde esta época, Grasse Tilly já alimentava a idéia de fundar uma Entidade que viria a ser o Supremo Conselho e acrescentar mais graus aos 25 já existentes. Ele e Delahogue, ambos franceses, foram atraídos a formarem parceria com outros Irmãos que trabalhavam no mesmo sentido, aliás, todos estrangeiros com exceção de James Moultrie que era o único americano. Os outros eram: Frederich Dalcho, inglês; Abrahan Alexander, inglês; Jonh Mitchel, irlandês; Thomas Bartholomew Bowen, irlandês; Moses Clava Levy, polonês; Emmanuel De La Motta, dinamarquês e Israel De Lieben, checoslovaco.
Grupo de homens capazes e inteligentes, que sabiam o que queriam. Como seria possível um grupo de estrangeiros fundar algo mais que uma loja maçônica em um país estranho? Pois é, eles fundaram um Supremo Conselho e um Rito. Diz-se que Grasse Tilly já em l797 teria assinado um documento como Grande Soberano Comendador e Delahogue como Lugar-Tenente através de um suposto Supremo Conselho numa possessão francesa nas Índias Ocidentais. Não há comprovação, e tal fato é também é contestado por vários autores. Acresça-se que em 1800 existiam cerca de dez lojas simbólicas em Charleston e três Corpos de Graus Superiores do Rito Francês a saber: uma Loja de Perfeição ( 4º ao l4º graus), um Grande Conselho de Príncipes de Jerusalém ( l5º e l6º graus) e um Grande Conselho de Sublimes Príncipes do Real Segredo ( l7º ao 25º graus) sabendo-se que, estes Corpos não iam além do grau 25, e estavam divididos em sete classes.
A situação foi evoluindo de tal forma que dias antes da fundação do l.º Supremo Conselho do Mundo, isto em 24.05.l801, formou-se um Conselho de Soberanos Grandes Inspetores, em Charleston, quando Grasse Tilly assinou patentes tornando todos os Irmãos mencionados, Grandes Inspetores Gerais, tendo outorgado o grau 33 para todos os irmãos citados os quais seriam considerados como fundadores do 1º Supremo Conselho. Os principais fundadores teriam sido Jonh Mitchel que foi o l.º Soberano Comendador do novel Supremo Conselho e Frederick Dalcho. Quanto a Grasse Tilly, ele próprio não assinou o documento oficial de fundação do l.º Supremo Conselho do Mundo (3l.05.1801). É lógico que o grupo providenciou modificações em cima do sistema de 25 graus do Rito de Heredon, estabelecidos em l758 pelo Conselho de Imperadores do Ocidente e do Oriente na França, e pela Constituição de l762 de Bordeaux, acrescentando mais oito graus e remanejando as sete classes de graus. Todavia, este Supremo Conselho trabalhou nos Graus Superiores do 4º ao 33º não se envolvendo com os três primeiros graus simbólicos.
Como sabiam de antemão que não teriam crédito no mundo maçônico pois eram apenas dez Irmãos quase todos estrangeiros, inventaram uma estória que apesar de estar muito bem esclarecida atualmente por todos os maçons estudiosos, ainda a maioria dos Grandes Inspetores Gerais atuais repetem-na freqüentemente como sendo uma história verdadeira, tendo o aval e mesmo a afirmação dos Soberanos Comendadores das maiorias dos Supremos Conselhos existentes no mundo e ainda constando dos rituais dos Altos Graus o personagem que abordaremos como o sendo o principal criador do Rito, sem no entanto ter sido.
Interessante que atualmente a maioria dos Irmãos pertencentes aos Graus Superiores crêem nesta estória achando que os fatos tenham realmente acontecido assim. Uma vez criado este Corpo, considerado o 1º Supremo Conselho-Mãe do Mundo, a sua organização levou cerca de um ano e meio para se estruturar, sendo que no final ano de l802, enviou uma circular redigida por Dalcho a todas Lojas e demais Corpos Maçônicos de Graus Superiores do mundo, informando que haviam acrescentado mais oito graus ao sistema até então conhecido, e que este Supremo Conselho havia sido organizado de conformidade com uma Constituição datada de 0l.05.1786 compilada e aprovada pelo Rei Frederico IIº, o Grande, da Prussia, fazendo o mundo maçônico crer que este Supremo Conselho existisse desde aquela data.
Esta afirmação, evidentemente daria credibilidade ao novo sistema o que realmente aconteceu, uma vez que Frederico da Prussia, além de Irmão, era uma figura política que inspirava confiança, pois era muito respeitado, já que forças mercenárias prussianas lutaram pela Independência dos EE.UU.
