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Escrito por Carlos Chagas |
Sex, 06 de Fevereiro de 2015 08:28 |
Quatro dias depois de reeleito para a
presidência do Senado, entre afirmações de concórdia e entendimento,
Renan Calheiros põe as unhas de fora. Manobrou para que o restante da
mesa fosse composto apenas por governistas, como ele. Alijou PSDB, DEM e
PSB de participarem nos diversos cargos, conforme o princípio da
proporcionalidade. Ouviu críticas e ameaças veementes, como as de Aécio
Neves, retrucou no mesmo tom, mas deixou, como resultado, o
encilhamento do Senado pelo palácio do Planalto. Se as oposições não
podem sequer integrar o conjunto que dirigirá a casa, que outro caminho
lhes restará senão comparecer às sessões armadas de tacape e borduna.
Dias tenebrosos são previstos, porque mesmo fora da mesa, esses
partidos encontrarão no regimento interno e na Constituição mecanismos
para infernizar a vida de seu presidente.
Tanto faz, mas a verdade é que Renan
comprou uma briga desnecessária. Acirrou os ânimos numa casa conhecida
por ações de entendimento e concórdia. Poderá arrepender-se.
A ORDEM DOS FATORES
Na Câmara, a ordem dos fatores não
altera o produto, no caso, o choque igualmente perigoso entre oposição e
governo. Só que as hostilidades contra o palácio do Planalto são
equacionadas pelo novo presidente, Eduardo Cunha. Ele prepara uma série
de cascas de banana para os governistas escorregarem, apesar de na
teoria integrar o PMDB, partido da base oficial. Da formação de uma CPI
para investigar a lambança na Petrobras à votação da reforma política,
o deputado fluminense rejeita tornar-se aliado de Dilma. Fala em
independência, mas é adversário. Foi para a briga e ganhou, com sua
eleição.
http://formadoresdeopiniao.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=30529:o-encilhamento-do-senado-pelo-planalto&catid=77:politica-economia-e-direito&Itemid=132
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