segunda-feira, 28 de abril de 2014

NADA DE INVENÇÕES

NADA DE INVENÇÕES PDF Imprimir E-mail
Escrito por Carlos Chagas   
Qua, 23 de Abril de 2014 08:41
Terminada a Semana Santa, será que desta vez começa para valer o ano nacional? Nem pensar. 2014 não é  excepcional só porque depois das festas de Ano Novo, do Carnaval e da Semana Santa, vêm aí a Copa do Mundo de futebol, a campanha eleitoral, as eleições e o fim do ano. Tudo como pretexto para se adiarem grandes decisões, exceto, é claro, para os candidatos aos diversos postos eletivos. Sempre foi assim: o país continua funcionando, sem dúvidas, mas com aquela frivolidade característica das coisas incompletas há muito tornadas permanentes entre nós.

Tome-se a corrupção. Salvo engano, ninguém será punido pelos escândalos verificados na Petrobras. Ainda que a CPI se forme e se reúna, ou mesmo conhecidos os responsáveis pela roubalheira, dificilmente a Justiça conseguirá concluir qualquer processo. Talvez nem iniciar. O mensalão constituiu a exceção das exceções jurídicas, incapaz de repetir-se nas próximas décadas.
Em termos de reforma das instituições políticas, é bom esperar sentado. Empenhados na própria reeleição ou imaginando saltos maiores, deputados e senadores deixarão para o próximo Congresso a iniciativa com toda certeza a ser frustrada outra vez. Porque as reformas perpetradas pelos que a elas se opõem, nem por milagre.
Da recuperação econômica, nem se fala. Nenhum governo de olho da reeleição adotará medidas de contenção e sacrifício às vésperas da decisão popular. Nem governos estabelecidos depois das eleições. Se Dilma se tornará  ainda mais complacente com os gastos públicos, em função das eleições, por que motivo mudaria de postura depois?
Sendo assim, melhor parece adotar a observação como prática exclusiva e fundamental. Não agir, não fazer, não iniciar projeto algum, mesmo os pessoais. Aguardar, a começar pelos resultados da Copa do Mundo e das eleições presidenciais.  Mas sabendo que mesmo no caso da vitória da seleção brasileira, poucos reflexos terá na sorte dos clubes. A quase totalidade dos craques do Felipão joga no exterior. Se a Dilma conquistar o segundo mandato, qual a garantia de que irá inaugurar um novo governo? Concluirá ter o eleitorado votado por concordar com sua performance.
Na hipótese de as urnas favorecerem um de seus adversários, qual deles terá coragem de mudar o modelo vigente?
Em suma, o ano em curso pautará o futuro. Nada de invenções…
Fonte: Tribuna da Internet
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