Situações bem ao gosto do patriota povo americano. Importante o discurso pronunciado pelo Grande Soberano Comendador do Supremo Conselho da França mais antigo da Europa, o Irmão Hubert Greven, em Florianópolis-SC em l4.09.2000 por ocasião da abertura da XXI Assembléia Geral Ordinária da Excelsa Congregação de Supremos Conselhos do REEA do Brasil. “A França é o berço do Rito Escocês Antigo e Aceito.
Os Altos Graus que o caracterizam nasceram lá em l743 com o grau de Mestre Escocês, assim chamado em homenagem aos maçons operativos da Escócia que tinham conservado os usos e tradições dos construtores “góticos” tornados obsoletos na Inglaterra e na França. No dia 27 de agosto de l761, a Grande Loja entregou a Etienne Morin, a caminho das Antilhas, Cartas Patentes de Grande Inspetor para as lojas francesas da América, que lhe davam poder para espalhar os “Sublimes Graus”.
Ele os organizou num Rito de Perfeição regido por Constituições que se davam por ter sido elaboradas em 1762 em Bordeaux e tendo como Padrinho, Frederico II, rei da Prussia. O Rito foi propagado nas colônias inglesas da América por “Deputy Inspectors General” de seu 25º e último grau ( Príncipe do Real Segredo), tendo seus poderes de Morin. Progressivamente , o Rito foi organizado segundo uma hierarquia de 33 graus. É desta forma que o Coronel Mitchel recebeu em Charleston, Carolina do Sul, comunicação de seu 33º grau e das Grandes Constituições deste grau datadas do dia 01.05.1786 e atribuídas miticamente sem dúvidas ao grande Frederico. Mitchel estabeleceu no dia 31.05.1801, o Supremo Conselho do 33º grau para os Estados Unidos da América que, no dia 21.02.l802 completava-se no número estatutário de nove membros cooptando dois(Deputy Inspectors General) franceses refugiados de São Domingos após a revolta dos escravos, o conde de Grasse Tilly e seu sogro Delahogue. O Rito Escocês Aceito e Aceito estava definitivamente organizado. Recebeu estes qualificativos porque o Supremo Conselho de Charleston admitia indiferentemente, nos graus Escoceses Mestres Maçons das duas Grandes Lojas rivais que existiam então na Carolina do Sul como na Inglaterra a Grande Loja dos Antigos Maçons de York e a Grande Loja dos Livres e Aceitos Maçons (modernos)”.
Entretanto, se formos fazer uma analise racional veremos que o nome do Rei Frederico IIº foi usado indevidamente e ainda se utilizaram de situações inventadas para dar corpo à estória. O original autêntico da tal Constituição de l786 nunca apareceu. Ela teria sido elaborada por Dalcho em sua maior parte com participação de Grasse Tilly, Delahogue e Mitchel e atribuída à Frederico da Prussia.
No preâmbulo da Constituição consta que “feito e aprovado no Supremo Conselho do grau 33 devida e legalmente estabelecido e congregado no Grande Oriente de Berlim em 0l.05.1786. Á este ato compareceu Sua Majestade Frederico Rei da Prussia, Soberano Comendador”. - Sabe-se que naquele ano de 1786 não se reuniu nenhum “Supremo Conselho” em Berlim. - Frederico IIº em 1786 estava semicomatoso há sete meses acamado, portador de doença crônica degenerativa alem de gota e hidropisia e faleceria em l7.08.l786. - Frederico IIº havia sido Grão-Mestre até l747 da Grande Loja “Três Globos Terrestres”. A partir daí praticamente cessaram suas atividades maçônicas. Em l766 quando a sua Grande Loja resolveu adotar o Rito da “Estrita Observância” ele retirou o título de protetor da mesma, da qual o era desde l740. - Não lhe eram simpáticos os Altos Graus. Considerava-os “ocos para vaidosos”. - Não definia a aludida Constituição atribuída ao Rei Frederico IIº a regulamentação dos graus intermediários, apenas criava o grau 33. Enfim, uma série de outras razões provam que Frederico IIº nada teve a ver com o 1º Supremo Conselho do Mundo criado em 1801. Arranjaram-lhe uma paternidade fictícia.
