quarta-feira, 15 de abril de 2015

PIADA DO ANO: CGU NÃO ATRASOU INVESTIGAÇÃO ATÉ DEPOIS DA ELEIÇÃO

André Richer
Agência Brasil
Os ministros Valdir Simão (Controladoria-Geral da União) e José Eduardo Cardozo (Justiça) negaram hoje (14) que tenha havido acobertamento sobre denúncias de pagamento de propina pela empresa SBM Offshore na Operação Lava Jato. De acordo com os ministros, o caso começou a ser investigado pela CGU em fevereiro do ano passado e não houve interrupção durante o período eleitoral.
PIADA DO ANO: CGU NÃO ATRASOU INVESTIGAÇÃO ATÉ DEPOIS DA ELEIÇÃOEm entrevista ao jornal Folha de São Paulo, publicada nesta terça-feira, Jonathan David Taylor, ex-diretor da SBM, disse que delatou o esquema de pagamento de propina à CGU e, em agosto do ano passado, entregou documentos para comprovar as acusações.
Pelo fato da investigação do órgão ter terminado em novembro, após o período eleitoral, Taylor declarou ao jornal que a conclusão a que chegou é que “queriam proteger o PT e a presidenta Dilma”.
HAVIA SUSPEITAS…
Durante entrevista à imprensa, Simão e Cardozo explicaram que os documentos repassados pelo delator não foram incluídos na investigação por causa das suspeitas sobre a licitude das informações.
Em agosto de 2014, o delator entrou em contato com o órgão e, em outubro, uma comitiva de servidores viajou à Inglaterra para encontrá-lo. Segundo a CGU, ele perguntou aos integrantes da comitiva se receberia recompensa financeira pelas informações.
“Toda a documentação apresentada foi analisada pelos nossos técnicos e nenhum dos documentos foi utilizado para conclusão do processo de investigação, porque não havia segurança da licitude daqueles documentos. Para não colocar em risco o processo investigativo e também uma eventual punição à empresa, a decisão dos servidores foi de não utilizar os documentos”, esclareceu Simão.
ELEIÇÃO NÃO INFLUIU…
De acordo com a CGU, as investigações preliminares sobre a SBM Offshore começaram em março de 2014 e terminaram em novembro de 2014, com a abertura de processo responsabilizando a empresa.
O ministro José Eduardo Cardozo afirmou que o processo preliminar de investigação não sofreu alterações por causa do período eleitoral.
“Gostaria de repelir com veemência qualquer afirmação, insinuação ou ilação de que possa ter havido qualquer acobertamento, do ponto de vista da indicação e da eventual instauração de inquérito punitivo, em relação à empresa. Temos trabalhado em conjunto nessa investigação desde que os primeiros fatos foram denunciados. Quem quer acobertar não investiga. Quem quer protelar não toma as medidas que foram tomadas”, acrescentou Cardozo.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
É odiosa essa tática de denegrir quem faz acusações ao governo. Dizer que o delator indagou se receberia recompensa financeira é estarrecedor. Como se pode acreditar que um executivo deste gabarito tenha perguntado se o governo iria recompensá-lo por estar denunciando o próprio governo? Deve ser mais uma candidatura ao troféu Piada do Ano. Só pode ser isso. (C.N.)

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