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Escrito por Guilherme Fiuza |
Seg, 14 de Abril de 2014 14:00 |
Delúbio Soares não pôde comemorar com a
tradicional feijoada de sábado na prisão a decisão final do Supremo
Tribunal Federal (STF) – livrando a quadrilha do crime de formação de
quadrilha. O juiz Bruno Silva Ribeiro, da Vara de Execuções Penais,
advertiu o detento e cortou a feijoada. Espera-se que o juiz Bruno
tenha outro emprego em vista, porque todos sabem o que acontece com
quem mexe com alguém da ex-quadrilha.
O vice-diretor do Centro de Progressão Penitenciária, que mandou
Delúbio cumprir as regras e tirar a barba, foi encostado num depósito
de veículos. Só não se sabe quem é que enquadrará o dublê de governador
do Distrito Federal e pombo-correio de prisioneiros.
Inicialmente, Agnelo Queiroz até que tentou ser discreto. Disse que estava numa inauguração próxima da Papuda e resolveu dar uma esticada até o presídio, onde acabou esbarrando com José Dirceu – que, por coincidência, residia lá. Questionado, disse que era governador e visitava quem quisesse. Com o aumento dos questionamentos a esse encontro, por assim dizer, exótico, o governador Agnelo rasgou a fantasia e declarou: “Vou continuar indo à Papuda visitá-los. Vou, sim”. Essa turma acha que o Brasil é trouxa. E está coberta de razão. A questão central no julgamento do mensalão (que o Brasil evidentemente não viu) era a ligação entre réus e governantes. Não era um filme de época sobre um caso terrível de corrupção julgado em outro tempo. Quando saiu a ordem de prisão de Dirceu, Lula disse a ele: “Estamos juntos”. Dirceu até poderia ter respondido: “Então, vem pra Papuda você também”. Mas, como Lula não sabia, talvez não entendesse a piada. Em plena reta final do julgamento do STF, Dilma Rousseff foi a um congresso do PT e participou, de braço erguido, de um ato em apoio aos mensaleiros. Para quem perdeu o fio da meada: a presidente da República foi se manifestar, em público, a favor de criminosos que roubaram o país e já estavam condenados pela corte máxima por isso. O Brasil, que achou sua dignidade no lixo, nem ligou. Até as grades da Papuda sabem que Dirceu continua dando as cartas no PT. Em outras palavras: a ex-quadrilha está no comando da política brasileira. É por isso que um governador de Estado se presta, qual um vassalo, ao papel de plantonista de presídio. Se não for por isso, Agnelo tem de se explicar. Ou melhor: teria, se o Brasil ainda tivesse alguma instituição com um resto daquilo que antigamente se chamava vergonha na cara. Onde está a heroica e pirotécnica OAB? Há um governador de Estado agindo com prepotência, por sobre instituições que guarnecem o estado de direito, indo visitar companheiros de partido presos por corrupção e flagrados com privilégios em área de jurisdição desse mesmo governador. Delúbio, o tesoureiro mais famoso do Brasil, mesmo preso, mostrou ser capaz de arrecadar milhões de reais em questão de dias. Chegou a ter reunião na cadeia com ninguém menos que o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, pré-candidato a deputado. Se fosse piada do Porta dos Fundos, diriam que o roteirista exagerou. Quem enquadrará Agnelo, o amigo de fé dos mensaleiros? Onde estão as ONGs legalistas, que só servem para proteger black blocs assassinos? Onde estão a banda boa do Congresso Nacional e os procuradores intrépidos do Ministério Público? Ninguém interrogará formalmente o governador do Distrito Federal sobre o motivo de suas visitas aos correligionários criminosos? Ninguém suspeitará que esteja aí o flagrante da relação entre os crimes do passado e a desastrosa administração atual do país – repleta do mesmo parasitismo que originou o mensalão? Ou já estariam todos devidamente domesticados, como a UNE, o MST e pencas de associações de classe agraciadas com belos convênios? Onde estará o respeitável senador Cristovam Buarque? Estará achando normalíssima essa conexão palácio-presídio? Ou terá sido mais um a capitular ante a cara de pau dos profissionais? O Brasil resolveu achar que o julgamento do mensalão foi uma revolução. Afinal, os chefes da ex-quadrilha passaram Natal, Ano-Novo e Carnaval na cadeia. É a primeira vez na história que políticos são punidos exemplarmente sem deixar o poder. Cada país tem a revolução que merece.
Fonte: Revista Época
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