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Escrito por Carlos Chagas |
Seg, 04 de Agosto de 2014 09:00 |
Completam-se 60 anos, este mês, da
maior tragédia sofrida pela República brasileira desde sua proclamação.
Dia 24 a nação deveria parar para reverenciar aquele que foi o maior
de nossos presidentes e decidiu,com um tiro no peito, mobilizar as
forças populares e operárias que havia redimido ao longo de décadas
anteriores e se encontravam prestes a perder boa parte de seus
direitos. O sacrifício de Vargas adiou por mais dez anos a cupidez das
elites. Seus herdeiros, a começar por João Goulart, em 1964,
assistiram o inicio do desmonte das estruturas sociais que dali por
diante os sucessores promoveram. Registram-se, também agora, os 50 anos
da queda da democracia que levará 21 para restabelecer-se. Mas sem
trazer de novo em sua plenitude as conquistas anteriores.
Quando, na madrugada do dia 24, o velho
presidente percebera a armadilha em que o tinham prendido, desencadeou
a libertação não apenas de seus esforços anteriores e dele próprio,
mas o petardo que fez tremer por mais uma década os alicerces dos
privilegiados. Deixou o documento que sem sombra de dúvidas inscreve-se
no rol dos mais contundentes libelos libertário de nossa História.
Ei-lo:
“Mais uma vez as forças e os
interesses contra o povo coordenam-se e novamente se desencadeiam sobre
mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam, e não me dão o
direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha
ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e
principalmente os humildes. Sigo o destino que me é imposto. Depois
de decênios de domínio e espoliação de grupos econômicos e financeiros
internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o
trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive
de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. À campanha
subterrânea dos grupos internacionais aliou-se a dos grupos nacionais
revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros
internacionais foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do
salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar a liberdade na
potencialização da Petrobrás. Mas esta começa a funcionar, a onda de
agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não
querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja
independente.
Assumi o governo dentro da espiral
inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das
empresas estrangeiras alcançavam até 500% a ano. Nas declarações de
valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100
milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso
principal produto. Tentamos defender o seu preço e a resposta foi
uma violenta pressão sobre a nossa economia, a ponto de sermos
obrigados a ceder.
Tenho lutado mês a mês, dia a dia,
hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo
suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para
defender o povo que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso
dar a não ser o meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de
alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em
holocausto a minha vida .Escolho este meio de estar sempre convosco.
Quando vos humilharem, sentireis a minha alma sofrendo ao vosso lado.
Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia
para a lutar por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem,
sentireis no meu pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos
manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota do
meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a
vibração sagrada para a resistência. Ao ódio, respondo com o perdão. E
aos que pensam que me derrotaram, respondo com a minha vitória. Era
escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de
quem fui escravo jamais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará
para sempre em sua alma e meu sangue será o preço de seu resgate.
Lutei contra a espoliação do Brasil.
Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O
ódio, a infâmia, a calúnia não abateram o meu ânimo. Eu vos dei a
minha vida. Agora, ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente,
dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para
entrar na História.”
Sessenta anos não são nada na história
do mundo. Esse documento continua atual, presente e necessário. Algum
candidato presidencial terá coragem de repeti-lo em sua campanha?
Fonte: Tribuna da Impresa
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