segunda-feira, 31 de março de 2014

DIRETORES E CONSELHEIROS DA PETROBRAS PRECISAM SER PUNIDOS DE FORMA EXEMPLAR


PDF Imprimir E-mail
Escrito por Carlos Newton   
Sáb, 29 de Março de 2014 08:59
Em recente artigo aqui na Tribuna da Internet, o jurista Jorge Béja confirmou que todos os dirigentes e conselheiros da Petrobras que aprovaram a aquisição da refinaria de Pasadena podem ser responsabilizados judicialmente.

Explicou que se trata de um caso de responsabilidade solidária, em que se pode exigir (de um, de uns e/ou de todos os responsáveis solidários) que prestem as informações a respeito do fato e que o reparem da forma mais ampla e abrangente quanto possível.
Esclarecido pelo Dr. Béja este importante aspecto jurídico, podemos então buscar os principais envolvidos – aqueles cujas atuações foram fundamentais para que a negociata se concretizasse, porque qualquer um deles, individualmente, poderia tê-la inviabilizado.
FORMAÇÃO DE QUADRILHA
Houve três elementos fundamentais nessa formação de quadrilha. Os principais envolvidos foram o diretor internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, o diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa (que está preso por lavagem de dinheiro em outra jogada), e o diretor jurídico, a terceira peça-chave nessa negociata, cujo nome estranhamente continua fora do noticiário. Além desses três dirigentes, também participaram diretamente da armação do golpe os chefes de departamento que então assessoravam essas três diretorias da estatal.
Qualquer um desses seis personagens tinha condições de evitar esse crime de lesa-pátria. A negociata só foi em frente porque todos eles a aprovaram previamente, antes de enviar o projeto ao Conselho de Administração. Nenhum dos seis esboçou a menor reação, todos foram coniventes, embora a análise da primeira negociação, no valor de 360 milhões de dólares, tenha sido totalmente irregular e executada num prazo-relâmpago de apenas 20 dias, totalmente fora do padrão.
Numa empresa-gigante como a Petrobras, acostumada a negócios bilionários, nenhuma norma de segurança jurídico-administrativa foi obedecida nesse caso específico do sucatão de Pasadena. A conivência e a leniência reinaram, absolutas.
PUNIÇÃO A TODOS
Todos os seis executivos diretamente envolvidos precisam de punição exemplar. Quanto aos membros do Conselho de Administração, então presidido por Dilma Rousseff, também merecem ser punidos, pelo alto grau de irresponsabilidade com que atuaram no episódio.
A meu ver, todos os conselheiros deveriam ser proibidos de exercer função pública, no mínimo. Inclusive a própria Dilma Rousseff, aquela que se diz “gerentona”, mas demonstra uma incapacidade administrativa realmente estarrecedora.
Mas do jeito que está o país, dificilmente acontecerá alguma punição. Podem apostar.

Fonte: Tribuna da Internet


Última atualização em Sáb, 29 de Março de 2014 09:20

Nenhum comentário:

Postar um comentário