Escrito por Gaudencio Torquato |
Sáb, 12 de Abril de 2014 09:03 |
A campanha era a de 1985, aquela em que
Jânio Quadros ganhou de Fernando Henrique. Para um dos raros comícios
na periferia, Jânio levou o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto, que
assim concluiu sua peroração palanqueira: “A grande causa do processo
inflacionário é o déficit orçamentário”. Após a fala, Jânio puxou
Delfim de lado e cochichou: “Olhe para a cara daquele sujeito ali.
O que você acha que ele entendeu de seu discurso? Ele não sabe o que
é processo, não sabe o que é inflacionário, não sabe o que é déficit e
não tem a menor ideia do que seja orçamentário. Da próxima vez, diga
assim: a causa da carestia é a roubalheira do governo”.
O
guru da economia, a quem todos hoje recorrem para explicar os
sobressaltos que deixam interrogações no ar, passou a reservar seu
economês para plateias mais acessíveis ao vocabulário de questões
complexas.
O estilo Jânio marcou a história da
expressão e do comportamento dos atores políticos. Pois bem, puxando a
linguagem janista para a atualidade, podemos concluir que petistas e
tucanos também desenvolveram seu jeito de ser no campo da verbalização,
o que explica a maior ou menor penetração e/ou rejeição de uns e
outros na esfera dos conjuntos sociais.
O dicionário do PT tem um autor, Lula,
responsável pelo que se pode designar como “petês”, o dialeto que ecoa
bem no ouvido das massas. Já o PSDB criou uma enciclopédia, pontuada
pelos dons sociológicos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e
recitada por uma plêiade de especialistas. Nela grupos esclarecidos da
população têm acesso às mais interrogativas questões da conjuntura.
Por que vale a pena discorrer sobre as
linguagens dos principais contendores do pleito deste ano? Pelo que
representam no fatiamento eleitoral. Os modos tucano e petista de ser
abrem a pista por onde decolarão os candidatos Aécio Neves e Dilma
Rousseff.
IDEÁRIO PETISTA
Dentro de sua gramática, Lula embute o
ideário petista. Diferentemente de Jânio, Lula não capricha na sintaxe,
preferindo mergulhar num oceano de analogias, comparações, causos,
historinhas, platitudes e metáforas que, em sua voz rouca, soam como a
“voz do povo”.
Essa é a arma petista que o arsenal
“tucanês” deverá enfrentar. Aécio Neves ou Eduardo Campos (que ainda
não compôs um dicionário próprio) terão de fazer chegar ao povão
matérias complexas, como a crise na Petrobras, e conceitos como a
recuperação da capacidade de investimento, déficit fiscal, alavancagem
da infraestrutura técnica etc.
E a presidente Dilma? Ora, ela se
agasalha no abecedário lulista. Perfil técnico, não fica bem para ela
desfiar o “petês” do guru. Basta a lábia dele para adoçar o coração das
bordas sociais. A guerra política do PT, portanto, se valerá da
expressão das ruas para laçar a simpatia popular.
Como se pode constatar, veremos
contundente disputa entre dois estilos, dois modos de descrever a
realidade. Numa esquina, a turba grita: “A porca torce o rabo”. Na
outra, se ouve um grupo que prefere assim dizer: “A esposa do suíno
contorce o tendão caudal”. (transcrito de O Tempo)
Fonte: Tribuna da Internet
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