Frederick Dalcho conhecia a rivalidade existente entre o Sul e Norte dos EE.UU. Elaborando uma Constituição dando a autoria da mesma à Frederico, previu a possibilidade do aparecimento um segundo Supremo Conselho naquele país, e, se caso isso viesse acontecer este o 2º Supremo Conselho americano poderia seguir a “Constituição” de Frederico sem criar outra em função da referida rivalidade. Ficaria muito mais fácil aceitar a “autoridade” de Frederico que admitir uma constituição feita pelos seus Irmãos do Sul. Enfocaremos outro aspecto do assunto. Quantas lendas somos obrigados a aceitar na Ordem? A Maçonaria é pródiga em lendas mitos e controvérsias.
Temos a de Hiran, temos no Brasil a grande farsa do 20 de agosto que não conseguiu ser lenda, já que felizmente parece que não vingou, mas ainda existem muitos palestrantes e até Grão-Mestres repetindo o mesmo erro por esse Brasil afora, temos lendas em quase todos os Ritos, inclusive no Trabalho de Emulação (sistema inglês) a lenda do Príncipe Edwin só para citar algumas. Existem dezenas. Então transformemos a estória de Dalcho, Mitchel & Cia. em uma lenda. Ora, todos sabemos que o Rito Escocês Antigo e Aceito, salvo as controvérsias que existem em seu seio, os outros Ritos também as têm, é um sistema sincrético de maçonaria, que é vencedor e se expandiu. É organizado, tem uma linha de conduta, mesmo sendo eclético, tem metas, é universal e embora que minoritário com relação ao sistema inglês está firme, desempenhando seu papel na história da Maçonaria mundial. Quer dizer, o Rito Escocês Antigo e Aceito é uma realidade incontéste.
Vamos aceitar que Dalcho, Grasse Tilly, Delahogue, Mitchel talvez “quiseram apenas homenagear” ou quem sabe, usar a credibilidade que o Rei Frederico aparentementetinha, já que tinha sido Maçom, que enquanto ativo foi lúcido, mesmo não gostando dos Altos Graus, que era simpático à causa da Independência americana. Estão ai as qualidades do herói, que acabam com o tempo constituindo-se em um mito. E para se construir um mito, sabemos que as lendas não tem compromisso com a realidade. Elas valem pela mensagens que transmitem. E a de Frederico IIº preenche estes requisitos em termos americanos e mundiais.
Então aceitemo-la como uma lenda. Fica até simpático para o 1º Supremo Conselho do Mundo ter a sua lenda de origem, já que a quase maioria dos outros Ritos e outros Corpos de Altos Graus também as têm. No entanto, se tentarmos realizar uma revisão histórica e consertar esta distorção a confusão será muito maior. Se deu certo, deixemo-lo como está, e que Frederico seja uma lenda, um mito.
Afinal, nenhuma civilização, entidade ou organização sobreviverá se não tiver um mito próprio. Não se sabe ao certo porque criaram 33 graus. Alguns autores acham que Charleston está na latitude de 32 graus, 46 minutos e 33 segundos, vindo daí o número enigmático 33. Porem, é discutível esta explicação. Quanto ao Grande Selo escolhido, a águia bicéfala símbolo originado na cidade de Lagash na antiga Samária é um dos símbolos mais antigos do mundo, e já era usado desde l759 pelo Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente.
Quem a escolheu para um dos símbolos do Supremo Conselho foi Frederick Dalcho. A águia está em pleno vôo tendo na garra uma espada desembainhada e abaixo, solto, um listél, onde está escrito Deus Meunque Jus ( Deus e o meu Direito ) O segundo dístico que está acima das cabeças da águia Ordo Ab Chao ( Ordem no Caos). Grasse Tilly, apesar de não ter assinado o documento como fundador do 1º Supremo Conselho do Mundo, foi um dos seus criadores e estabeleceu um Supremo Conselho para as Ilhas Francesas da América no Cabo Francês - São Domingos – em 1802 e criou outro em Kingstone na Jamaica em 1803.
A partir daí voltou a França, fundando no dia 17.10.1804 em Paris, o primeiro Supremo Conselho do Grau 33 da Europa. Ainda estabeleceria em 1805 o Supremo Conselho da Itália, em 1811 o da Espanha e o dos Países Baixos em 1817. Conforme Dalcho havia previsto realmente houve problemas com os maçons do Norte. Em Nova York vários grupos se desentendiam.
