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Escrito por Natuza Nery, Adréia Sadi e Mariana Haubert |
Ter, 03 de Março de 2015 08:40 |
Depois de o ex-presidente Lula se
encontrar com peemedebistas e ouvir reclamações do tratamento
dispensado pelo governo ao PMDB, a presidente Dilma Rousseff convidou a
cúpula do partido para um jantar esta segunda-feira.
Desde a reeleição de Dilma, o PMDB tem
se queixado da falta de interlocução com a presidente e de acesso às
decisões centrais do governo. Além do vice Michel Temer, serão
recebidos hoje por Dilma no Palácio da Alvorada os presidentes do
Senado, Renan Calheiros (PMDB), e o da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB).
Renan afirmou que os peemedebistas
disseram a Lula que o ajuste fiscal promovido pelo governo “é pífio e
insuficiente” e defenderam que ele seja ampliado, com cortes no setor
público.
O senador afirmou ainda que Lula
defendeu que Temer tenha uma participação mais ativa no núcleo duro do
governo, grupo de ministros mais próximos à presidente Dilma. “Ele acha
que o PMDB precisa, sim, ter um papel de maior protagonismo. Ele
lembrou que ouvia o vice José Alencar em todas as decisões e acha que o
mesmo deve ocorrer agora”, afirmou Renan.
No encontro, segundo relatos, Lula disse que o governo federal tem que agir rápido para não perder e se distanciar da população.
LULA NO COMANDO
Também de acordo com senadores presentes
ao encontro, o petista disse que ajudará Dilma a corrigir os rumos
para sair da crise política e econômica.
Nas palavras de um peemedebista à Folha,
o “governo está nas cordas” e depende agora de uma contrapartida da
presidente. Na avaliação de Lula, a presidente precisa partir para uma
postura mais forte para que seja retomada a confiança no País.
Os senadores do PMDB reclamaram a Lula
que a votação do veto de Dilma ao reajuste de 6,5% na tabela do Imposto
de Renda vai provocar um “desgaste” no Congresso e indicaram que a
bancada não está disposta a suportar a pressão por sua derrubada.
Lula manifestou preocupação e orientou os parlamentares a procurarem Dilma para discutir o tema.
LULA É O FIADOR
O líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE),
disse a Lula que ele é o “fiador” da relação do partido com o PT e
pediu sua intervenção para recompor as pontes com o governo Dilma. O
senador ponderou que é necessário “reordenar” a coordenação política
para aproximar os peemedebistas do Planalto.
Na semana passada, o vice-presidente,
Michel Temer, chegou a dizer em uma conversa telefônica com Dilma que o
PMDB está no “limite da governabilidade”.
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NOTA DA REDAÇÃO – Como se vê, Lula retomou o comando do governo. Dilma voltou a fazer o que ele manda. Para tanto, a presidente teve de se humilhar na quinta-feira antes da carnaval e viajou a São Paulo para se desculpar e pedir o apoio de Lula para conseguir governar. Mas a crise é tão grave que nem Lula nem o marqueteiro João Santana vão conseguir resolver. Com medo do impeachment, Lula mandou Dilma prestigiar Michel Temer. Como todos sabem, o vice-presidente passou quatro anos no limbo, agora descobriram que o apoio dele é fundamental. Dá vontade de rir. (C.N.) |
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