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Escrito por Jamil Chade |
Sáb, 19 de Abril de 2014 09:11 |
TONSBERG – Como milhões de imigrantes
pelo mundo, Simone Brannstrom decidiu deixar seu país em busca de uma
vida melhor. Acabou encontrando trabalho num restaurante no Porto de
Tonsberg, cerca de 100 quilômetros de Oslo, na Noruega.
“Aqui ganho muito mais que em meu país”, diz Simone. Mas ela não vem
da África, do Sudeste Asiático ou de algum país empobrecido. Loira, de
olhos azuis e sorriso fácil, Simone vem da Suécia, um dos países mais
ricos do mundo. Ela e milhares de outros jovens suecos optaram nos
últimos anos por cruzar a fronteira e trabalhar na Noruega, espécie de
oásis regado a petróleo.
A Noruega foi um dos poucos países a
atravessar a crise global sem grandes impactos e, nas últimas eleições,
o único debate era o que fazer com o dinheiro que sobra nos cofres
públicos.
PETRÓLEO
Ao contrário do que o petróleo causou no
Oriente Médio ou Venezuela, o dinheiro desse recurso natural foi
administrado de forma a criar uma situação inédita. Em 100 anos, a
Noruega deixou de ser um dos países mais pobres da Europa, convivendo
com o gelo e a escuridão por metade do ano, para se transformar em
sinônimo de riqueza e justiça social.
“Para muitos países, a descoberta do petróleo foi um problema. Mas nós conseguimos administrá-lo bem”, declarou ao Estado Erling Holmoy, chefe da divisão de Estatísticas do governo da Noruega.
As contas demonstram isso. O país tem o
maior fundo soberano do planeta, estimado em US$ 815 bilhões e os
cofres do Estado estão abarrotados. O Estado norueguês comprou 1% de
ações em bolsas de todo o mundo, investe em 3,2 mil empresas e, com
apenas metade de seu superávit, poderia quitar as dívidas da Grécia. “A
realidade é que estamos nadando em dinheiro”, declarou Frode Rekve,
que comanda o Instituto Norueguês de Mídia.
Hoje, a renda gerada pelo petróleo chega
a US$ 40 bilhões por ano ao Estado. Um a cada três dólares obtidos
pelas autoridades em Oslo vem do subsolo marinho. Mais da metade das
exportações vem do setor de energia e o país já é o oitavo maior
exportador mundial. Em termos per capita, a produção de barris na
Noruega chega a ser superior à da Arábia Saudita.
Independente apenas desde 1905, a
Noruega rejeitou em duas votações nos últimos 40 anos a ideia de fazer
parte da União Europeia.
ESTATAIS
Mas o modelo norueguês também tem outro
componente: a forte presença do Estado em praticamente todos os campos
da economia. Segundo especialistas, essa tendência começou depois da
2.ª Guerra Mundial, quando o governo nacionalizou empresas ligadas à
Alemanha. Assim, o Estado ficou com 44% das ações da Norsk Hydro, tem
participação de 37% na Bolsa de Valores de Oslo e em dezenas de
empresas.
O capitalismo de Estado fez com que
economistas ironizassem a situação chinesa. Uma piada contada entre
analistas aponta que, no fundo, o modelo desenvolvido pelo Partido
Comunista Chinês nos últimos dez anos não passa de uma cópia do modelo
norueguês existente há meio século. Hoje, o Estado controla a
petroleira Statoil, o grupo de telecomunicações Telenor, a fabricante
de fertilizantes Yara, e o maior banco do país, o DnBNor.
Os sinais de prosperidade podem ser
vistos em qualquer segmento. No início do ano, o governo da Noruega
inaugurou uma ponte que acabou com o isolamento de um vilarejo com 74
moradores, no centro do país. A obra custou US$ 20 milhões.
As contas positivas e o sentimento de
que os recursos são de todos também transformaram a maneira pela qual
empregados e patrões negociam. Em Oslo, nada é como no resto do mundo.
Os sindicatos, por exemplo, negociam a cada ano seus salários,
dependendo das necessidades do setor exportador e para garantir que o
produto nacional continue competitivo no mercado global. Nas eleições,
partidos prometem não cortar impostos.
BEM-ESTAR SOCIAL
O sistema de bem-estar social permite
que os homens cuidem de seus bebês e, a cada ano, o governo destina
2,8% do PIB para apoiar famílias em tudo que precisam para ter filhos.
Mesmo aqueles que decidem não levar as crianças para creches recebem, a
cada mês, um cheque de 200 para ajudar nos gastos.
A lei estabelece uma licença-maternidade
de nove meses para a mãe, mas também quatro meses de licença para os
pais. Nesses meses, quem paga o salário dos pais é o Estado. No ano
passado, dois ministros do governo chegaram a se afastar de seus cargos
pelo prazo determinado em lei, justamente para cuidarem de suas
crianças.
Na avaliação do governo, esse incentivo
para as mulheres e leis para garantir a igualdade de gênero são
positivas para a economia. Hoje, empresas são obrigadas a dar 40% das
vagas em seus conselhos para mulheres. Setenta e cinco por cento delas
trabalham fora e, para o governo, isso representa maior atividade na
economia e um número maior de pessoas pagando impostos.
Em recente entrevista ao New York Times,
o primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, foi taxativo. “A
lição da Noruega é a participação feminina na economia. Isso ajuda no
crescimento, nas taxas de natalidade e no orçamento”, declarou.
O imposto de renda é elevado, atingindo
42%. Mas existe um consenso de que o valor é justo para manter o
sistema e que, de uma certa forma, tudo é devolvido em serviços. O
Estado paga do berçário ao enterro, financia estudantes e até banca
férias.
Fonte: Tribuna da Internet
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