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Escrito por Marcio Falcão e Rdnier Bagon |
Sex, 06 de Fevereiro de 2015 08:28 |
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), assinou nesta quinta-feira (5) o ato de criação de uma nova
CPI na casa para investigar as irregularidades na Petrobras.
A CPI terá 27 integrantes e será
dominada pela base governista, que vive um momento delicado com o
Palácio do Planalto, após ter imposto uma derrota histórica ao governo
com a eleição de Cunha.
Os partidos que apoiaram a eleição de
Cunha terão 11 vagas, sendo que neste grupo há partidos governistas e
oposicionistas. O bloco do PT, que reúne PSD, PR e Pros, ficarão com
oito vagas. PSDB, PSB, PPS e PV terão direito a seis indicações. O PDT,
que não fez aliança para a disputa do comando da Casa, ficará com uma
vaga. Há ainda uma vaga de rodízio reservada para partidos nanicos.
O PMDB e o PT, as maiores bancadas, devem disputar o comando da CPI –sendo que cada um terá três vagas.
O presidente da Câmara afirmou que o
PMDB tem preferência para escolher entre a presidência e a relatoria da
CPI. A relatoria é o cargo mais cobiçado porque dá o ritmo das
investigações e tem a atribuição de apresentar o relatório final.
Cunha, no entanto, disse não acreditar em um novo embate entre PT e PMDB pela direção dos trabalhos.
O peemedebista afirmou ainda que os
partidos terão até a próxima semana para indicar os integrantes da
comissão, que passará a funcionar depois do Carnaval.
Questionado sobre a crítica do ministro Pepe Vargas (Relações Institucionais) de que as CPIs perderam protagonismo,
Cunha evitou um embate, mas defendeu que há apoio partidário para a
criação. “A crítica é dirigida aos 182 parlamentares que assinaram a
CPI. Não é dirigida a mim.”
O governo é contrário a uma nova
apuração sobre irregularidades na estatal, pois acredita que isso
poderia ampliar o desgaste da empresa e do Planalto, além de ainda
servir de palco para a oposição.
Assistiu, porém, a 52 deputados governistas viabilizarem o pedido para a CPI,
ao lado da oposição. Ao todo, 182 deputados assinaram o requerimento.
Para a comissão ser viabilizada, são necessárias 171 assinaturas.
MOVIMENTAÇÃO
Na eleição de Cunha para o comando na
Câmara, há consenso que dissidências no PR, PDT e PSD ajudaram a impor a
derrota ao Planalto.
Governistas dizem que o movimento em
siglas da base foi motivado para pressionar o governo sobre demandas
para indicação de aliados em cargos do segundo escalão.
A criação da CPI mobilizou a nova
liderança do governo na Casa. José Guimarães (PT-CE), que assumiu o
posto na terça (3), reuniu oito partidos e cobrou unidade na base.
De acordo com os relatos, o petista evitou enquadrar os aliados, mas reforçou a necessidade de entendimento.
Isolado na Casa, o PT também decidiu
reagir e apresentou outros de CPIs. A estratégia é bloquear a fila para
impedir que os pedidos da oposição ganhem espaço.
http://formadoresdeopiniao.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=30528:cpi-da-petrobras-ja-esta-criada-e-so-falta-indicar-os-integrantes&catid=77:politica-economia-e-direito&Itemid=132
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