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Escrito por UOL |
Qua, 04 de Março de 2015 08:43 |
A Justiça Federal determinou a
deportação do ex-ativista italiano Cesare Battisti, condenado à prisão
perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos na década de 1970.
A decisão foi tomada na última quinta-feira (26) pela juíza Adverci
Rates Mendes de Abreu, da 20ª Vara do Distrito Federal, em resposta a
uma ação civil pública de outubro de 2011 do Ministério Público Federal
no Distrito Federal contra o Conselho Nacional de Imigração que
concedeu visto a Battisti. A ação questiona a legalidade do visto.
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Em sua decisão, a magistrada justificou
que “trata-se de estrangeiro em situação irregular no Brasil, e que por
ser criminoso condenado em seu país de origem por crime doloso, não
tem o direito de aqui permanecer, e portanto, não faz jus à obtenção
nem de visto nem de permanência”.
NÃO É EXTRADIÇÃO
A juíza esclarece que deportar não
significa extraditar o italiano. “Não se cogita realizar a entrega de
Cesare Battisti ao seu país de nacionalidade, pois a extradição foi
negada pelo Presidente da República, mas a deportação, nos termos do
art. 58 do Estatuto do Estrangeiro, que estabelece que a deportação
far-se-á para o país da nacionalidade ou de procedência do estrangeiro,
ou para outro que consinta em recebê-lo”.
“Não fomos intimados da decisão, ainda
não tem prazo correndo. Nós entendemos que a sentença tenta modificar
uma decisão do Supremo Tribunal Federal e do Presidente da República.
Fora do que é o objeto próprio da ação, portanto vamos recorrer”,
afirmou o advogado de Battisti, Igor Sant’Anna Tamasauskas.
Cesare Battisti foi condenado pela
Justiça italiana à prisão perpétua, acusado de crimes cometidos quando
fazia parte do Proletariados Armados pelo Comunismo. O ex-ativista
fugiu para a França, onde foi preso em 1991. Em 2004, ele fugiu para o
Brasil, tendo sido preso em 2007 no Rio de Janeiro.
A embaixada italiana solicitou ao
Itamaraty sua prisão preventiva para posterior extradição. O STF
(Supremo Tribunal Federal) chegou a autorizar, mas o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva decidiu mantê-lo no país.
CASO PIZZOLATO
Condenado no processo do mensalão, o
ex-diretor do Banco do Brasil Pizzolato, condenado no mensalão, vive a
situação inversa: ele fugiu para a Itália e agora aguarda a decisão do
governo do país sobre sua extradição ao Brasil. A Justiça italiana já
decidiu por sua extradição, mas cabe ao Ministério da Justiça da Itália
a decisão final.
A defesa de Pizzolato, inclusive, chegou
a usar a recusa do governo brasileiro em devolver Battisti à Itália
para tentar convencer a última instância do Judiciário italiano a não
extraditá-lo para o Brasil.
http://formadoresdeopiniao.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=30799:justica-federal-determina-a-deportacao-de-cesare-battisti&catid=77:politica-economia-e-direito&Itemid=132
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