segunda-feira, 25 de agosto de 2014

NO XADREZ DE MARINA, APESAR DO ROQUE, SÓ O XEQUE-MATE RESOLVE



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Escrito por Carlos Chagas   
Qua, 20 de Agosto de 2014 09:00
Existe no xadrez um artifício chamado “roque”, quando um dos contendores troca de lugar o rei pela torre, pulando por cima de outra peça e isolando a maior figura coroada de sua equipe, protegendo-a ao menos por alguns lances. Na sucessão presidencial em curso, forçada pela necessidade absoluta de entrar e continuar no jogo, Marina Silva acaba de “rocar”, isto é, livrar-se dos ataques iniciais dos peões adversários, ficando por algum tempo a salvo de investidas do outro lado. A  necessidade é de preservar-se nesses primeiros lances, quando virou candidata presidencial. O problema é que o “roque” consiste em manobra defensiva, quando se sabe que para dar o xeque-mate no oponente será preciso avançar.
O que fará a ex-ministra e senadora para depois de ficar momentaneamente a salvo na batalha, traçar a estratégia que a levará  da defesa ao ataque? Sabe que nem Dilma nem Aécio parecem dispostos a atirar a primeira pedra sobre ela, ao menos no início da nova fase da disputa presidencial.
De início, precisará calcular como, nesse estranho tabuleiro de três conjuntos de peças em luta, atingirá sua principal adversária, Dilma Rousseff, pondo fora de combate bispos, cavalos, torres e peões governistas. É preciso levar a contenda ao campo oposto, até com agressividade. Melhor estratégia não haverá senão demonstrar erros e recuos praticados pela administração dos companheiros. Apontar onde falharam os propósitos do PAC 1 e como são aleatórios e fugazes os projetos do PAC 2. Quanto se gastou inutilmente no desvio das águas do rio São Francisco, por exemplo, e quanto se perdeu com a privatização de portos, aeroportos e rodovias.  Quais os resultados obtidos pelo palácio do Planalto no combate à corrupção? O que foi feito para interromper a escalada da impunidade? E para a preservação do meio ambiente, em especial na Amazônia?
GUERRA AO PT
Sem poder sofrer ataques por haver-se desligado da administração federal ainda no governo Lula, a candidata agora socialista sabe da importância de declarar guerra ao PT, muito mais do que apenas defender-se. Denunciar que além de esmolas assistencialistas, os governos Lula e Dilma não avançaram um centímetro na ampliação dos direitos do trabalhador ou na defesa das investidas vitoriosas dos conservadores.
Se verdadeiros os números positivos expressos na primeira pesquisa efetuada depois da morte de Eduardo Campos, fazendo-a vencer Aécio na simulação do primeiro turno, e Dilma no segundo, Marina tem consciência da importância de criar e sustentar um cerco implacável à cidadela oficial. Precisa de argumentos poderosos para demonstrar o fracasso da administração petista e, em seguida, alinhar suas soluções para o futuro do pais. Tudo em menos de um mês e meio. E sem descuidar do flanco por onde atacará Aécio Neves.
São Paulo e Minas constituem terreno escarpado e hostil a Marina, estados infensos a deixar-se envolver pela rede de mudanças sociais e econômicas profundas com que ela poderia envolvê-los. Eduardo Campos percebeu a importância de sentar praça na Pauliceia, mas sua tática era de aderir primeiro para conquistar depois, dificilmente capaz de ser adotada pela candidata.
De todas essas vãs considerações, emerge uma necessidade fundamental: Marina precisa elaborar imediatamente seu plano de governo, quer dizer, de candidata, com a dificuldade adicional de não contrariar nos fundamentos o que havia sido traçado por quem agora está substituindo. Em suma, um jogo de xadrez para gente grande…

Fonte: Tribuna da Internet


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