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Escrito por José Casado |
Qua, 09 de Abril de 2014 14:00 |
Lula emudeceu. Evita falar sobre os
prejuízos e o tráfico de influência em alguns dos maiores negócios
realizados pela Petrobras durante o seu governo. Há inquéritos, prisões
e debates no Congresso, mas o ex-presidente da República se mantém
calado para o público sobre os bilionários “malfeitos” na sua
administração.
Esse silêncio, certamente, não é por
recomendação médica: na sexta-feira Lula conversou por quase três horas
com a presidente Dilma Rousseff, a sós, num hotel paulistano.
Ex-ministra de Minas e Energia, ex-chefe
da Casa Civil e ex-presidente do Conselho de Administração da
Petrobras, sob Lula, ela fez questão de escrever e divulgar no Palácio
do Planalto seu testemunho sobre um dos negócios suspeitos da estatal ─
a aquisição de uma refinaria ferro-velho em Pasadena (Texas) ao custo
de mais de US$ 1 bilhão, com base em documentos “técnica e
juridicamente falhos”.
“Tiro no pé” foi o comentário mais
frequente sobre o gesto de Dilma no plantel de porta-vozes de Lula. A
nota foi interpretada como confirmação do “malfeito”. No Congresso
houve quem fizesse leitura diferente: Dilma se preocupou em registrar
publicamente os limites da sua atuação, estabelecidos nas ordens que
possuía como ministra e representante de Lula no conselho da Petrobras.
A fronteira do seu poder estava bem
delimitada. No Ministério de Minas e Energia, por exemplo, esboçou uma
reforma na diretoria da Petrobras, com alavancagem de Maria das Graças
Foster, a quem chama de “Graciosa”. Surpreendeu-se com a reação de José
Dirceu, chefe da Casa Civil. Precisou esperar seis anos para conseguir
nomeá-la comandante da empresa.
Lula foi o dono do tempo e da agenda de
negócios da companhia, em transações com políticos aliados, em linha
direta com José Sérgio Gabrielli, que fazia questão de exibir a
estrela-símbolo do PT na lapela do paletó.
São do período Lula-Gabrielli
iniciativas como a bilionária conta da compra e projetos de reforma da
refinaria no Texas, a construção da refinaria em Pernambuco a custo dez
vezes acima do orçamento inicial, e, ainda, a porteira aberta em
áreas-chave às traficâncias dos associados na “maior base aliada do
Ocidente”, conforme a modesta definição de Dirceu.
Foi nessa etapa que a Petrobras
desidratou a auditoria interna e repassou mais de 75% do serviço de
fiscalização dos seus contratos às próprias empresas contratadas, como
registrou o Tribunal de Contas da União. Recebiam de um lado do balcão.
E, do outro, forneciam até “as secretárias do gerente e do fiscal” ─
constatou o TCU em documento apresentado na Comissão Parlamentar de
Inquérito que desvendou o mensalão.
O relatório final dessa CPI é instrutivo
e está na rede do Senado, com seus três volumes e 1.800 páginas. A
capa destaca um versículo bíblico (Mateus, 10:26): “Não tenhais medo
dos homens, pois nada há de encoberto que não venha a ser revelado, e
nada há de escondido que não venha a ser conhecido.”
Fonte: Veja.com
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