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Escrito por Hercule Spoladore |
Seg, 23 de Março de 2015 17:00 |
As prováveis origens dos Graus
Superiores na França estão ligadas a vários fatos e entre eles, o
primeiro, cita-se o famoso Discurso escrito em 1737, por André Michel
Ramsay escocês de nascimento, iniciado na Inglaterra, documento este,
jamais apresentado em Lojas, por ter sido proibido pelo cardeal de
Fleury (André Hercule de Fleury) que era ministro forte de Luiz XV,
documento, onde Ramsay, atribuiria uma origem nobre à Ordem tentando
encobrir as raízes da Maçonaria nos pedreiros livres e dando à mesma um
sentido cavalheiresco, alem de insinuar uma reforma geral na Ordem.
O texto foi publicado no ano seguinte,
de certa forma foi um incentivo posterior à criação de graus acima do
grau 03. Em 1743, teriam sido criados os graus: Mestre Escocês, Noviço e
Cavaleiro do Templo. Posteriormente houve a criação do Capítulo de
Clermont, em 24 11.1754 também conhecido como o Colégio dos Jesuítas que
pretendia praticar Altos Graus, criando sete graus, entidade de curta
existência.
A febre de Altos Graus não parou por aí.
Em 1758 ocorreu a fundação do Conselho dos Imperadores do Oriente e do
Ocidente, Grande e Soberana Loja Escocesa de São João de Jerusalém ao
qual juntou-se os remanescentes do Capítulo de Clermont estabelecendo-se
um sistema de Altos Graus, chegando ao número de 25, chamados
inicialmente de Graus de Perfeição depois constituindo-se em um Rito de
Perfeição ou Rito de Heredon.
Em 20.09.1762 este Conselho aprovou uma
carta chamada Constituição de Bordeaux à qual anexaram posteriormente
adendos chamados Institutos, Estatutos, Regulamentos e instruções
suplementares. Estes graus foram trazidos às Américas, e aqui tiveram
uma boa aceitação No final do século XVIII a Maçonaria na França estava
desorganizada em função da Revolução Francesa e também nas suas colônias
como a das Antilhas a de São Domingos (hoje Haití) e outras.
Entretanto, cerca de trinta anos antes, Irmãos franceses passaram por
estas colônias encarregados de divulgar a maçonaria escocesa que teve
origem na França.
Entre eles, o mais importante foi
Etienne Morin que tinha uma Carta Patente de Grande Inspetor, fornecida
pelo Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente em 27.08 l761.
Morin encontrou na América uma Maçonaria já mais ou menos estruturada.
Ele, teria outorgado o título de Grande Inspetor Geral Adjunto a 16
Irmãos e entre eles ao Irmão Hyman Long, o qual teria substabelecido o
mesmo título à inúmeros Irmãos. Entre os maçons que residiam em São
Domingos, estavam o Conde Alexandre François de Grasse Tilly,filho de
herói que lutou pela independência americana e seu sogro Jean Baptiste
Marie Delahogue, pessoa de grande influência na colônia. Lá pelos idos
de 1793 ambos mudaram-se para os EE.UU., fugidos, após uma revolta de
escravos, indo residir na Carolina do Sul em Charleston, onde
posteriormente fundaram uma Loja em l795 “La Candeur” nº12 (A Candura)
composta só de católicos franceses, a qual foi instalada em 24.05.1796
sendo Delahogue o seu primeiro Venerável. Em Charleston, já existiam
outras onze lojas filiadas à Grande Loja da Carolina do Sul.
Logo depois os dois receberam um título
de Inspetor Geral Adjunto fornecido pelo Irmão Hyman Long que fundara em
13.03.1796, um Consistório de Príncipes do Real Segredo e em 13.01.1797
um Grande e Sublime Conselho de Príncipes do Real Segredo. Refere
Albert Pike que desde esta época, Grasse Tilly já alimentava a idéia de
fundar uma Entidade que viria a ser o Supremo Conselho e acrescentar
mais graus aos 25 já existentes. Ele e Delahogue, ambos franceses, foram
atraídos a formarem parceria com outros Irmãos que trabalhavam no mesmo
sentido, aliás, todos estrangeiros com exceção de James Moultrie que
era o único americano. Os outros eram: Frederich Dalcho, inglês; Abrahan
Alexander, inglês; Jonh Mitchel, irlandês; Thomas Bartholomew Bowen,
irlandês; Moses Clava Levy, polonês; Emmanuel De La Motta, dinamarquês e
Israel De Lieben, checoslovaco.
Grupo de homens capazes e inteligentes,
que sabiam o que queriam. Como seria possível um grupo de estrangeiros
fundar algo mais que uma loja maçônica em um país estranho? Pois é, eles
fundaram um Supremo Conselho e um Rito. Diz-se que Grasse Tilly já em
l797 teria assinado um documento como Grande Soberano Comendador e
Delahogue como Lugar-Tenente através de um suposto Supremo Conselho numa
possessão francesa nas Índias Ocidentais. Não há comprovação, e tal
fato é também é contestado por vários autores. Acresça-se que em 1800
existiam cerca de dez lojas simbólicas em Charleston e três Corpos de
Graus Superiores do Rito Francês a saber: uma Loja de Perfeição ( 4º ao
l4º graus), um Grande Conselho de Príncipes de Jerusalém ( l5º e l6º
graus) e um Grande Conselho de Sublimes Príncipes do Real Segredo ( l7º
ao 25º graus) sabendo-se que, estes Corpos não iam além do grau 25, e
estavam divididos em sete classes.
A situação foi evoluindo de tal forma
que dias antes da fundação do l.º Supremo Conselho do Mundo, isto em
24.05.l801, formou-se um Conselho de Soberanos Grandes Inspetores, em
Charleston, quando Grasse Tilly assinou patentes tornando todos os
Irmãos mencionados, Grandes Inspetores Gerais, tendo outorgado o grau 33
para todos os irmãos citados os quais seriam considerados como
fundadores do 1º Supremo Conselho. Os principais fundadores teriam sido
Jonh Mitchel que foi o l.º Soberano Comendador do novel Supremo Conselho
e Frederick Dalcho. Quanto a Grasse Tilly, ele próprio não assinou o
documento oficial de fundação do l.º Supremo Conselho do Mundo
(3l.05.1801). É lógico que o grupo providenciou modificações em cima do
sistema de 25 graus do Rito de Heredon, estabelecidos em l758 pelo
Conselho de Imperadores do Ocidente e do Oriente na França, e pela
Constituição de l762 de Bordeaux, acrescentando mais oito graus e
remanejando as sete classes de graus. Todavia, este Supremo Conselho
trabalhou nos Graus Superiores do 4º ao 33º não se envolvendo com os
três primeiros graus simbólicos.
Como sabiam de antemão que não teriam
crédito no mundo maçônico pois eram apenas dez Irmãos quase todos
estrangeiros, inventaram uma estória que apesar de estar muito bem
esclarecida atualmente por todos os maçons estudiosos, ainda a maioria
dos Grandes Inspetores Gerais atuais repetem-na freqüentemente como
sendo uma história verdadeira, tendo o aval e mesmo a afirmação dos
Soberanos Comendadores das maiorias dos Supremos Conselhos existentes no
mundo e ainda constando dos rituais dos Altos Graus o personagem que
abordaremos como o sendo o principal criador do Rito, sem no entanto ter
sido.
Interessante que atualmente a maioria
dos Irmãos pertencentes aos Graus Superiores crêem nesta estória achando
que os fatos tenham realmente acontecido assim. Uma vez criado este
Corpo, considerado o 1º Supremo Conselho-Mãe do Mundo, a sua organização
levou cerca de um ano e meio para se estruturar, sendo que no final ano
de l802, enviou uma circular redigida por Dalcho a todas Lojas e demais
Corpos Maçônicos de Graus Superiores do mundo, informando que haviam
acrescentado mais oito graus ao sistema até então conhecido, e que este
Supremo Conselho havia sido organizado de conformidade com uma
Constituição datada de 0l.05.1786 compilada e aprovada pelo Rei
Frederico IIº, o Grande, da Prussia, fazendo o mundo maçônico crer que
este Supremo Conselho existisse desde aquela data.
Esta afirmação, evidentemente daria
credibilidade ao novo sistema o que realmente aconteceu, uma vez que
Frederico da Prussia, além de Irmão, era uma figura política que
inspirava confiança, pois era muito respeitado, já que forças
mercenárias prussianas lutaram pela Independência dos EE.UU.
Situações bem ao gosto do patriota povo
americano. Importante o discurso pronunciado pelo Grande Soberano
Comendador do Supremo Conselho da França mais antigo da Europa, o Irmão
Hubert Greven, em Florianópolis-SC em l4.09.2000 por ocasião da abertura
da XXI Assembléia Geral Ordinária da Excelsa Congregação de Supremos
Conselhos do REEA do Brasil. “A França é o berço do Rito Escocês Antigo e
Aceito.
Os Altos Graus que o caracterizam
nasceram lá em l743 com o grau de Mestre Escocês, assim chamado em
homenagem aos maçons operativos da Escócia que tinham conservado os usos
e tradições dos construtores “góticos” tornados obsoletos na Inglaterra
e na França. No dia 27 de agosto de l761, a Grande Loja entregou a
Etienne Morin, a caminho das Antilhas, Cartas Patentes de Grande
Inspetor para as lojas francesas da América, que lhe davam poder para
espalhar os “Sublimes Graus”.
Ele os organizou num Rito de Perfeição
regido por Constituições que se davam por ter sido elaboradas em 1762 em
Bordeaux e tendo como Padrinho, Frederico II, rei da Prussia. O Rito
foi propagado nas colônias inglesas da América por “Deputy Inspectors
General” de seu 25º e último grau ( Príncipe do Real Segredo), tendo
seus poderes de Morin. Progressivamente , o Rito foi organizado segundo
uma hierarquia de 33 graus. É desta forma que o Coronel Mitchel recebeu
em Charleston, Carolina do Sul, comunicação de seu 33º grau e das
Grandes Constituições deste grau datadas do dia 01.05.1786 e atribuídas
miticamente sem dúvidas ao grande Frederico. Mitchel estabeleceu no dia
31.05.1801, o Supremo Conselho do 33º grau para os Estados Unidos da
América que, no dia 21.02.l802 completava-se no número estatutário de
nove membros cooptando dois(Deputy Inspectors General) franceses
refugiados de São Domingos após a revolta dos escravos, o conde de
Grasse Tilly e seu sogro Delahogue. O Rito Escocês Aceito e Aceito
estava definitivamente organizado. Recebeu estes qualificativos porque o
Supremo Conselho de Charleston admitia indiferentemente, nos graus
Escoceses Mestres Maçons das duas Grandes Lojas rivais que existiam
então na Carolina do Sul como na Inglaterra a Grande Loja dos Antigos
Maçons de York e a Grande Loja dos Livres e Aceitos Maçons (modernos)”.
Entretanto, se formos fazer uma analise
racional veremos que o nome do Rei Frederico IIº foi usado indevidamente
e ainda se utilizaram de situações inventadas para dar corpo à estória.
O original autêntico da tal Constituição de l786 nunca apareceu. Ela
teria sido elaborada por Dalcho em sua maior parte com participação de
Grasse Tilly, Delahogue e Mitchel e atribuída à Frederico da Prussia.
No preâmbulo da Constituição consta que
“feito e aprovado no Supremo Conselho do grau 33 devida e legalmente
estabelecido e congregado no Grande Oriente de Berlim em 0l.05.1786. Á
este ato compareceu Sua Majestade Frederico Rei da Prussia, Soberano
Comendador”. - Sabe-se que naquele ano de 1786 não se reuniu nenhum
“Supremo Conselho” em Berlim. - Frederico IIº em 1786 estava
semicomatoso há sete meses acamado, portador de doença crônica
degenerativa alem de gota e hidropisia e faleceria em l7.08.l786. -
Frederico IIº havia sido Grão-Mestre até l747 da Grande Loja “Três
Globos Terrestres”. A partir daí praticamente cessaram suas atividades
maçônicas. Em l766 quando a sua Grande Loja resolveu adotar o Rito da
“Estrita Observância” ele retirou o título de protetor da mesma, da qual
o era desde l740. - Não lhe eram simpáticos os Altos Graus.
Considerava-os “ocos para vaidosos”. - Não definia a aludida
Constituição atribuída ao Rei Frederico IIº a regulamentação dos graus
intermediários, apenas criava o grau 33. Enfim, uma série de outras
razões provam que Frederico IIº nada teve a ver com o 1º Supremo
Conselho do Mundo criado em 1801. Arranjaram-lhe uma paternidade
fictícia.
Frederick Dalcho conhecia a rivalidade
existente entre o Sul e Norte dos EE.UU. Elaborando uma Constituição
dando a autoria da mesma à Frederico, previu a possibilidade do
aparecimento um segundo Supremo Conselho naquele país, e, se caso isso
viesse acontecer este o 2º Supremo Conselho americano poderia seguir a
“Constituição” de Frederico sem criar outra em função da referida
rivalidade. Ficaria muito mais fácil aceitar a “autoridade” de Frederico
que admitir uma constituição feita pelos seus Irmãos do Sul.
Enfocaremos outro aspecto do assunto. Quantas lendas somos obrigados a
aceitar na Ordem? A Maçonaria é pródiga em lendas mitos e controvérsias.
Temos a de Hiran, temos no Brasil a
grande farsa do 20 de agosto que não conseguiu ser lenda, já que
felizmente parece que não vingou, mas ainda existem muitos palestrantes e
até Grão-Mestres repetindo o mesmo erro por esse Brasil afora, temos
lendas em quase todos os Ritos, inclusive no Trabalho de Emulação
(sistema inglês) a lenda do Príncipe Edwin só para citar algumas.
Existem dezenas. Então transformemos a estória de Dalcho, Mitchel &
Cia. em uma lenda. Ora, todos sabemos que o Rito Escocês Antigo e
Aceito, salvo as controvérsias que existem em seu seio, os outros Ritos
também as têm, é um sistema sincrético de maçonaria, que é vencedor e se
expandiu. É organizado, tem uma linha de conduta, mesmo sendo eclético,
tem metas, é universal e embora que minoritário com relação ao sistema
inglês está firme, desempenhando seu papel na história da Maçonaria
mundial. Quer dizer, o Rito Escocês Antigo e Aceito é uma realidade
incontéste.
Vamos aceitar que Dalcho, Grasse Tilly,
Delahogue, Mitchel talvez “quiseram apenas homenagear” ou quem sabe,
usar a credibilidade que o Rei Frederico aparentementetinha, já que
tinha sido Maçom, que enquanto ativo foi lúcido, mesmo não gostando dos
Altos Graus, que era simpático à causa da Independência americana. Estão
ai as qualidades do herói, que acabam com o tempo constituindo-se em um
mito. E para se construir um mito, sabemos que as lendas não tem
compromisso com a realidade. Elas valem pela mensagens que transmitem. E
a de Frederico IIº preenche estes requisitos em termos americanos e
mundiais.
Então aceitemo-la como uma lenda. Fica
até simpático para o 1º Supremo Conselho do Mundo ter a sua lenda de
origem, já que a quase maioria dos outros Ritos e outros Corpos de Altos
Graus também as têm. No entanto, se tentarmos realizar uma revisão
histórica e consertar esta distorção a confusão será muito maior. Se deu
certo, deixemo-lo como está, e que Frederico seja uma lenda, um mito.
Afinal, nenhuma civilização, entidade ou
organização sobreviverá se não tiver um mito próprio. Não se sabe ao
certo porque criaram 33 graus. Alguns autores acham que Charleston está
na latitude de 32 graus, 46 minutos e 33 segundos, vindo daí o número
enigmático 33. Porem, é discutível esta explicação. Quanto ao Grande
Selo escolhido, a águia bicéfala símbolo originado na cidade de Lagash
na antiga Samária é um dos símbolos mais antigos do mundo, e já era
usado desde l759 pelo Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente.
Quem a escolheu para um dos símbolos do
Supremo Conselho foi Frederick Dalcho. A águia está em pleno vôo tendo
na garra uma espada desembainhada e abaixo, solto, um listél, onde está
escrito Deus Meunque Jus ( Deus e o meu Direito ) O segundo dístico que
está acima das cabeças da águia Ordo Ab Chao ( Ordem no Caos). Grasse
Tilly, apesar de não ter assinado o documento como fundador do 1º
Supremo Conselho do Mundo, foi um dos seus criadores e estabeleceu um
Supremo Conselho para as Ilhas Francesas da América no Cabo Francês -
São Domingos – em 1802 e criou outro em Kingstone na Jamaica em 1803.
A partir daí voltou a França, fundando
no dia 17.10.1804 em Paris, o primeiro Supremo Conselho do Grau 33 da
Europa. Ainda estabeleceria em 1805 o Supremo Conselho da Itália, em
1811 o da Espanha e o dos Países Baixos em 1817. Conforme Dalcho havia
previsto realmente houve problemas com os maçons do Norte. Em Nova York
vários grupos se desentendiam.
O Irmão Joseph Cernau instalou um
Sublime Consistório dos Príncipes do Real Segredo em 28.10. 1807 depois
transformando este Corpo em “Supremo Conselho”,ir regular, por sua conta
e risco. Em 1813 existiam em Nova York, cerca de cinco Altos Corpos
Maçônicos, todos beligerantes entre si. Emmanuel de La Mota, um dos
fundadores do 1º Supremo Conselho do Mundo (hoje em Washington DC)
estando em Nova York para tratamento de saúde, viu como estavam as
coisas por lá e, habilmente elevou vários Irmãos tidos como irregulares
ao verdadeiro grau 33 e com estes Grandes Inspetores Gerais regulares
fundou um segundo Supremo no Estados Unidos assim denominado Supremo
Conselho dos Soberanos Grandes Inspetores Gerais do Grau 33 do Distrito
Norte dos Estados Unidos,( hoje em Lexington MA) em 05.08.1813. Logo de
início conseguiu trazer para este novo grêmio, aliás, regular, todas as
facções em litígio, menos a de Cernau, a qual em 21.09.1813 foi
considerada ilegal e irregular. As refregas não parariam por ai, até que
em l828 houve uma divisão territorial entre ambos Supremos Conselhos
americanos, mas não o término definitivo dos desentendimentos entre os
dois Supremos Conselhos, o qual durou ainda muitos anos.
Hercule Spoladore LOJA DE PESQUISAS
MAÇÔNICAS “BRASIL” Bibliografia Castellani, José “O Rito Escocês Antigo e
Aceito – Doutrina e Prática Editora Maçônica “A Trolha” Ltda – Londrina
– l988.
http://formadoresdeopiniao.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=30996:maconaria-primeiro-supremo-conselho-do-reaa&catid=66:templo&Itemid=136
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