terça-feira, 12 de agosto de 2014

DISCURSO VAZIO CAUSA DECEPÇÃO AO EMPRESARIADO


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Escrito por Vicente Nunes   
Ter, 05 de Agosto de 2014 08:49
Se o Palácio do Planalto apostava em uma distensão na relação da presidente Dilma Rousseff com o empresariado, depois da sabatina promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), é melhor não se entusiasmar muito. Assim que a candidata petista à reeleição encerrou a participação no evento, o consenso entre os presentes foi de que, mais uma vez, a decepção imperou.
Além de não apresentar propostas concretas sobre o que será o seu eventual segundo governo, Dilma não conseguiu dissipar dúvidas importantes a respeito de questões prementes — como os reajustes da conta de energia e da gasolina —, que estão na base do pessimismo que empurra a economia para a recessão. “Saímos da apresentação da presidente com as mesmas indagações que entramos”, diz um integrante do alto escalão da CNI.
A perspectiva era de que Dilma aproveitasse a proximidade com o empresariado — do qual se manteve distante em quase todo o mandato — para apresentar propostas efetivas a fim de reverter o péssimo desempenho da indústria, que contabiliza quatro trimestres consecutivos de retração. Pelo contrário. Ela usou parte de seu tempo na sabatina para reforçar que, não fossem as ações de seu governo, como a desoneração da folha de salário e os empréstimos subsidiados concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o setor estaria pior do que está.
FRUSTRAÇÃO
No mercado financeiro, também houve frustração com a fala presidencial. “Dilma até sinalizou que, se for reeleita, fará mudanças em seu governo. Mas não deu detalhes. Se ela realmente quer reverter o pessimismo que tanto critica, deve ser mais clara no discurso”, ressalta Eduardo Velho, economista-chefe da INVX Global Partners. “Que reformas ela encampará? Reduzirá a intervenção no setor elétrico e na Petrobras? Qual será a política econômica a partir de 2015? Nenhuma dessas questões foi respondida”, acrescenta.
Os dois principais candidatos da oposição, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), cumpriram, na avaliação do empresariado, um papel protocolar. Não decepcionaram, mas também não empolgaram como se esperava, ainda que tenham sido bem aplaudidos no fim da sabatina. Para os industriais, os dois precisam dar transparência aos programas econômicos e reforçar o compromisso com reformas, sobretudo a tributária e a trabalhista, para garantir maior dinamismo à economia.
“O discurso da oposição está começando a encorpar. Mas, para convencer a maior parte do eleitorado de que merecem vencer a disputa de outubro, tanto Aécio quanto Campos precisam indicar caminhos seguros de que a mudança de governo não será uma aventura”, assinala um executivo do ramo siderúrgico. “Foram justamente as aventuras do atual governo, como a nova matriz econômica, que aceitou mais inflação para garantir crescimento maior, que nos levaram para o atoleiro”, complementa Eduardo Velho.
MEDO DE REPRESÁLIAS
» Um dado interessante observado pelos presentes na sabatina com os presidenciáveis promovida pela CNI: os empresários que fizeram as perguntas para a presidente Dilma mostraram grande nervosismo. Nem de longe pareceram os executivos que, nos bastidores, cobram, de forma enérgica, medidas para salvar a indústria. Alguns até gaguejaram, como se temessem afrontar a presidente e serem vítimas de respostas nada lisonjeiras da candidata petista à reeleição.

Fonte: Tribuna da Internet



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