|
|
|
Escrito por Leonardo Souza | ||
Ter, 24 de Fevereiro de 2015 08:36 | ||
O presidente da Petrobras, Aldemir
Bendine, deu carona para a socialite Valdirene Marchiori e mais dois
amigos num jato a serviço do Banco do Brasil na época em que era o
presidente do banco, segundo o depoimento de um ex-vice-presidente do
BB ao Ministério Público Federal. Bendine e o então vice-presidente da
área internacional do banco, Allan Toledo, viajaram para Buenos Aires
em missão oficial em 20 de abril de 2010, para concluir a aquisição do
Banco da Patagonia.
“Val Marchiori acompanhava Aldemir
Bendine, sendo que se tratava de avião pequeno. Neste voo foi um casal
de amigos de Bendine ou de Marchiori, além do próprio depoente e dois
pilotos”, disse Toledo em seu depoimento, prestado em novembro.
Três anos depois dessa viagem, Marchiori
obteve um empréstimo de R$ 2,7 milhões do Banco do Brasil para sua
empresa, numa operação que contrariou normas internas do banco e se
tornou alvo de investigação do Ministério Público e inquérito da
Polícia Federal.
“COINCIDÊNCIA…”
Na viagem a Buenos Aires, Bendine e
Marchiori ficaram hospedados no mesmo hotel, o Alvear, um dos mais
caros da capital argentina. No ano passado, questionado pela Folha se o
Banco do Brasil havia custeado a estadia da amiga, Bendine negou que
os dois tivessem viajado juntos e disse que sua presença no mesmo hotel
foi coincidência.
Toledo não deixou claro no depoimento em
qual trecho da viagem Marchiori foi no avião com os executivos. Três
ex-dirigentes do BB que pediram para não ser identificados disseram à
Folha que Marchiori e seus amigos estavam no voo de volta ao Brasil.
A assessoria do Banco do Brasil negou na
quinta-feira (19) que Marchiori tenha voado no avião usado por
Bendine. O jato pertencia ao Banco da Patagonia e foi emprestado para o
Banco do Brasil, que controla quase 60% do capital do banco argentino.
DINHEIRO VIVO
O inquérito em que Toledo foi ouvido foi
aberto pelo Ministério Público para investigar denúncias do motorista
Sebastião Ferreira da Silva, que trabalhou para Bendine por quase seis
anos e diz ter transportado dinheiro vivo para ele em várias ocasiões.
Ferreira mencionou Toledo e a viagem a
Buenos Aires em um depoimento, e por isso os procuradores intimaram o
ex-vice-presidente do banco para que fosse ouvido na condição de
testemunha.
Um dos principais objetivos da
investigação é apurar se a amizade entre Bendine e Marchiori resultou
em mau uso dos recursos do banco, o que caracterizaria crime de
improbidade administrativa. Bendine afirma que não participou da
liberação do empréstimo do BB para a socialite.
O motorista disse ao Ministério Público
que, a pedido de Bendine, levou Marchiori a diversos endereços em São
Paulo, em carros oficiais do banco, na época em que trabalhou para ele,
até 2013.
HOSPEDADOS NO COPA…
Uma semana após a viagem a Buenos Aires,
Bendine e a socialite se hospedaram no Copacabana Palace, no Rio. Dois
ex-dirigentes do BB disseram à Folha que o banco pagou a estadia de
Marchiori. Bendine e o BB negam.
O advogado de Toledo, José Roberto
Batochio, afirmou que seu cliente não daria entrevista por tratar-se de
assunto em segredo de Justiça.
Desafeto de Bendine, Toledo foi afastado
do BB em 2011, quando um depósito milionário em sua conta o tornou
alvo de suspeitas. Toledo justificou o depósito mais tarde e decidiu
processar o banco na Justiça, acusando-o de quebrar seu sigilo
bancário.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É o governo mais estranho de todos os tempos. Coloca no Banco do Brasil um banqueiro (Bendine), que faz poupança no colchão e compra imóvel com dinheiro vivo. Coloca na Petrobras um executivo (Gabrielli) que não acredita na própria gestão, investe mais de R$1 milhão na Bolsa e só compra R$ 250,00 em ações da estatal. Depois que isso tudo é público e notório, o governo coloca na Petrobras o banqueiro do colchão, que só agora falta levar a “amigona” Val Marchiori para a diretoria. E Dilma ainda acha injusto sofrer impeachment. (C.N.) |
WWW.BANQUETEMACONICO.COM.BR
Nenhum comentário:
Postar um comentário