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Escrito por Agência Brasil |
Qua, 02 de Abril de 2014 14:00 |
Presidente da Petrobras América entre
2007 e 2008, o engenheiro Alberto Guimarães se opôs à proposta da
estatal de comprar 100% da refinaria de Pasadena. Ele também se mostrou
preocupado com o valor oferecido para a sócia belga Astra Oil.
Quem assinou a proposta foi o então
diretor da área internacional, Nestor Cerveró. Em setembro, porém, o
então presidente da Petrobras América, braço da estatal nos EUA, fez os
alertas por e-mail aos executivos do Brasil.
Guimarães havia assumido o cargo em 1.º
de janeiro de 2007. Em outubro de 2008 ele acabou substituído por José
Orlando Azevedo, primo de Gabrielli. Naquela época, a Petrobras e Astra
Oil já haviam se desentendido e estavam em litígio.
Azevedo ocupou o cargo até 2012, quando a
estatal brasileira foi obrigada pela Justiça dos EUA a comprar os 50%
da empresa belga, num negócio que superou US$ 1,2 bilhão.
Funcionário de carreira da estatal, o
primo de Gabrielli foi afastado do cargo que vinha ocupando em uma
subsidiária da Petrobras na quinta-feira passada, um dia após o jornal O
Estado de S. Paulo revelar seu parentesco com o hoje ex-presidente da
estatal.
Ordens
Trocas de e-mails reproduzidas em um dos
processos do litígio revelam a oposição de Guimarães e sua resignação
diante da orientação dada pela cúpula da Petrobras no Brasil. “Ordens
são ordens”, escreveu numa mensagem eletrônica de 28 de setembro de
2007.
Os documentos foram apresentados na ação
que a Astra Oil iniciou em 1.º de julho de 2008 para exigir o
cumprimento do acordo de US$ 700 milhões, assinado no dia 5 de dezembro
de 2007 por Cerveró e Gilles Samyn, CEO da Transcor Astra, a empresa
que controla a Astra Oil.
Documentos
Na ação em que buscava obrigar a
Petrobras a cumprir o acordo de US$ 700 milhões, os advogados da Astra
apresentaram uma série de trocas de e-mails entre dirigentes da
Petrobras nos EUA e no Brasil.
Com esses documentos, eles procuravam
demonstrar que a negociação havia sido feita por executivos nos EUA sob
orientação da cúpula da empresa no Brasil.
Segundo a Astra Oil, o documento final
era um contrato acabado e executável. A Petrobras sustentava que ele
era apenas um acordo preliminar, cujo cumprimento não poderia ser
exigido judicialmente nos EUA.
É nesse contexto que as declarações de
Guimarães aparecem, reproduzidas durante depoimento dos advogados da
Astra. Neles, fica evidente a resistência do representante da estatal
nos EUA às negociações e às orientações vindas do Brasil. Também é
clara sua cautela ao pedir instruções por escrito para avançar nas
conversas.
“Acho que é pouco provável que com esse
preço e também pelo fato de que vamos ter que segurar o dinheiro em um
ano tão bom que nós avancemos muito nessa negociação, mas ordens são
ordens”, escreveu Guimarães no e-mail de dia 28 de setembro de 2007, de
acordo com transcrição do e-mail feita no depoimento dos advogados.
Obrigações
Quando fecham contratos e assumem
obrigações futuras, as empresas listadas em Bolsa são obrigadas a fazer
provisões para os pagamentos, o que diminuiu o seu lucro ou o capital
para investimentos. A narrativa das mensagens de Guimarães apresentada
pelo advogado da Astra, Gerald Novack, vai na mesma direção.
“O sr. Guimarães, em várias ocasiões,
tem e-mails dele para o sr. Cerveró, nos quais ele diz ‘eu discordo
disso. Eu não acho que o que você está fazendo é certo.
Eu não acho que isso será bem-sucedido’.
Mas então ele diz, ‘bem, ordens são ordens’ ou ‘eu vou obedecer a
qualquer ordem que vocês me derem. Eu preciso de instruções’”, disse
Novack com suas próprias palavras, que não refletem necessariamente o
teor exato das mensagens do então presidente da Petrobras América.
A estatal disse ontem que não se
manifestaria sobre o assunto. Antes do veto do Conselho de
Administração, em maio, a Petrobras agiu como se o acordo de US$ 700
milhões fosse definitivo. No dia 1.º de fevereiro de 2008, a estatal
brasileira e a Astra apresentaram o documento para aprovação do Comitê
de Investimentos Estrangeiros nos EUA, subordinado ao Departamento do
Tesouro.
No processo, a estatal admitiu que
submeteu o documento ao órgão regulador e que, na época, não alegou que
seu caráter era não vinculante. Esse argumento só surgiu depois do
veto do Conselho de Administração.
Fonte: Tribuna da Internet
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