|
|
|
Escrito por Sebastião Nery |
Ter, 03 de Março de 2015 08:40 |
José de Almeida Alcântara, alto,
cabeleira branca exposta ao vento, talentoso, audacioso, coletor
federal, prefeito, deputado, era um terror para seus adversários na
política de Itabuna, sul da Bahia.
![]()
– “Ontem esteve nesta praça um punhado
de contrabandistas: João Goulart, contrabandista de boi para a
Argentina. Batista Luzardo, contrabandista de ovelhas para o Uruguai.
Orlando Moscoso, contrabandista de cacau e até o padre Nestor Passos
contrabandista de…
Parou, pensou, continuou:
– “Contrabandista de almas. Encomenda as almas para o céu e manda todas para o inferno.”
Jânio ganhou em Itabuna.
ALCÂNTARA
Prefeito, Alcântara brigou com Gileno
Amado, compadre do governador Juracy e líder da UDN na região. Gileno
lançou uma campanha para forçar Alcântara a renunciar. Chamou o
vereador da UDN Manoel Alvarandio e promoveram uma marcha popular até a
prefeitura, todos gritando “impeachment! impeachment!”
Alcântara apareceu na porta da
prefeitura com os brancos cabelos esvoaçantes, um pedaço de papel na
mão esquerda, uma caneta na mão direita e desafiou a multidão:
-“Voces querem meu impeachment, eu
renuncio. Mas antes preciso que este moleque, o vereador Alvarandio,
escreva a palavra impeachment aqui neste papel.”
Alvarandio e a multidão foram dormir.
IMPEACHMENT
Março começou com o país se preparando
para a grande marcha do dia 15 contra os desvarios da presidente Dilma.
O povo vai dizer nas ruas porque não está engolindo esta farsa de uma
candidata que ganhou a eleição dizendo uma coisa e agora, com toda a
sua cara de pau, que está murchando dia a dia, faz tudo ao contrário.
Não se trata, por enquanto, de fazer
impeachment agora, que é uma arma que a Constituição entrega ao país só
nas horas do desastre final. Mas é preciso que cada um assuma suas
responsabilidades. Essa história de Lula e Dilma rebolando nos
palanques e televisões como se nada tivessem a ver com a roubalheira na
Petrobrás é asquerosa e intolerável.
Cada um, presidentes da República,
presidentes da Petrobrás, presidentes e membros do Conselho
Administrativo, vai ter que assumir suas responsabilidades e pagar pelo
que fizeram ou deixaram de fazer.
LULA
Em Angra dos Reis, no dia 7 de outubro
de 2010, o presidente Lula proclamava: “No nosso governo a Petrobrás é
uma caixa branca e transparente. A gente sabe o que acontece lá dentro.
E a gente decide muitas coisas que ela vai fazer.”
A autossuficiência promoveu o festival
de incompetência de projetos inviáveis, como as refinarias de
Pernambuco, Ceará, Maranhão e Rio de Janeiro. Todas elas consideradas
inviáveis pelo corpo técnico da Petrobrás. No parecer “Análise
empresarial dos projetos de investimento”, de 25 de novembro de 2009,
era documentado o ponto de vista técnico da empresa, atropelado e
desconsiderado pelo então presidente da República, que agora queda-se
em silêncio constrangedor ante as revelações da “Operação Lava Jato”.
DILMA
A presidente do Conselho de
Administração da estatal era Dilma Rousseff. Chegando depois à
presidência da República, o seu governo ampliou e agravou a situação
financeira da empresa. O caixa foi dilapidado à exaustão para atender
ao populismo fundamentalista. Importava petróleo à média de 100
dólares/barril e vendia internamente a 75 dólares/barril. Estimava-se o
prejuízo em R$ 65 bilhões.
Agora o grupo de Economia e Energia da
Universidade Federal do Rio de Janeiro encontrou outro número. O
economista Edemar de Almeida, na “GloboNews”, coordenador do Grupo,
afirmou que o prejuízo da Petrobrás foi de R$ 106 bilhões. No governo
Dilma Rousseff, por consequência, o endividamento da Petrobrás
quadriplicou.
A maior crise da história da estatal
teve pai e mãe, autênticos carrascos na mutilação da quinta maior
empresa de petróleo do mundo.
A rapina foi a garantia da roubança e do
conluio dos corruptos e corruptores na expropriação de bilhões de
reais alimentando quadrilhas.
http://formadoresdeopiniao.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=30782:quem-quebrou-a-petrobras&catid=80:denuncia&Itemid=131
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário