Escrito por André Shalders |
Seg, 07 de Abril de 2014 08:58 |
A
cada hora, praticamente R$ 1 milhão saem dos cofres públicos para
bancar a fatura anual do Congresso. Com orçamento autorizado de R$ 8,73
bilhões em 2014 para custear salários e regalias de parlamentares,
além de toda a estrutura das duas Casas, Câmara e Senado vão na
contramão daquilo que a população cobrou a partir de junho do ano
passado, nas manifestações de rua: eficiência nos gastos públicos e
foco nos setores estratégicos para o desenvolvimento do país, como
saúde e educação.
Por
dia, a Câmara e o Senado gastam, em média, R$ 23,9 milhões. É como se
as duas Casas sangrassem o Tesouro à razão de R$ 16,6 mil por minuto.
Se esta reportagem for lida em cinco minutos, o Congresso brasileiro
terá consumido cerca de R$ 83 mil nesse tempo.
Entre 1º de janeiro e a última sexta-feira, o Congresso gastou
cerca de R$ 2,08 bilhões, de acordo com dados do portal Siga Brasil,
mantido pelo Senado Federal. A maior parte do valor foi gasto na Câmara,
com R$ 1,24 bilhão. Desses reais, cerca de R$ 170 milhões foram
escoados nos chamados restos a pagar, que são pendências do exercício
anterior. O Senado, por sua vez, já gastou outros R$ 839 milhões. E não
para por aí: por conta da forma como está organizado o processo
orçamentário brasileiro, cada órgão pode acabar com gastos autorizados
ainda maiores do que a dotação inicial prevista na Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) do respectivo ano.
ORÇAMENTO“O processo começa com o Ministério do
Planejamento, que elabora uma projeto de lei com base em projeções
recebidas dos órgãos. Em seguida, esse texto vai ao Congresso, que
adiciona as emendas parlamentares e aprova a proposta, com data-limite
em 22 de dezembro”, explica o especialista em orçamento público Thiago
Vesely.
“Depois de aprovado, o chefe do Executivo edita o chamado decreto de
programação orçamentária e financeira, também conhecido como ‘corte’,
bloqueando uma parte dos recursos de cada órgão do Executivo. Mas, uma
vez atingido o superavit pretendido, os recursos podem ser liberados”,
continua Vesely. Aqui, surge a primeira desigualdade no tratamento:
Congresso e Judiciário não são atingidos pela tesoura que aflige
ministérios e outros órgãos do Executivo.
“Uma vez aprovado o orçamento, cada um faz o que quer. E só o
Executivo faz esse corte”, completa o especialista. Outra forma de
realocar recursos para aumentar a verba disponível em cada órgão é por
meio dos chamados créditos suplementares, que são enviados pelo
Executivo e votados pelo próprio Congresso.
Fonte: Tribuna da Internet
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