segunda-feira, 27 de abril de 2015

MINEIROS REAGEM INDIGNADOS AO INSULTO DO GOVERNADOR PIMENTEL

O Estado de Minas está vivo! Que bom! No dia 21 de abril, o governador Fernando Pimentel (PT), afrontando o bom senso, a lógica e a história, entregou a Grande Medalha da Inconfidência a João Pedro Stédile, o chefão do MST, um movimento que já não se preocupa nem em esconder os crimes que pratica porque sabe que encontrará interlocução nos gabinetes da República — entre eles, o da Presidência. Integrantes da Assembleia Legislativa e representantes do agronegócio, da indústria e do comércio de Minas reagiram à afronta. Parlamentares de oposição protocolaram um projeto de resolução que susta os efeitos do ato que condecorou um homem que nutre notório desprezo pela democracia.
MINEIROS REAGEM INDIGNADOS AO INSULTO DO GOVERNADOR PIMENTEL“A rigor, até, se ele, o sr. João Pedro Stédile, possuir alguma notoriedade em seu saber, ela o é criminal”, afirma o líder do Bloco Verdade e Coerência, Gustavo Corrêa (DEM), segundo informa o Estadão.
Pimentel concedeu ainda o Grande Colar da Inconfidência ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, o que também foi alvo de críticas. Segundo Corrêa, isso “demonstrou, claramente, o alinhamento do governo do Estado com os interesses do Partido dos Trabalhadores”. O que eu acho? Ora, penso que o deputado está certo nos dois casos. Critiquei aqui as condecorações num post do dia 22.
A reação à absurda homenagem feita por Pimentel a Stédile não se limitou à Assembleia. Nesta quinta, os principais jornais do Estado publicaram uma nota de repúdio em nome de seis federações, a saber: da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), das Associações Comerciais e Empresariais do Estado (Federaminas), das Empresas de Transportes de Carga (Fetcemg), das Indústrias (Fiemg) e das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL-MG). Assinam ainda o texto a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Belo Horizonte; a Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas); o Centro Industrial e Empresarial (Ciemg) e o Sindicato e Organização das Cooperativas (Ocemg).
Diz a nota:
As entidades empresariais de Minas Gerais manifestam sua mais enfática estranheza diante da decisão do governo do estado de outorgar Comenda a quem comanda ações reprováveis de movimentos à margem da lei, particularmente o MST, cujos objetivos, acintosamente, violam os mais elementares princípios democráticos.
Ao renovar o inarredável compromisso com a lei e a ordem, as entidades abaixo assinadas reiteram a disposição de repelir iniciativas dessa natureza e reafirmam a necessidade de respeito à cultura e ao caráter dos homens e mulheres de Minas Gerais.
Reiteram, igualmente, a confiança de que o ideário dos Inconfidentes ­ de justiça, paz e desenvolvimento – prevalecerá sobre o autoritarismo, a violência e a ilegalidade, inspirando as decisões das autoridades constituídas no sentido de construir um país justo e democrático.
Retomo
É evidente que a medalha concedida a Stédile tem de ser cassada. Minas não pode condecorar um homem que, abertamente, não reconhece os fundamentos do Estado de Direito, sobre os quais se sustenta o próprio ente que o condecorou.
Não se trata de ser contra a reforma agrária ou a favor dela — as posições podem se dividir, e todas elas são legítimas. Trata-se de ser contra a prática contumaz e organizada de crimes em nome de tal causa. Ninguém tem licença especial para tanto, até onde se sabe. E muito menos deve ser condecorado por isso.
Ao homenagear Stédile, o governador Fernando Pimentel dá um tapa na cara dos brasileiros — e dos mineiros em particular — que lutam para ganhar a vida honestamente, respeitando as leis do país, democraticamente pactuadas. Pior do que isso, ele também consagra um método de resolução de divergências: a violência.
A reação dos mineiros ao insulto de Pimentel é mais um sinal de que algo de novo está em curso no país. Os petistas, felizmente, ainda não perceberam.
Texto publicado originalmente às 4h28
Por Reinaldo Azevedo

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