quinta-feira, 16 de abril de 2015

INVESTIGAÇÃO POSTERGADA REFORÇA POSSIBILIDADE DE IMPEACHMENT, ANALISA AÉCIO


O presidente do PSDB, Aécio Neves, afirmou neta terça-feira que o fato de a Controladoria Geral da União, subordinada à Presidência da República, ter postergado para depois da eleição o início de uma investigação de pagamento de propina envolvendo diretores da Petrobras, constitui “certamente,  um motivo extremamente forte” em favor da tese do impeachment de Dilma Rousseff. E acrescentou: “É o Estado utilizado, como foram as empresas públicas, de forma criminosa, a serviço de um projeto de poder. Os fatos falam com muito mais poder do que qualquer líder da oposição. E esses fatos podem levar tudo isso a um novo desfecho.”
INVESTIGAÇÃO POSTERGADA REFORÇA POSSIBILIDADE DE IMPEACHMENT, ANALISA AÉCIOPara lembrar: Jonathan Taylor, ex-funcionário da SBM Offshore, informou à Folha ter entregado à CGU, no dia 27 de agosto do ano passado, as evidências de pagamento de propina a diretores da Petrobras. O órgão resolveu apurar o caso apenas na segunda quinzena de novembro, depois do segundo turno.
Mas os tucanos, afinal, defendem ou não um pedido de impeachment de Dilma? O senador responde: “O PSDB não tem essa decisão tomada. Existe um sentimento na sociedade majoritariamente nessa direção, como as últimas pesquisas nacionais atestaram: mais de 60% da população, mas o PSDB tem uma responsabilidade institucional, enquanto partido político, e nós estamos discutindo absolutamente todas as alternativas. Não existe uma posição até este momento, pelo menos do PSDB, de protocolar institucionalmente o pedido de afastamento da presidente, mas estamos examinando sim, em razão da sucessão de denúncias de irregularidades cometidas na eleição (…)!
O jurista Miguel Reale, no momento, avalia as acusações e indícios que há contra Dilma e as possibilidades técnicas e jurídicas para concluir se está caracterizado o crime de responsabilidade da presidente Dilma. Diz Aécio: “Nós temos a obrigação de avaliar todas as alternativas, e o impeachment, como já disse antes, não é uma palavra proibida. Impeachment não é golpe, impeachment é uma previsão constitucional.”
Temer e reforma política
Quando apenas presidente do PMDB — e vice-presidente da República, sem função governamental —, Michel Temer havia convidado Aécio e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para debater a reforma política. Ocorre que o vice passou a ser o coordenador político do governo. O status mudou, e as circunstâncias também. A conversa, diz Aécio, agora tem de ser com o partido. Para o senador tucano, esta é a última chance de fazer uma reforma, já com o número escandaloso de 28 partidos. Daqui a pouco, podem ser 40. E, aí, não se muda mais nada mesmo.
Economia
O presidente do PSDB também de manifestou sobre os péssimos números da economia brasileira, segundo análise do FMI divulgada nesta terça: “No momento em que o mundo acena para um crescimento acima de 3,5%, cresceremos, durante o período do segundo mandato da atual presidente, zero. Essa é a média que os analistas fazem. Fruto do quê? De crise internacional que já não existe? Fruto da seca? Não, fruto da irresponsabilidade de um governo, que, mesmo sabendo dos equívocos que havia cometido, não corrigiu os rumos quando precisava corrigi-los. E, hoje, o custo será pago principalmente pelos brasileiros que menos têm”.
Por Reinaldo Azevedo

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