Escrito por Fernando Canzian |
Sex, 27 de Fevereiro de 2015 08:50 |
O ano começa enfim está começando. A
partir de agora os brasileiros sentirão de fato o tamanho da ressaca do
primeiro governo Dilma. Os indicadores que saíram em dezembro (mês de
festas e 13º) e janeiro (férias e pré-Carnaval) passaram meio batidos e
foram muito ruins. Prenunciam o que vem aí.
Inflação em janeiro: 1,2%, a maior
também desde 2003. O que nos leva novamente ao passado ruim de 12 anos
atrás. Dois retratos importantes do atraso que o atual governo nos
entregou.
A coluna insiste sempre em um ponto,
fundamental para entender a precariedade da economia brasileira: 67%
das famílias têm renda mensal menor do que R$ 2.170. Inflação em alta
derruba rapidamente o poder aquisitivo, levando o PIB para baixo.
Um terceiro movimento importante
pré-Carnaval foi a disparada do dólar. Isso trará um empobrecimento à
jato para a população brasileira, via consumo de produtos importados
acabados e produzidos pela indústria nacional. Hoje, quase um quarto do
que é fabricado aqui leva componentes importados.
EM ÔNIBUS BLINDADO
No campo social, foi extremamente
significativo, no Paraná (também no pré-Carnaval), o recuo do
governador Beto Richa (PSDB) ao retirar medidas de corte de gastos que
havia encaminhado à Assembleia Legislativa.
Os deputados tiveram de entrar em ônibus
blindado (e por um buraco aberto às pressas em uma grade nos fundos)
para tentar aprovar as medidas. Diante da fúria dos manifestantes,
recuaram.
Assim como Richa no Paraná tentando
equilibrar suas contas, o fracasso da gestão Dilma (numa combinação de
políticas atrasadas e nacionalistas em um contexto de economia
globalizada) agora leva o seu governo a correr com ajustes.
GRAU DE INVESTIMENTO
Um grande risco em 2015 segue o Brasil
perder o chamado “grau de investimento”, uma espécie de chancela de
agências financeiras internacionais dadas a “bons pagadores”.
Essas agências constituem um dos maiores
embustes do capitalismo. Até a grande crise global de 2008/2009
carimbavam papéis que viraram lixo de uma hora para a outra. Mas é
assim que o “altar do mercado” funciona. E será bem pior para o Brasil
se de fato perder o “grau de investimento”.
Dilma conseguirá em nível nacional o que Richa não conseguiu no Paraná?
Dia 15 de março próximo (um domingo) há
manifestações previstas em cerca de 50 cidades do país contra a
presidente. No Carnaval de Olinda nesta semana, os organizadores
desistiram de colocar entre os bonecos gigantes a figura de Dilma.
Temiam que a festa se transformasse em
Sábado de Aleluia, com a malhação da presidente pior avaliada no país
desde dezembro de 1999 (FHC).
ESTELIONATOS ELEITORAIS
Há vários tipos de estelionatos
eleitorais. Um dos mais emblemáticos foi o do ex-presidente José Sarney
em 1986, quando congelou preços no Plano Cruzado.
Sarney sustentou medidas irrealistas até
seu partido, o PMDB, lavar a égua nas eleições de 15 de novembro
daquele ano. Em seis dias vieram as medidas impopulares.
Em uma semana, saques e depredações
varreram Brasília no chamado “badernaço”. Sete meses depois o ônibus do
presidente seria apedrejado no Rio. Uma janela foi quebrada a golpes
de picareta.
http://formadoresdeopiniao.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=30754:ressaca-e-malhacao-de-dilma&catid=80:denuncia&Itemid=131
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segunda-feira, 2 de março de 2015
RESSACA E MALHAÇÃO DE DILMA
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