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Escrito por Carla Kreefft |
Seg, 09 de Março de 2015 09:08 |
A crise provocada pelas denúncias de corrupção na Petrobras se estendem e situação
de instabilidade política no país. Com suspeição sobre lideranças
importantes, como os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara
de Deputados, Eduardo Cunha, o impasse político ganha mais força e
amplia a indignação da população.
A presidente Dilma Rousseff, que somente fica a repetir que os malfeitos serão investigados e seus responsáveis serão punidos, ainda não se deu conta de que não se trata de uma peraltice, uma travessura. A crise da Petrobras parou o país, está, a cada dia, derrubando a economia, destruindo uma imagem externa de confiança e credibilidade. E, como se tudo isso não bastasse, o patrimônio da empresa se esvai em uma velocidade que praticamente inviabiliza sua recuperação, pelo menos, em médio prazo. NINGUÉM VAI FAZER NADA? A pergunta que fica diante desse quadro é: “E ninguém vai fazer nada?”. Certamente, os políticos não estão fazendo nada além de cuidar de sua proteção. Quem não tem essa preocupação tem o desejo de ver o adversário em situação embaraçosa. Em resumo, quem tem telhado de vidro procura uma cobertura rápida, e quem não, quer é usar o estilingue o mais rápido possível. Em meio a essa disputa insana, estão o Ministério Público, a Polícia Federal e o Poder Judiciário. Não são elementos políticos – não do ponto de vista partidário –, mas também têm suas posições ideológicas e interesses particulares. Onde é que fica, então, a isenção para uma apuração justa? Ao contrário do que anda circulando nas redes sociais, são essas instituições as únicas capazes de enfrentar o desafio de realmente passar a Petrobras a limpo. Elas têm a competência legal, a capacidade e os instrumentos necessários. É preciso confiar e cobrar dessas instituições, que são as ferramentas que a democracia oferece. Qualquer tentativa diferente disso é golpe. Entretanto, a população tem o direito e até a obrigação de fazer um acompanhamento rigoroso. Assim, manifestações de rua são legítimos instrumentos de pressão e cobrança. Comissões parlamentares de inquérito também são legítimas. O governo federal e quem mais for alvo dessas investigações e cobranças precisam suportar a situação dentro, também, da legitimidade. Qualquer atitude diferente é contragolpe. O teste é para valer. O Brasil tem a chance de fazer tudo pelas vias democráticas ou derrubar o pouco que construiu. http://formadoresdeopiniao.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=30849:nao-e-brincadeira-esta-crise-da-petrobras&catid=80:denuncia&Itemid=131 |
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