O Irmão Joseph Cernau instalou um Sublime Consistório dos Príncipes do Real Segredo em 28.10. 1807 depois transformando este Corpo em “Supremo Conselho”,ir regular, por sua conta e risco. Em 1813 existiam em Nova York, cerca de cinco Altos Corpos Maçônicos, todos beligerantes entre si. Emmanuel de La Mota, um dos fundadores do 1º Supremo Conselho do Mundo (hoje em Washington DC) estando em Nova York para tratamento de saúde, viu como estavam as coisas por lá e, habilmente elevou vários Irmãos tidos como irregulares ao verdadeiro grau 33 e com estes Grandes Inspetores Gerais regulares fundou um segundo Supremo no Estados Unidos assim denominado Supremo Conselho dos Soberanos Grandes Inspetores Gerais do Grau 33 do Distrito Norte dos Estados Unidos,( hoje em Lexington MA) em 05.08.1813. Logo de início conseguiu trazer para este novo grêmio, aliás, regular, todas as facções em litígio, menos a de Cernau, a qual em 21.09.1813 foi considerada ilegal e irregular. As refregas não parariam por ai, até que em l828 houve uma divisão territorial entre ambos Supremos Conselhos americanos, mas não o término definitivo dos desentendimentos entre os dois Supremos Conselhos, o qual durou ainda muitos anos.
Hercule Spoladore LOJA DE PESQUISAS MAÇÔNICAS “BRASIL” Bibliografia Castellani, José “O Rito Escocês Antigo e Aceito – Doutrina e Prática Editora Maçônica “A Trolha” Ltda – Londrina – l988.

http://formadoresdeopiniao.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=30996:maconaria-primeiro-supremo-conselho-do-reaa&catid=66:templo&Itemid=136

 

domingo, 22 de março de 2015

PALOCCI, ENRIQUECIDO ILICITAMENTE, SERÁ INVESTIGADO POR MORO


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Escrito por Vera Rosa   
Qui, 12 de Março de 2015 09:10
Alvo da Operação Lava Jato, o ex-ministro Antonio Palocci enviou e-mail a ministros, empresários e amigos, negando envolvimento com o esquema de desvio de dinheiro na Petrobrás. Coordenador da campanha de Dilma Rousseff, na eleição presidencial de 2010, Palocci diz que a citação de seu nome no escândalo “não faz o menor sentido” e garante nunca ter tido contato, nem mesmo telefônico, com o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, que o denunciou em acordo de delação premiada.
“De qualquer forma, é mais uma batalha a ser vencida”, escreveu Palocci na mensagem eletrônica de 25 linhas. Ex-ministro da Fazenda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva e titular da Casa Civil durante cinco meses, no primeiro mandato de Dilma, ele será investigado pela Justiça Federal do Paraná no âmbito da Operação Lava Jato.
Palocci foi acusado por Costa de ter recebido R$ 2 milhões – cifra que seria fruto de propina em contratos da Petrobrás e intermediada pelo doleiro Alberto Youssef – para a campanha de Dilma, em 2010. O próprio Youssef, contudo, negou em sua delação que a quantia havia sido destinada à campanha presidencial de Dilma. Diante disso, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não viu indícios para a abertura de investigação contra a presidente.
“A BEM DA VERDADE”
“Pessoalmente gostaria de lhe transmitir, a bem da verdade, que os “fatos” apontados pelo Sr. Paulo Roberto Costa jamais ocorreram”, disse Palocci no e-mail, enviado a amigos e também a adversários do PT, como o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga.
O ex-ministro cita três pontos para sustentar que as acusações contra ele são inverídicas . “1. Na campanha presidencial de 2010 participei como um de seus coordenadores, mas não como tesoureiro; 2. Jamais conheci o Sr. Alberto Yussef (sic), não podendo fazer a ele esta ou qualquer outra solicitação, seja direta ou indiretamente; 3. Não estive, nem pessoalmente, nem em contato telefônico com o Sr. Paulo Roberto Costa no ano de 2010, ou mesmo no ano anterior, como já esclareci através da imprensa desde que este assunto surgiu”, insistiu Palocci.
O ministro Teori Zavascki, relator do processo da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu pedido de Janot e enviou o caso de Palocci à Justiça Federal do Paraná. A investigação será feita em primeira instância porque ele não tem mais foro privilegiado.
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NOTA DA REDAÇÃO
Palocci até agora tem dado sorte e escapado da cadeia, desde os tempos da prefeitura de Ribeirão Preto. Não foi denunciado no mensalão e abriu uma formidável “consultoria de empresas” (leia-se: tráfico de influência), da mesma forma como procederam Erenice Guerra, José Dirceu, Fernando Pimentel e Delúbio Soares. Ficou rico em apenas dois anos, vejam quanta eficiência. Agora vai ser investigado pelo juiz federal Sergio Moro, que não é de brincadeira. (C.N.)

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